O grande dia

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Pedro narrando:

Desde pequeno, eu sempre lutei e corri atrás do que eu queria, e mesmo com todas as dificuldades, eu nunca desistir. E não vou desistir de lutar pelo meu amor.

Já é noite, quando pego uma pequena bolsa do meu pai, coloco algumas coisas minhas dentro e a escondo embaixo da cama, para que ninguém perceba o que estou planejando fazer. Deito em minha cama na tentativa falha de dormir, mas fico pensando em como será a minha vida com Maria, daqui pra frente.

Desperto antes do sol nascer, pego minha bolsa e saio escondido, até a jabuticabeira, para esperar Maria. Como pretendemos pegar o ônibus em direção a capital, faço todo o caminho a pé.
Em alguns minutos, já estou no nosso local e fico a esperá-la, ansioso pela partida.
Cerca de meia hora se passa, e Maria não aparece, me deixando preocupado, pois olho para a direção de sua casa, mas não vejo sinal de ninguém. Penso que pode ter acontecido algo, mas resolvo esperar um pouco mais, até o sol nascer.
Quando o sol já nasceu por completo, descido ir até a sua casa.
Demoro um pouco até chegar lá, pois estava à pé, mas ao encostar na porteira, vejo a janela do quarto de Maria fechada. Penso que ela pode ter perdido a hora, então entro escondido e começo a jogar pedrinhas em sua janela, mas ninguém me responde.
Já muito preocupado com o que pode ter acontecido, tomo uma atitude arriscada, indo falar com Dona Cida, na cozinha. Entro devagarinho e a vejo preparando o café.
- Bom dia Dona Cida- digo, deixando ela surpresa.
- Pedro? O que está fazendo aqui?
- Dona Cida, eu preciso falar com Maria, a senhora sabe onde ela está?
- Você não está sabendo?- indaga Dona Cida, me deixando apreensivo.
- Não, aconteceu algo?
- Ela foi embora, meu filho.
- O que?!- pergunto sem entender nada.
- Ontem à noite, o seu noivo veio buscá-la, e os dois foram para a capital.
Sem acreditar nas palavras de Dona Cida, fico a encará-la.
Maria não faria isso comigo, eu tenho certeza. Ela me disse que não queria esse noivo.
- No..ivo?- digo gaguejando
- Sim, eles se conhecem desde pequenos, são amigos.
Mas Maria não me disse nada disso.
- Porque eles foram embora?
- É segredo, mas como lhe conheço desde criança, irei lhe contar. Os dois se deitaram antes do casamento, e seu Emanuel descobriu, então foram obrigados a casar o quanto antes.
Sem reação, saio correndo da cozinha.
Como assim? Eu não posso acreditar que Maria me enganaria desse jeito, que mentiria para mim. Nós nos amávamos, pelo menos é o que eu achava. Ela não teria coragem de me jurar amor e se deitar com outro, mas Dona Cida não mentiria, ainda mas com um assunto tão sério.
Sinto as lágrimas escorrerem dos meus olhos e as enxugo rapidamente, sentindo outro sentimendo tomar conta de mim, raiva, talvez. Vou até minha casa, me despedir de meus pais.
Encontro os dois na cozinha, e vejo será mais fácil falar tudo de uma vez.
- Mãe, pai, quero lhes contar uma decisão que tomei.
- Qual, meu querido?- pergunta minha mãe, me olhando e já começando a se preocupar.
- Vou embora daqui, ainda hoje.
- Como?- indaga meu pai.
- Isso mesmo. Já fiz minhas malas e vou embarcar no próximo ônibus.
- Assim do nada? Por quê?- minha mãe pergunta, começando a chorar.
- Me perdoem, mas preciso sair daqui. Só peço que tentem me entender.
Minha mãe vem em minha direção e me abraça forte, chorando.
- Eu vou te amar sempre, meu querido, independente de qualquer coisa.
Tento disfarçar as lágrimas que querem cair do meu rosto.
- Filho, você já é homem feito e sabe o que fazer da sua vida. Estaremos sempre aqui, quando precisar.- diz me abraçando também.
Deixo meu pai, consolando a mãe e saio em direção a rodoviária.
Ao entrar no ônibus, juro a mim mesmo, que nunca mais vou me apaixonar por mulher nenhuma.

Olá
Desculpem os erros.
Obrigadaa
Beijos♡

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