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O limite é uma fronteira, criada só pela mente!

O limite é uma fronteira, criada só pela mente!

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—Hyna cheguei— fecho a porta atrás de mim e ouço o barulho do chuveiro ligado.

Coloco as sacolas em cima da cama e me sento tirando os sapatos, a camisa encharcada do corpo ficando somente de calça, mas por que diabos tinha que cair essa chuva logo agora nesse fim de mundo, pego a sacola com roupas para ela e coloco na maçaneta da porta do banheiro.
—Hyna— bato duas vezes e ouço ela responder— suas roupas estão Indo até a janela aprecio a paisagem lá fora, pingos grossos batem na janela fazendo um barulho gostoso de ouvir o que era dia se tornando noite com as nuvens carregadas, o barulho dos trovões me fazem contemplar o céu, coloco as mãos no bolso da calça e me perco no mundo lá fora quase se acabando em água.
"O que está faltando, eu sempre estive aqui sempre esperei e dei o melhor de mim mas é pouco não é, eu te amo como nunca amei ninguém, e não sei porque motivo você voltou outro homem eu quero o homem que me amava, que me acordava com um belo café da manhã na cama e não o cara que acorda e sai sem me contar os planos que tem para o seu dia"
A voz de Angel me atormenta desde que levantei hoje, eu sei que não estou sendo um bom marido e ela tem se esforçado muito, porém não entendo é como se o meu corpo não quisesse estar ao lado do dela, as terapias com Charlotte tem diminuído.
O que ninguém sabe é que eu não lembro tudo, ainda tem partes em branco as quais não consigo lembrar por mais esforço que eu faça, mas uma coisa é certa tenho a sensação de quando eu por fim me lembrar algo ruim acontecerá eu só não sei o que é.
—O que são essas sacolas— Hyna pergunta, enquanto seca os cabelos com uma toalha.
—Algumas roupas e algo para comer, o senhor que me arrumou disse que chuvas assim demoram a passar por aqui— digo ainda de costas.
Tenho que resolver a situação com Eithan o mais rápido que posso, não sei como vou contar isso a Lara daqui alguns anos e é mais um problema que tenho que resolver.
"Será que nunca vou ter paz"?

—Não quero ser uma intrometida, mas o que tanto te atormenta— se aproxima tentando manter o seu espaço.
—Tantas coisas— falo quase sussurrando.
—Seja o que for eu estou aqui— coloco a sua mão em meu ombro mostrando que posso contar com ela.
—Obrigado Hyna— me viro e encontro seus olhos, e o sentido de confusão e medo vai se perdendo aos poucos— ficaram grandes demais não é— sorrio.
—Um pouco— sorri sem graça— pode me emprestar seu celular?
—Posso, mas não consigo fazer ligações tentei falar com a minha pequena e não consegui— entrego o celular em suas mãos pequenas.
—Eu preciso falar com o Ryan, nunca ficamos longe e ele pode ficar assustado— anda pelo quarto tentando fazer a ligação— Ah não acredito— diz irritada.

—Vou tomar um banho tem algumas coisas na sacola pode se servir— digo indo em direção ao banheiro.
—Essa comida não está vencida está?— franze o cenho estranho.
—Bom é de origem duvidosa mas meu organismo já comeu tanta comida assim, que meu corpo não sentirá efeito nenhum, e também é a única coisa que temos até essa chuva parar— sorrio.
—Desculpa— seu pedido envergonhado faz com que suas bochechas fiquem vermelhas.
—Se fosse outra pessoa eu ficaria ofendido— saio em direção ao banheiro.
Ao entrar no pequeno cômodo ouço ela dizer um obrigado baixo, apenas fecho a porta e me encaro no pequeno espelho que está preso junto ao um prego enferrujado na parede.
Meus olhos estão com um brilho cansado minhas pálpebras me parecem mais inchadas do que o normal, e meus cabelos estão grandes como antes. Por que eu não largo tudo isso e vou atrás da minha felicidade?
Deixo a empresa, deixo essa vida e compro uma fazenda no meio do nada e faço uma nova vida?
Nem eu mesmo sei o motivo que me faz ficar aqui, o motivo que me segura cada vez que penso em jogar essa porcaria toda no ventilador e seguir rumo ao uma nova vida com a minha filha.

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