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Grazy Narrando:

Nesses dias eu percebi que o RR tava estranho, um pouco afastado e as vezes eu pegava ele perdido em pensamentos.

Eu voltei pro Vidigal ja tem dois dias, e quando eu havia acabado de chegar uma senhora bem idosa me parou no caminho e pegou na minha mão com firmeza.

Flashback ON

Idosa: Cuidado, a inveja e a maldade te rondam por todo lugar.

Grazy: Do que a senhora está falando? Quem quer o meu mal?

Idosa: Muitos querem seu mal menina, eu tinha que te avisar... então cuidado e veja bem quem anda ou entra na sua vida.

Grazy: Meu bebê corre risco?

Idosa: Muito, mas eu conheço sua família e sei que você é uma boa pessoa por isso, tome. - me entregou um vidro com um líquido verde. - isso é um chá de ervas, algumas raras... sua gravidez de risco só ajuda a essa maldade, por isso tome uma colher por dia e assim sua gravidez estará garantida e você não sofrerá no parto.

Grazy: Obrigada!

Ela se afastou e eu fiquei ali sema entender direito.

Flashback OFF

E aqui estou eu sentada na beira da cama olhando pra escrivaninha onde estava aquele pote.

Eu estou com medo, medo de aquilo não me ajudar e sim piorar o meu estado!

Eu pensei bastante e a única opção que vi foi de falar com minha mãe já que a idosa disse que conhecia minha família.

E eu havia de fato conversado com ela é ela me disse que ela era uma senhora que fazia "macumbas" e outras coisas a pedidos dos outros, mas que ela tinha muito respeito pelo meu pai ter salvado a vida da filha dela em um tiroteio aqui.

E parece que ela ajudou minha mãe na gravidez dela, quando pediram pra idosa fazer uma macumba pra minha mãe perder o bebê e ela negou, a pessoa que pediu queria causar a perda desse bebê por tudo então a idosa veio aqui e deu um chá pra minha mãe que fazia com que ela ficasse calma acima de tudo e que afastasse o mal ao redor dela.

Depois disso eu considerei a ideia de tomar o chá.

Peguei uma colher e tomei, fechando o pote e guardando dentro de uma gaveta na minha escrivaninha.

Coloquei uma roupa e desci vendo apenas minha mãe na mesa tomando café.

- Onde está meu pai?

- Saiu agora a pouco, está na boca junto com seu tio.

- Aconteceu alguma coisa? - perguntei enquanto pegava meu café e fazia um pão.

- Seu pai e eu não estamos muito bem.

- Como assim?

- Desde ontem, ele chegou de madrugada e tava cheirando a vagabunda, perguntei o que houve e ele apenas me disse que tava cansado demais pra responder.

A encarei dando a entender que ela prosseguisse.

- Depois ele tomou banho e dormiu e a gente não conversou até agora.

- Estranho ele não é de sumir ou fazer essas coisas... mas de tempo ao tempo, e não se esqueça que pode me contar qualquer coisa.

- Eu sei, meu anjo mas não se preocupe com isso você já tem muitas preocupações...

Conversamos por mais um tempo e depois eu subi pro meu quarto e me deitei na cama e vi que tinha algumas mensagens no meu celular.

GraciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora