An interruption in the first law of thermodynamics

Capítulo 56 - Oxford

Eu estava animada e com medo.

Estava intrigada e intimidada.

Eu estava encantada.

Eu estava em Oxford.

Essa cidade era para mim o que castelos e vestidos voluptuosos eram para outras meninas. Um conto de fadas. Um sonho.

Tudo começou quando eu tinha oito anos de idade. Lamb me levou com ele para visitar um de seus mais queridos amigos - um que por acaso acabara de descobrir um novo sítio arqueológico e estava convencido de que uma cidade inteira estava debaixo de toneladas de poeira. Esse tipo de informação sempre funcionava como uma luz fluorescente para o tipo de mariposa que ansiava por conhecimento que era meu tio , e ele demorou apenas alguns dias para encontrar passagens aéreas para nós voarmos do Líbano para Oxford.

Enquanto meu tio e Andrew - ou o professor Horcrof, como era conhecido na universidade - passavam dias intermináveis ​​conversando sobre manuscritos e fotos, para ele eu não era nenhum de seus estudantes de Phd para encontrar entretenimento nisso . Extremamente pouco profissional por parte de Andrew, mas eu era muito jovem para perceber isso naquela época e Emma insistiu que cuidar de mim não seria problema algum. Ela era tão doce e gentil quanto era impressionante - quase tão alta quanto Lamb, com cabelos dourados e lindos óculos de aros azuis. Não muito bonita, mas imponente, e era óbvio que todos a respeitavam. Para mim, como genuína sobrinha do tio Lamb, isso significava muito mais do que olhares sedutores e um nariz aristocrático.

Emma foi a razão pela qual rezei para ter miopia por anos depois de deixarmos Oxford. E a razão pela qual achei a cor cinza a mais bonita de Oxford e comecei a construir meu próprio conto de fadas na cidade das torres de sonho. Foi ela quem me levou à Biblioteca Bodleiana e me fez fazer o juramento Bodleian. Às vezes, nos anos que se seguiram, quando eu fechava meus olhos, eu ainda podia sentir meu peito inchar com orgulho enquanto eu falava as palavras: 'Eu, por meio deste , me comprometo a não remover da Biblioteca, ou a marcar, desfigurar ou ferir de qualquer forma qualquer volume ou documento ... '

Naquele dia, eu também jurei a ela que, quando crescesse, também estudaria em Oxford. Emma respondeu que ela tinha certeza que eu chegaria lá.

E agora, aqui estou. Eu me perguntei o que Emma pensaria.

Meu campus não ficava no centro da cidade e senti meu coração bater mais e mais rápido dentro do meu peito enquanto caminhava em direção ao meu destino. Foi uma luta trazer minha respiração superficial de volta ao normal e não começar a correr quando vislumbrei Lady Margaret Hall pela primeira vez . Uma faculdade com mais de cento e quarenta anos de história e a primeira a educar mulheres em Oxford.

Eu procurei a palavra em minha cabeça enquanto meus pés me levavam para a entrada. Honrada , pensei, e entrei.

...

Três dias em Oxford e eu tinha certeza que eu tinha esgotado a memória do telefone de Jamie de tantas fotos que eu enviei - os prédios, meu campus, meu quarto, os jardins ... eu nem me preocupei em escolher as melhores fotos, simplesmente as enviei, incapaz de conter a felicidade que eu estava sentindo.

"Você tem que me levar a todos e cada um desses lugares quando for te visitar, Sassenach", escreveu ele. Eu prometi a ele que o levaria.

As acomodações em Lady Margaret Hall eram melhores do que a maioria das faculdades de Oxford, e Mary Hawkins, minha colega de quarto, era uma menina doce, e um pouco tímida,para colega de quarto. Ela tinha era tranquila e, felizmente para nós duas, ela também era estudante de medicina. Eu gostei dela desde o primeiro momento em que nos apresentamos e ela parecia gostar de mim também, embora falasse com uma frequência que era quase inaudível, e era uma luta para continuar uma conversa sem pedir que ela repetisse várias vezes o que era dito. Logo percebi que a voz baixa era uma maneira de esconder sua gagueira, e esperava que melhorasse quando ela se sentisse confortável. Às vezes me perguntava como seria se Louise estivesse em Oxford conosco e não na França. Ou Jenny. Louise provocaria Mary sem fim. Jenny, provavelmente.