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Grazy Narrando:

- Grazy? Você me escutou? - falou me fazendo despertar dos meus pensamentos

- Desculpa mãe, pode repetir?

- Deixa você não tá com cabeça e nem é importante... já tem notícias do RR?

- Até agora nada, mas eu vou só colocar uma roupa e ir lá no postinho da pra você ficar com o Gael pra mim?

- Eu fico não precisa nem pedir mas você não pode ir assim você não comeu nada desde ontem.

- Mesmo que eu queira não consigo comer nada!

Subi as escadas e coloquei um short e uma blusa e prendi o cabelo em um coque depois peguei meu celular e fui pro postinho e tudo que tinham de notícias pra me dar foi que fizeram diversos procedimentos durante a madrugada e ele agora está em observação porque ainda corre riscos, já está em um quarto mas não pode receber visitas mas o quarto dele tem um vidro onde estou analisando ele de longe, cada pedacinho ele dormindo tão tranquilo nem parece que tá entre a vida e a morte e eu nem sei o que seria de mim sem ele e foi ali que eu rezei baixinho pela vida dele, por sua melhora...

Depois que sai do hospital fui pra casa e minha mãe voltou com o assunto aí sim entendi a proporção de porque ela não queria falar de manhã, era sobre o velório da Ana ela queria saber o que eu ia fazer se deixaria ter um velório ou nada, apenas disse que ia resolver e de fato eu tinha que resolver.

Fui pro meu quarto e liguei pro Polegar

- Libera ela pro velório, sem muita comoção mas da apoio pra mãe dela porque ela não tem culpa das coisas que a filha fez.

- Tem certeza? Se você quiser a gente só enterra reza pra subir e pronto

- Tenho.

Desliguei a chamada e deitei na cama e ali fiquei sem ânimo nenhum...

》》》》》》》》》》》》  

Já estava anoitecendo quando bateram na porta e eu fui correndo achando que podia ser algum dos meninos do corre que deixei no hospital pra dar alguma notícia mas quando abri a porta me desanimei era o Polegar.

- Nossa nem disfarça a cara de bunda pra mim mais - brincou entrando e logo em seguida eu fechei a porta

- Desculpa você sabe o que eu tava esperando...

- Sei, mas aquieta essa fadiga que logo logo o irmão tá aí me enchendo a paciência

- Tomara

- Quer saber como foi o velório?

- Se eu falar que não você vai contar do mesmo jeito então fala logo

- Foi bagulho mó esquisitão foi no máximo umas 10 pessoas a maioria ou foi pra olhar, alguns foi revoltar ódio principalmente aquelas "amiguinha" dela mas só quem realmente tava sofrendo a perda era a mãe dela, a mulher tava aos prantos mas concordou que já sabia que o destino dela seria aquele ela só queria que a filha tivesse parado antes disso acontecer.

- É... eu lembro da mãe dela, era meio durona mas amava ela como ninguém, mas mãe nenhuma merece passar por isso.

- Concordo com tu, mas eai tu num dorme não? O dia inteiro em pé pra lá e pra cá naquele hospital pô

- Por mim eu tinha dormido lá mesmo mas não deixaram e aí eu lembrei que tenho filho pra criar então o jeito é ficar daqui mas com o coração em desespero.

- Oh minha princesinha fiona, vem cá fica assim não eu vou dar um jeito de colocar pressão lá também  - disse enquanto me abraçava

GraciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora