CAPÍTULO DOIS

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M A R K

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M A R K

Uma tarde chuvosa composta por um brisa suave que o acalentava. Para muitos um presente, para ele uma tribulação. Odiava climas frios, pois o obrigava a ficar em casa.

Não poderia sair em busca de emprego, tendo por opção ter que ficar ouvindo as reclamações da sua mãe que só reclamava.

As cobranças só aumentavam em ambas as partes. Antes sonhava  com um dia em que ela percebesse o maravilhoso filho que Deus havia lhe presenteado. Agora sonhava com o dia em que poderia sair dali e ter sua própria casa.

Crescer é um fato, amadurecer é necessário, nas devidas circunstâncias em que estava.

Notou pequenas gotículas de água deslizando pela janela do seu quarto. O clima acinzentado, as músicas tristes que tocavam e suas lágrimas que despontavam. Uma cena belíssima e decadente ao mesmo tempo.

Uma perfeita obra de arte exibindo uma melancolia incomum. O vazio que o corrompia era estridente. Havia sempre aquela pintada de falta de algo que sempre soube o que era, só que o medo de falar em voz alta e atrair novamente sofrimentos era aterrorizante.

A carga de sofrimento que ele carregava já excedia o limite normal de qualquer um.

Acalentado pelo breu que se aproximava adormeceu, com a imensa vontade de que aquele desgraçado dia terminasse logo.

[...]

Nem todos os acontecimentos ruins necessariamente devem ser vistos por um ponto negativo. A vida manda uma maré turbulenta para depois nos presentear com a brisa e a maresia.

Mas não foi com esse pensamento que  Mark saiu naquela turbulenta tempestade e na escuridão noturna, sua filha não era para ter adoecido naquele dia. Com todos essas meros acontecimentos do destino algo surgiu em sua mente —, não tinha como piorar.

O guarda-chuva que levava consigo permanecia em uma incerteza cruel, quebrar ou não. Com uma mão tentando fechar o seu sobretudo para não molhar sua roupa, um tentativa falha, já que todos os botões tinham caído por contando desgaste.

Estava torcendo para conseguir chegar logo na farmácia, mas para a sua sorte, a mais próxima da sua casa estava fechada. O forçando a caminhar mais dois quilômetros para comprar o remédio.

Vê sua filha naquele estado apertava seu coração. Corpo aquecido, um mal estar —, sua falta de alimentação durante todo o dia estava dando nos nervos. Sem contar pelas lágrimas e os choramingos liberados por ela.

Queria transferir todo aquele sofrimento para sí. Seu corpo já era acostumado a dor. Mas aquele pequeno pedaço de gente não.

Mas infelizmente uma hora vem para todos, sem os momentos ruins sua filha não aprenderia que a vida não é composta apenas de rosas, sempre há espinhos. Em toda árvore existe um galho ressecado e destruído.

O Último Toque (Romance Gay) | HIATUS |Onde histórias criam vida. Descubra agora