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Ana Narrando:

Ooi sás lindas!!!
Vim falar um pouquinho sobre mim, eu sou amiga a pouco tempo das meninas e nem sempre morei no Vidigal.
Vou contar direitinho pra vocês entenderem.

Quando eu tinha 13 anos meu pai morreu em um acidente de carro e como minha mãe nunca foi presente, queria abortar e me deu pro meu pai falando que não ia perder a vida de balada pra cuidar de filho eu acabei morando com a minha avó paterna só que como ela já era de idade também faleceu depois de 1 ano.

Com 14 anos o juiz determinou minha guarda para uma tia que nunca ouvi falar, comecei a morar com ela e ela era um amor só que o marido dela era o demônio em forma de gente, ele brigava com ela por qualquer coisa é batia nela quase sempre.
Um dia eles tiveram uma briga muito feia, e ele bateu com um pedaço de pau nela, ela teve traumatismo craniano.

Eu com 15/16 anos ja com corpo de mulher morando com um homem sem nenhum laço de parentesco...

Ele começou a mostrar um jeito estranho, dava presentes e elogiava...
Eu achava um pouco estranho mas relevei mas um dia flagrei ele me observando tomando banho enquanto batia punheta.

Depois disso só piorou ele entrava no meu quarto e ficava me tocando, e um dia quando voltei da escola ele disse que a minha calça deixava ele com tesão e me forçou a transar com ele.

Eu não conseguia fugir ou denunciar, achava que era melhor ter um teto.

Na segunda vez que ele me estrupou ele me bateu demais e então eu decidi fugir, saide casa só os trapos toda machucada e andei totalmente sem rumo.

Foi ai que conheci a Grazy, ela estava na praça em frente à minha casa e quando me viu veio me ajudar, me levou pra um hospital e la eu descobri que tinha perdido um filho...

Ela disse que me daria uma casa no morro e me ajudaria no que fosse preciso e eu aceitei.

Lá no morro eu conheci o Ítalo vulgo Polegar.
Um gerente das bocas.

Nos viramos muito amigos e contei minha história pra ele.
Ele ficou louco, e sumiu por 2 dias depois pelas fofocas do morro fiquei sabendo que ele foi preso.

Pegou um ano e meio de prisão.

O motivo é que ele era cúmplice de trafica só que ele não falou nada de ninguém.

Mas depois que ele saiu ele me disse o que ele realmente fez, ele matou o demônio.

Fiquei um pouco extasiada com ele, porque eu sei que ele era uma péssima pessoa mas eu não achava que o destino de alguém era a morte mas depois descobri que ele não havia feito aquilo só comigo.

Caio me disse que achou várias fotos de meninas e até mais novas todas ensaguentadas e machucadas pela casa.

O Polegar tem uma fama de descontrolado e até que ele não tem piedade e parece não ter alma e por isso sempre chamam ele pra torturar.

Só que comigo ele nunca foi assim... sempre foi o contrário. Prestativo, delicado e preocupado comigo

Uma vez cheguei a perguntar pra ele porque ele era tão o contrário comigo e ele disse que porque comigo ele era o Caio e com os que ele torturava ele era o Polegar

Já demos altos pegas, mas sempre peguei outros e ele também mas tanto eu quanto ele sabemos que sempre voltamos.

No dia do baile a galera estava toda reunida em uma rodinha com narguile e bebida, e chegou uma mensagem pra mim.

Era a Nagila minha vizinha dizendo que o Caio chegou la em casa meio bêbado e não me viu e começou a gritar.

Eu já sabia o que ele tinha, era a crise dele.

Ele é meu porto seguro e eu sou o dele.

As vezes ele fica desse jeito, desnorteado, completamente sem rumo e vai lá em casa e sempre eu dou um jeito de acalmar ele e da certo.

Eu me esqueci de avisar ele que ia vir pra Maré.

Sai do baile rapidamente e fui na casa do RR peguei minhas coisas e fui rapidamente até a entrada ja tinha chamado um uber e já fui pro Vidigal.

Cheguei e pedi pros meninos me levarem la.

Cheguei na minha casa e encontrei minhas fotos com ele reviradas e muita coisa derrubada e ele estava sentado na escada com as mãos nos olhos.

Quando fechei a porta e ele percebeu a minha presença levantou o rosto e pude perceber que estava vermelho e não de drogas e sim de choro.

Deixei minha mala no canto e voltei minha atenção pra ele.

Polegar: Onde você estava? Eu pensei que você tinha desistido de mim... E que tinha ido embora.

Ana: Eu fui ver a Aghata e esqueci de avisar, escuta isso, eu nunca vou desistir de você ok?!

Ele se levantou e veio na minha direção.

Abracei ele e depois de um bom tempo abraçados fiz ele tomar um banho e agora estávamos deitados na minha cama e ele com a cabeça no meu colo.

Polegar: Desculpa, ser assim todo errado, todo cheio de crises...

Ana: Você não tem que se desculpar por nada, esse é teu jeito e eu gosto de você assim.

Ele olhou pra mim e deu um sorriso, depois me puxou para me aproximar mais e demos um beijo.

E foi assim a noite, resumida em conversas, conselhos e carinhos.
Eu ajudo ele com as crises e momentos difíceis dele e ele me ajuda com os meus bixos papões também.

Colocamos um filme e ligamos o ar - condicionado.

E dormimos coladinhos.

Deixei uma mensagem para as meninas que tive que vir pra cá de volta com urgência mas que elas aproveitassem o churrasco.

Vou chamar o novinho pra fazer uma programação diferente amanhã, vai que rola...



Então monas 1/4 do livro ja foi kkkk

Esse foi o último do feriado e espero que tenham gostado...
Eai vocês estão gostando desse jeito do livro, narração de várias pessoas?

Comentem porque eu adoro os comentários e divulguem meu povo, amiga(o), vizinho, primo, tio(a), colegas, cachorro, gato, piriquito.... Kjkkkjk

Beijoss💕
1042 palavras...

GraciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora