Boa tarde, gente....este é o novo livro espero que gostem, coloque na biblioteca de vcs....
Beijos de luz!!!
Do interior para a cidade grande
Era uma manhã fria. O sol ainda não conseguia dissipar a névoa que deixava lindamenteesmaecida a visão de uma vegetação gotejada de orvalho. Vanessa, de pijama azul-claro, com florzinhas do mesmo tom na blusabranca, vestindo, como sobretudo, uma blusa de lã de cor creme, commeias de lã e cachecol da mesma cor, tecidos a mão por sua querida avó,olhava através do vidro da janela, enquanto sentava com as pernas cruzadase, com a mão gélida, passava, atrás da orelha, uma mecha de cabelo queteimava ficar na frente do olho. Seus pensamentos estavam vagando sem se fixarem exatamente em algo.Não tinha planejado nada diferente para aquele dia e, após longo suspiro,puxou novamente a mantilha que teimava escorregar do sofá e voltou apegar os livros de historinhas infantis separados para ler naquela tarde. Aos dezenove anos, Vanessa era uma linda jovem de cabelos castanho clarose lisos, pele alva, traços finos e delicados. Seus olhos castanhos traziam um brilho especial, uma doçura quetransmitia generosidade. Corpo esguio e bem torneado, cerca de um metro e setenta de altura. Uma moça chamativa, que atraía olhares dos rapazes. Porém, o que maiscativava as pessoas era sua educação, seus modos e sua atençãocompreensiva. Ela nasceu e viveu, até os três anos de idade, na cidade de São José dosCampos. Depois, passou a ser criada pelos avós maternos em uma pequenacidade onde todos se conheciam e cuidavam amigavelmente da vida unsdos outros. Não viajou muito nem conheceu muitos lugares. Tinha dois irmãos mais velhos que gostavam muito dela, mas residiamlonge desde a faculdade, morando em outra cidade. Como verdadeira paixão, Vanessa muito o Dia da Leitura, assim eraconhecido o trabalho que realizava voluntariamente no centro espírita, todaquarta-feira à tarde. Nesse dia, por cerca de uma hora, as crianças que participavam daevangelização infantil se reuniam em uma sala atapetada onde, sentadas nochão e no centro, normalmente rodeada pelos pequenos barulhentos devárias idades, lia um livro infantil e, enquanto enfatizava a história,dramatizando-a em tons diversos com sua bela voz, fazendo os olhosarregalados e alguns barulhos, cujos sons davam vida aos acontecimentos e personagens, chegava a se deitar ou rolar no chão, arrancando "ohs!..." e"ahs!...", inclusive risos gostosos, gargalhadas. Isso auxiliava os pequeninos a aprender boas lições morais desde cedo,além de se distraírem e tomarem gosto pela leitura. Seu trabalho era tão bom e elogiado que crianças de outras religiões, cujospais não seguia a filosofia Espírita, também iam até aquela casaparticiparem daquele encontro tão especial e alegre. Vanessa não se importava com as crianças que corriam para os cantos,atraídas por brinquedos, e lá ficavam sem atentar para sua leitura. A jovemqueria que elas se divertissem. Sabia que, ao longo do tempo, com ocostume de ouvir as histórias, mesmo enquanto brincavam, em determinadomomento, iriam descobrir o prazer mais atentamente e, no futuro, o prazerde ler. Foi assim com ela e com todos aqueles que adquiriram o prazer de ler. Primeiro era preciso ouvir as histórias. Depois, querer lê-las por simesmo. Para ela, o quanto uma criança demorasse a ter esse prazer, nãoimportava. Desde que continuasse a vir no Dia da Leitura. Por isso aquela sala era toda especial. Só para as crianças. Ela mesmadecorava com enfeites, cartazes e brinquedos. Tudo muito colorido e divertido. Tudo muito colorido e divertido. Tão bonitos que até os adultos gostavam de parar e ficar ali como queaproveitando as energias boas do lugar. Alguns dos diretores daquela casa de oração, que por hora não haviamevoluído ainda, por vezes, rabugentos e ranzinzas reclamavam dafelicidade, ou melhor, do barulho que crianças saudáveis e alegres fazemquando juntas. Mas isso não incomodava a jovem que tinha o dom especialdo amor e da compreensão para com todos. Vanessa, às vezes, repreendida por esses companheiros, que pareciam seconsiderar donos da casa de oração, ouvia-os e dizia educadamente. - Vou procurar fazer com que eles fiquem mais silenciosos da próximavez. Apesar de saber que isso era algo impossível de conseguir, até porque elaera a primeira a gritar: "Boa tarde, turma feliz!!!", assim que se sentava nochão, antes de começar as atividades com as crianças, que gritavam, novolume máximo, para responderem: "Boa tarrrdeeee!!!". Só depois disso,todos se achavam prontos para começar, inclusive ela. Quando não estava atrás de um bom livro infantil ou de alguma atividadepara as crianças, a jovem ajudava seus avós nas tarefas da fazenda, agoraum hotel, cujos chalés eram bem acolhedores. Todos com lareiras de pedras, tetos de madeira envernizada, bem como osadornos e camas antigas. Tapetes grossos e macios. Cortinas graciosaspresas com laços nas laterais das largas janelas de vidro que davam para uma linda vista do lago onde, nas manhãs mais frias, podia ser vistoencoberto pelo vapor esbranquiçado como uma fumaça subindo lentamenteacima da água plácida e bem gelada. Mesmo tendo crescido ali, ela adorava apreciar aquela visão magnífica, olquanto podia. Tudo ali parecia lindo e adoravelmente mágico. A fazenda agora uma pousada ou hotel fazenda, era muito especial.Localizava-se em um vale abraçado por uma cadeia de montanhasgigantescas e imponentes que limitavam a região das típicas cidadezinhasdo interior, entre o sul do estado de Minas Gerais e o estado de São Paulo. Embora ficasse no estado de São Paulo, na cidade de São Bento doSapucaí, a pousada invadia a cidade de Gonçalves, sul de Minas. Apesar de turística, como muitas outras ao arredor, era comum encontraros aventureiros apaixonados por trilhas, escaladas, caminhadas e bicicletasapreciando a indescritível beleza do lugar e tirando fotos. Aliás, pedalar naregião valia muito a pena, além de ser uma delícia. Era possível transitar de carro por praticamente todos os lugares semasfalto em dias secos, mas, na temporada de chuva, os passeios reduziam sea veículos com tração nas quatro rodas ou outros conhecidos comogaiolas e quadriciclos, o que consistia em outro tipo de aventura,maravilhosa, para outros tipos de aventureiros. Os caminhos longos e sinuosos das rodovias de asfalto liso, serpenteavamentre as araucárias, os pinheiros imponentes e a abundante vegetação queladeavam a estrada e ajudavam a fechar a floresta que levava às montanhas alterosas, belas, encantadoras. Um simples passeio por essas estradas tinha o poder de lavar e saciar depaz uma alma. Ao chegar ao vale que dava acesso à fazenda, o asfalto terminava e aestrada era toda cascalhada, o que produzia um ruído típico quando seandava por ela, fosse de carro, a pé ou a cavalo. O céu, de um azul puro, tinha uma luz límpida e especial na maior partedo ano. O ar puro, às vezes frio, era bem agradável e salutar, sempre trazendoaromas de pinho, relva molhada ou simplesmente de terra, o que era umadelícia. A temperatura amena deixava um clima gostoso e extremamenteconvidativo ao sossego e ao relaxamento sob adorável melodia de pássarossilvestres. Os casais românticos apreciavam muito o lugar que parecia ter um toquede Deus para deixá-los cada vez mais unidos, juntos e apaixonados, pois ofriozinho gostoso os atraía para um aconchegante abraço que, geralmente,resultava em um beijo de amor
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MINHA IMAGEM
SpiritualNão é história minha...estou postando para que possam ler ...impossível não se emocionar......Vanessa, jovem simples, criada em uma fazenda no interior de São Paulo, vem para a capital cursar Farmácia e Bioquímica na USP. Na faculdade, ela conhece L...