Capítulo catorze.

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Jeon Jungkook

Ando em passos calmos até a porta do quarto de Jimin, parando em frente ao cômodo prestes a retirar a chave do bolso.

-o que faz acordado não cedo? -trinco o maxilar de raiva pelo surgimento do além de Yoongi.

me viro tentando manter a calma para não surtar em plena seis horas da manhã.

-Um bom dia para você também, Min. -solto ironico.

-Dia, por que de bom não tem nada. -diz se escorando na parede descascada mordendo sua maçã.

Seria ruim se essa maçã ficasse presa em sua garganta acidentalmente?

Eu nunca tive tanta vontade de esquartejar Min Yoongi como ando tendo de uns meses 'pra cá.

Deixo o esverdeado pintar e bordar.

Por que esse filho da puta ainda está vivo? Seus dias estão contados Min Yoongi.

-vai ficar parado aí com uma cara de quem deseja me abrir ao meio com um machado? -diz cínico dando um sorriso debochado de lado.

-é uma boa ideia, obrigado. -estalo a língua no céu da boca ao ver o menor estremecer levemente.

Recebo um olhar debochado e retribuo com desdém vendo seu sorriso gengival ridículo antes do garoto caminhar pelo corredor extenso sumindo da minha visão ao descer as escadas.

Respiro fundo antes de rodar a chave pelo buraco da fechadura e rodar a maçaneta devagar.

Adentro o cômodo com pouca luminosidade fechando a porta com cuidado atrás de mim, trancando-a por dentro.

Caminho de fininho em direção a cama vendo a o corpo pequeno enrolado em meio ao edredom grosso.

Uma criança.

Sento-me na cama puxando o lençol que cobria o rosto de Jimin cuidadosamente, tendo a visão de sua bochecha rosada amassada no travesseiro.

seus fios loiros bagunçados e jogados no rosto faziam a cena ficar adorável.

passo meus dígitos com delicadeza em sua bochecha macia e descoberta, fazendo carinho ali.

arrumo seus fios sedosos para cima, vendo o baixinho franzir o cenho e abrir os olhos rapidamente e dar um pulo ficando sentado entre as cobertas me olhando assustado pela movimentação  estranha.

dou um sorriso mostrando os dentes pela situação. Sua boca repartida e seus olhos inchados e esbugalhados me davam uma vontade imensa de rir.

-JUNGKOOK-AH! -grita me olhando incrédulo levando a mão até o peito respirando fundo.

-acalme-se, não irei lhe matar ainda. -dou uma risada baixa tirando minhas botas de couro escuras e puxando o cobertor quentinho, me deitando ali percebendo o olhar de dúvida tomar conta da face inchada.

-o que está fazendo? -franze o cenho novamente.

-me deitando? -solto óbvio enquanto me aconchegava ao lado do menor.

-idiota... -murmura baixo se deitando novamente de barriga para cima, fitando o teto.

-eu ouvi isso, meus ouvidos são bons. -ergo uma sobrancelha virando o rosto para o lado, observando o olhar perdido sobre o teto branco.

-por que está aqui tão cedo? -suspira alto não deixando de apreciar o fundo neutro.

-passo a língua pela bochecha desviando meu olhar de seu rosto até o teto -não preciso de um motivo para estar aqui, Park. -digo grosso.

psycho · JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora