O tempo passa arduamente e ainda estar tudo destruído por aqui, mas ainda sim segurando um mundo entre devaneios e translucidez. Quem sabe por quanto tempo? Ninguém.
Sufocando em um chão que se desfaz a cada passo, eu sei que estaremos distantes em breve, porém os pensamentos desse percalço que atormenta a mente estremece a alma que aos poucos se torna sombria.
As luzes se apagam, nada do que já não tenha se vivido antes, não há medo e sim vazio, preciso da sua luz adentrando meus caminhos, minha escuridão e meus pensamentos.
O coração vai batendo cada vez mais instável, lento, parando... mas toda vez que sinto sua presença aqui do lado junto com sua respiração ofegante o gatilho é acionado e ele dispara na velocidade da luz, só para minutos depois morrer na solidão, angustiado pela falta do seu toque e da sua certeza.
E todo dia é um novo dia, se mascara as emoções negativas e está tudo bem, tudo tem que está bem pelo menos para um de nós. Ninguém precisa saber o quanto dói, o quanto o oxigênio que entra pelas narinas explodem dentro do peito.
Quando isso vai passar? Quando tudo isso vai parar? Sobrevivendo aos dias tudo pega fogo. Tudo se queima aos poucos enquanto seu olhar paira sobre o tempo em dúvidas e incertezas ou quem sabe certezas, desejos não ditos e mencionados.
Todos os sinais estão sendo expostos.
Dá para enxergar? Os gritos em meio ao silêncio sobrecarregam nossas cabeças. Veja, observe, sinta, toque, tenha. Quem dará o primeiro passo?
Estamos apenas brincando um com outro? Diga que não estamos morrendo lentamente em vão.
Sinto os machucados surgindo no interior, algo tem que se modificar, mas não irá, pelo menos nesse ritmo. Porque somos tão fracos quando se trata de sentimentos? Porque nos tornamos tão vulneráveis? Porque somos tão inúteis impossibilitados de lutar com tudo isso?
Me conflagre com todo o ardor e me afogue para sempre no nosso caos.
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Hesitações
ŞiirTextos baseados em vivências dolorosas. (Leia a introdução para entender o conceito por trás).