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Andrea escutou o barulho da campainha e seguiu para a sala, abriu a porta e sorriu ao ver Doug parado na porta.

— Que saudade — Disse a abraçando.

— Eu também senti, vem entra.

— Eu deveria bater em você, olha quanto tempo voltou e o momento em que estamos nos encontrando.

— Eu sinto muito de verdade, Doug, mas quando eu voltei tinha uma agenda cheia e pouco tempo livre, só estava pegando no celular quando Sophie ou Amélia me ligavam — Disse sentando-se no sofá de frente para o amigo.

— Eu entendo, não se preocupe, além de tudo, Nig e eu estávamos viajando.

— E para onde foram?

— Veneza, eu achei a viagem simplesmente incrível.

— Fico muito feliz por vocês, Doug, de verdade, quer uma taça de vinho?

— Sim — Andrea levantou-se indo até a cozinha e logo voltou com duas taças nas mãos, entregou uma a ele e sentou — E você, quando pretende dar um tempo do trabalho e curtir a juventude? — Andrea riu.

— A última coisa que penso nos últimos tempos é em curtir a juventude.

— Não pode virar uma solteirona que vive para o trabalho, Andy, não é saudável, linda.

— Terei tempo para viajar, curtir a juventude daqui a alguns meses ou anos, não estou tão velha assim.

— E os amores de Los Angeles? — Andrea voltou a rir, vendo-o levar a taça a boca.

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Andrea respirou fundo e olhou para as horas no relógio do computador, seis e cinquenta e sete, passou a mão na nuca e voltou sua atenção ao relatório que estava de um paciente que estava para terminar as sessões, escutou o som do telefone tocar e o pegou.

— Sim Sophie.

— Ela chegou.

— Pode manda-la entrar — Disse e desligou, viu a porta abrir-se e se levantou observando a mulher de cabelos curtos e platinados adentrar a sala — Senhora Priestly — Disse com sua postura séria e estendeu a mão para a mais velha que pegou após um aceno de cabeça — Sente-se no divã, por favor — Miranda caminhou até o estofado vermelho e sentou-se em silêncio.

Andrea seguiu até a poltrona que ficava em frente ao divã e sentou-se, sendo observada pela mais velha.

— Pode começar falando o motivo pelo qualquer está aqui e falando sobre você, comece assim que sentir-se confortável.

— Estou aqui, pois acho que é o melhor a ser feito, tenho problemas com a minha convivência com minhas filhas, quero melhora-la — Disse após alguns minutos em silêncio vendo Andrea anotar em sua agenda  — Não sei o que posso fazer para reverter tudo isso, não sei o que há de errado.

— Como é a sua convivência com suas filhas?

— Nos falamos pouco, não há concordância entre nós, não há atenção, no começo tinha, mas depois... Eu me vi tão presa ao trabalho que me prendi a ele, talvez por isso meus casamentos não tenham funcionado.

— Me diga como era sua vida antes das suas filhas, antes de seus casamentos, houve um alguém antes deles? Talvez essa possa ser a causa da sua obsessão pelo trabalho.

— Eu não sou obsecada pelo trabalho — Disse séria enquanto encarava a morena.

— Certo... Então me diga, o que fez quando seu primeiro casamento ficou abalado.

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