An interruption in the first law of thermodynamics

Training

Entrei no estúdio de dança e sentei em um canto, minha cabeça apontada para o chão, minhas mãos mexendo na minha camiseta. Eu não queria ver ninguém. Eu não queria falar com ninguém. Eu só queria dançar

Graças a Deus a mensagem foi bem clara e apenas duas ou três garotas vieram dizer oi.

Eu estava com raiva e senti minha resistência quase tocando o teto. Pior de tudo, eu sabia por que me sentia assim. Eu coloquei minha guarda no chão, mesmo por um curto tempo, deixando meu coração livre para ter esperança.

Só ele poderia ser o motivo dos meus sentimentos; a razão pela qual eu sorri como uma boba e senti meu coração batendo nas minhas têmporas. Mas agora eu podia ver quão estúpida era essa paixão. Estúpida e unilateral para começar.

Tentei me acalmar durante os exercícios de aquecimento, mas parecia impossível. Meu corpo começou a responder a cada alongamento e senti meus músculos prontos para levar minha aflição e minha raiva embora. Eu ansiava por me perder na música, senti-la fluir pelo meu corpo, ser livre.

Não pensar mais. Não pensar em Jamie novamente.

"OK meninas, por favor, tomem suas posições, vamos praticar nossa rotina" Lilly, nossa instrutora, disse em uma voz doce.

Eu tomei meu lugar na frente da esquerda, de joelhos e abaixei minha parte superior do corpo, a testa tocando o chão, as mãos estavam apontando para trás.

Respirando profundamente com os olhos fechados, esperei a música começar.

We don't need anything, or anyone

Equilibrando-me à esquerda, levantei minha perna e mão direita - a música já enchendo meu corpo. Pronta para o chute que me levantaria aos meus pés.

If I lay here, if I just lay here

Would you lie with me

And just forget the world

Eu me perdi na letra, nos meus sentimentos, em cada movimento.Dando piruetas, balançando, pulando e caindo no chão; levantando e abaixando. É por isso que adorava a dança contemporânea. O balé era rígido demais para mim, mas isso era real. Isso era a vida.

Minhas emoções me dominaram novamente, mas eu podia lidar com elas agora. Eu encontrei espaço para deixá-las respirar, para lhes dar a clareza que me permitiu finalmente olhar para elas; confrontá-las.

Deixando o tumulto dentro de mim para evaporar a cada movimento, o que eu era, o que eu esperava e sentia agora estava exposto e aceito, recebido com benção. Perdendo minha raiva, me senti totalmente exposta - mas forte.

Qualquer que fosse esse sentimento, foi intenso. Eu tinha todo o direito de me sentir assim, e estava tudo bem, desde que eu pudesse me proteger dos outros; mas não de mim.

🍃🍃

Terminando a aula, fui até a porta e vi Jenny Fraser vindo em minha direção. Ela sorriu para mim, suas bochechas relampejadas a única coisa que a traia. Em contraste com o meu rosto quase arruinado e cachos perdidos caindo ao redor do meu rosto, o cabelo de Jenny penteado para trás em um rabo de cavalo perfeito. Sempre em ordem, Jenny Fraser.

"Oi Jenny!" Eu sorri para ela, fixando dois cachos perdidos atrás da minha orelha.

"Oi Claire! Foi muito bem hoje, não? Acho que estaremos prontas para a apresentação no próximo mês ", ela disse calma e relaxada. Era bom vê-la assim, em contraste com o seu eu habitual e severo.

"Sim! Foi maravilhoso. Exatamente o que eu precisava "

"Eu também. Eu não esperava, sabe, dançar me ajudar muito!