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Um mês depois...

Grazy Narrando:

Depois daquele dia meus enjoos só pioraram, não consigo comer nada e agora pra variar to numa tontura da porra.

Procurei no Google e disse que é câncer, as vizinha daqui de casa fala que é falta de vergonha na cara.

Aliás como vizinhas sabem? Poise nem sei, só sei que até os morro aliado ficou sabendo que eu tava passando mal por aí.

Nesse exato momento eu to indo até a barreira a pé e ta um sol que da pra fritar um ovo no asfalto.

Na rua tinha só uma senhora ja de idade, um carinha (vapor), e um menininho comendo doce.

Tava na metade do caminho quando senti uma tontura e as pernas ficaram bambas.

O menininho apareceu e segurou meu braço.

- Tia, cê tá bem?

- To, to sim meu anjo.

Quando fui dar um passo pra frente a tontura veio mais forte ainda e eu caí de uma só vez.

- MIGUEEEEEEL AJUDA A MOÇA AQUIII - escutei o menino gritando alguém enquanto segurava minha mão

Vi aquele vapor se aproximar e me pegar no colo e escutei o menino dizendo "Você vai ficar bem ta tia?!" Logo depois apaguei e não vi mais nada.

RR Narrando:

Porra! A Grazy e teimosa viu, já tinha tempo que ela tava passando mal não tava nem levantando direito porque não comia e insistia em não ir no hospital eu acho que ela pensa que é a mulher Maravilha.

Acabei de receber uma ligação da Fernanda me dizendo que ela tinha ido parar no hospital porque havia desmaiado no meio da rua e um vapor com um menino ajudou ela.

Fui voado pro hospital do Vidigal.

Cheguei la e tava o Pedro Henrique e a Fernanda na sala de espera.

- Alguma notícia? - perguntei me aproximando.

- Não ainda não... - disse PH aflito, a conexão que esses dois tem e muito bonita e eu admiro muito.

Fiquei ali andando pra lá e pra cá, e nada de repente apareceu um médico.

- Familiares de Graziely Barroso.

Todos nós levantamos e fomos pra perto dele.

- Eae doutor desenrola isso logo... - apressei ele

- Você é o namorado?

- É, eai ela tá bem?

- Ela está, ela fez um leve corte na cabeça ao cair mas não afetou o bebê. - disse olhando pra uma prancheta

- B..be..bebê? - perguntei num fio de voz.

- Sim ela está grávida, vai fazer 3 meses, suponho que não sabiam... a barriga dela não cresceu muito então não deu pra perceber.

Olhei em volta, PH tava sorrindo aos quatro ventos, Fernanda tava preocupada dizendo que era nova pra ser avó e eu assustado.

- Quando a gente vai poder ver ela?

- Daqui uns 10 minutos de 1 em 1.

- OK

O médico saiu com a prancheta na mão, passei a mão pelo meu cabelo um pouco nervoso e sem saber o que fazer.

- Minha filha vai me dar um neto, meu deus não tem como ter mais orgulho... - PH tava falando pra Fernanda.

Fiquei ali pasmo e depois liberaram as visitas eu já fui primeiro porque a ansiedade não tava deixando.

Entrei no quarto e ela estava com uma mão na barriga ainda sem volume algum e o rosto viradopro canto com o olhar na janela.

Ela ouviu o barulho da porta e virou seu olhar pra mim, ela tava chorando.
Fui pra perto dela e como a cama era grande me deitei ali do lado e ela deitou a cabeça no meu peito.

- E...eu n..não to preparada pra se ma..mãe Ricardo - gaguejou por conta do soluço

- Eu sei ninguém ta preparado, mas não chora a gente vai fazer tudo junto e eu vou estar te ajudando com o nosso pivete.

- Você não vai perguntar se e seu?

- Oush e porque eu perguntaria nega?

- Você tava todo desconfiado nesse tempo...

- Eu tenho certeza que é meu e não vamos falar disso agora pode ser?

- uhum

- Agora descansa, e a partir de hoje vai fazer tudo direitinho pra não dar merda e nosso pivete ou pivete ficar bem.

- Eu te amo Ricardo.

- Eu também amo você Grazy. - fiquei felizão, pô primeira vez que a morena falou que me ama.

Ela acabou dormindo e os pais dela disseram que iriam vir mais tarde e eu iria ficar ali de acompanhante.

E quem cuidaria do meu morro por enquanto até ela sair do hospital seria o Jacaré.

Falar pra tu o baque da notícia foi grande mas agora o sorriso não sai do rosto.

GraciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora