🌸 07 🌸

291 124 116
                                    





— Hyna— a voz de Kathy ecoou em meus ouvidos me fazendo levantar a cabeça do balcão e olhar em sua direção.

— O que foi Kathy — pergunto cansada e dolorida das poucas horas que dormi no sofá.

— Tem cliente— levantei meu olhar para o salão do restaurante em que trabalho a um ano, sou garçonete e é daqui que tiro meu sustento.— Pelo jeito são importantes.

Saindo de trás do balcão pego o cardápio e saio com minha postura reta e um sorriso no rosto, o uniforme cor de rosa com babados brancos na blusa, e uma saia com pregas estilo estudante na mesma cor da blusa, parando em frente a mesa noto que são três pessoas.

Uma mulher de estatura mediana de cabelos pretos em um corte chanel perfeitamente cortados, um blazer preto com uma camisa regata com renda branca por baixo, uma calça social preta fazendo par com o blazer uma bolsa de couro no mesmo tom, a segunda mulher branca com olhos azuis piscina e um batom nude nos labios, veste um vestido longo que bate até em seu calcanhar em cor bege, um salto cor nude combinando com sua vestimenta sua voz e fina e melosa, o rapaz que as acompanha   alto com porte atlético, cabelos cor mel e seus olhos negros.

Noto que seu olhar é vazio, vago me dando a impressão de já o conhece-lo.

— Boa tarde— coloco o meu melhor sorriso no rosto— no que posso ajuda-los?

—Boa tarde querida— a mulher de blazer preto sorri— traga o prato do dia pra nós.

—Hoje temos pato ao sugo de limão, camarão grelhado, bacalhau a lagareiro, batata rosti e calzone com recheio de espinafre e cogumelos. — respiro depois de ter passado o cardápio principal do dia.

— Pode trazer meu bem— diz amável — e a salada fica por sua conta.

— Algo para beber?— pergunto.

— Sim, Henri IV Dudognon Heritage Cognac Grand Champagne— a moça loira de voz doce exagerada diz sorrindo— uma garrafa e três taças por favor.

— Sim, já volto— saio terminando de anotar o pedido da mesa seis,entrego para Kathy que sai em direção a cozinha.

Depois de dez minutos os pedidos estão prontos, levo ele para mesa ao entregar o pedido da mesa seis meus olhos se encontram com o senhor de pele bronzeada, e um frio na espinha passa por mim.
Saio de lá os deixando a vontade e vou fazer meu trabalho, rezando para que o dia termine logo.

Ganhei uma boa gorjeta o que me faz guardar no bolso do avental e já imaginar no que vou fazer, arrumar um guarda roupa maior?

Não, guardar em uma poupança para quando conseguir a guarda de Ryan, meu maior sonho é ter aquele menino ao meu lado sendo o filho que eu jamais posso ter.

Ryan foi abandonando quando tinha três dias de vida, na porta do orfanato coração valente, trabalhei como cozinheira voluntária e na época ele chegou me fazendo perder todas as estruturas.
Amo ele perdidamente o vejo como o futuro filho que vou ter, meu maior sonho e conseguir ter ele em minha vida, hoje eu irei visita-lo levar algumas coisas pra ele.

O dia passa devagar o restaurante tem seu movimento do dia, o Lá Rosa é um restaurante fino mas bem simples, suas paredes são feitas de tijolos vermelhos, alguns quadros nas paredes e mesas e cadeiras em tom cinza, tem as comidas e bebidas mais caras que existem mas também tem aquele cardápio família de cada região do mundo você pode pedir desde chucrute até vatapá que aqui vai encontrar.
O dono e chefe daqui é um excelente profissional além de um super ser humano, sua cozinha industrial conta com mais ou menos quinze a vinte cozinheiros e auxiliares, para conseguir uma reserva é preciso meses de antecedência ou ser alguem muito importante.

Depois de ajudar a limpar o balcão de mármore e todo o salão enquanto o movimento está baixo, deu meu horário de ir embora e de passar em alguma loja e comprar algo para Ryan, indo até o banheiro troco de roupa rapidamente e passo uma água no rosto e no cabelo ajeitando ele em um rabo de cavalo.

—Tchau Dimitri — apareço na janelinha da cozinha e me despeco do meu chefe, e de meus companheiros.

—Tchau menina Hyna, obrigado pelo dia— diz sorrindo enquanto joga uma dose de whisky em uma frigideira cheia de pimentões, postas de peixes e cebola — até amanhã tome cuidado nas ruas.

—Pode deixar,até amanhã —digo sorrindo para o homem vestido de branco e com um chapéu na cabeça, ele tem a pele clara como a neve é magro e baixo usa um bigode estilo Hitler e seus olhos são mel, sempre está de bom humor e trabalha mais que qualquer um, fez cursos pelo mundo inteiro e sabe falar vários idiomas.
Ele trabalhou muito pra chegar onde está, e realmente ele merece por ser quem é.

Me despedindo da Kathy, da Alba e de Marceline saio do restaurante feliz por mais um dia cheio mas totalmente satisfatório.
Passo no super mercado e compro coisas básicas para uma criança, creme dental, escova de dente, pente de cabelo, shampoo, condicionador, sabonete, pães,frios algumas bolachas, sucos de sabores diferentes para Ryan não enjoar e dividir com os coleguinhas.

Depois das compras feitas passo em uma loja infantil e compro algumas peças de roupas já que as dele se perderam, ele está crescendo rápido demais e quanto mais o tempo passa mais tenho necessidade de ter ele comigo.

Passo rapidamente na farmácia e compro alguns remédios e um kit de primeiros socorros, inevitavelmente o anjo de cabelos loiros aparece em minha mente.
Comprei alguns remédios infantil pra ela também, quando puder passo lá e deixo com eles, Eles um sorriso se abre.
Eu nunca imaginei que pessoas boas como eles pudessem viver em tais condições, se eu pudesse ajudaria mais, mas não ganho tanto o máximo que posso fazer e dar a ele uma ajuda profissional, acredito que Dimitri não se importaria de ajuda-los.

Esse pensamento me enche o peito de felicidade, ajudar alguém que precisa é uma tarefa difícil mas que nos proporciona a maior felicidade que se pode ter.

Eu vou ajuda-los como posso, meia hora andando paro em frente aos portões enferrujados do orfanato, a grama seca completa o visual da casa grande de cor marrom terra, com a tinta descascada pelo tempo.
Depois de passar na diretoria e conversar com Abigail, sigo para a imitação de parque que tem nos fundos do orfanato, uma quadra com as grades enferrujadas, e com a tinta do chão vermelho desgastadas pelo tempo como tudo nesse orfanato, tudo é antigo e sem manutenção o que dói meu coração, em saber que crianças como essas sejam esquecidas pelo governo e pela sociedade, andando um pouco mais meus olhos encontram uma figura pequena e magra sentado em um dos banquinhos, sozinho como sempre, então ando ainda mais rápido com meu coração se enchendo de felicidade.

—Ei psiu, cadê o garoto mais lindo do mundo?— pergunto e vejo seus olhos se encontrarem com os meus, um sorriso amarelo nasce nos labios do garoto negro e de cabelos crespos, sua  roupinha é apenas um short jeans velho e resgado, sua camiseta branca com alguns furos e com a gola totalmente relaxada, seus pés descalços e seus olhos os mais especiais do mundo, um verde e um azul os olhos que fez me apaixonar por esse serzinho de luz.

Olá, bom gente mais um capitulo nos próximos conto mais sobre o Ryan, e garanto que vocês vão amar esse menino.

O próximo capitulo será especial, então aguardem e não percam em.
Beijinhos😍❤
Muitas verdades vão aparecer hehe super anciosa!!!!

Beijinhos😍❤Muitas verdades vão aparecer hehe super anciosa!!!!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



InvisívelOnde histórias criam vida. Descubra agora