A nova cidade/Escola - 2

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Já era quase fim de novembro, já estávamos arrumando nossas coisas para irmos embora, para deixarmos tudo de lado, minha vó, minha casa própria, meus amigos, parentes, tudo.

Mais havia algo bom naquela cidade, isso é o que eu pensava. Lá tinha segurança, conforto, um pouco de lazer, eu tinha que tentar pelo menos me adaptar lá, não foi fácil, pois lá era um lugar totalmente diferente de Phonexis.

Dias depois cheguei em Greavil,
era sábado de manhã, como não conhecia ninguém da cidade ficava no meu "quarto" que no caso era a sala, a casa era bem simples tinha uma sala, cozinha, um quarto e banheiro. Não era aquela casa grande de Phonexis onde vivia. A vida em Greavil era de um custo beneficio bem caro, pois a cidade era ótima. Meu pai continuava trabalhando na mesma empresa, minha mãe também, mas como morava longe, recebia menos, por causa do custo do ônibus.

Já se tinha passado 2 meses e já estava quase na hora de voltar as aulas, estava nervoso pois não conhecia ninguém.

Faltava quatro dias para o início das aulas, e eu não sei se estava alegre, ou estava desesperado, era uma mistura de angústia junto com emoção, não sei explicar o que aconteceu. Minha vida não era interessante, meu amigos não se importavam mais comigo, nem se quer me davam "Oi" na rede social. Pensei, se eu conhecer pessoas novas na escola, talvez mude um pouco minha vida, nesses 2 meses eu engordei 5kl só comendo porcarias, por causa do tédio me consumindo.

Já era o grande dia, o dia mais esperado mais ao menos tempo o mais temido, o dia de ir pra escola. A escola era bem grande, maior do que a de Phonexis, fiquei perdido, mas com a ajuda da coordenadora da escola achei minha sala. Todos já estavam em seus dividos lugares, eu cheguei um pouco atrasado para variar, e o professor já estava na sala de aula. Bati na porta e disse para o professor se eu pudesse entrar na sala. Ele disse que podia sim, mas que isso não se repetisse mais.

Pude ver a cara das pessoas me encarando ao entrar na sala, e ao mesmo tempo escuto eles cochichar um para o outro:

-Quem é ele? - Falou uma loirinha de olhos claros

-Deve ser aluno novo - Disse um garoto, que parecia um Alemão gorducho.

Sentei no último lugar da sala, ou seja fiquei no fundão, bem como eu gosto, ficar afastado, sentei no acento da parede, assim podia ficar encostado.

Alguns meninos vieram falar comigo, vieram me perguntar onde morava, o que eu estou achando da cidade, tentando fazer amizade. Eu muito tímido falei gaguejando, acho que foi a pior coisa que já fiz, meu apelido ficou conhecido como "gaguinho".

A minha experiência de primeiro dia na escola não foram muito boas, o professor me deu bronca, logo na entrada da sala, e, já me apelidaram de "gaguinho", o resto do dia na escola foi fazendo lição e não conversando com ninguém.

Se passaram alguns dias, e os meninos ainda estavam me chamando de "gaguinho", ok, deixei levar, a escola era boa, professores bons, e algumas pessoal legais. Já tinha feito alguns "amigos", já me comunicava melhor, e não gaguejava tanto como antes.

Foi se passando o tempo, e fiz um melhor amigo, cujo o nome é Michel, ele era um cara bem legal, dávamos bastante risadas, mas mesmo assim não saia de casa, pois não tinha dinheiro.
Também conheci a Helena, ela como o Michel eram meus melhores amigos.

Já na metade do ano, não me sentia o mesmo, me via como uma pessoa diferente, uma pessoa com amigos verdadeiros, íamos ao parque juntos, para falar de coisas bobas, como o final do episódio de lúcifer, falávamos sobre as pessoas da sala, e aos poucos fui me soltando, me tornando outra pessoa, criei intimidade que não tinha com meu pai e nem com minha mãe, mas não falava sobre minha sexualidade.

Mais em em um dia Michel chegou em mim e falou:

- Eai cara, você não conta muito da sua sexualidade, vc já namorou? Como foi? - dizendo ele todo empolgado para saber.

Fiquei com medo, pois não gosto de falar sobre isso, então logo fui pulando de assunto.

-Ahh vc viu o que aconteceu com a Paola? - Falei  murmurando, para ninguém escutar.

Mais não adiantou nada, ele percebeu que eu estava trocando de assunto, mas Martha a diretora da escola chegou e interviu nossa conversa antes mesmo que eu falasse:

-O que os dois mocinhos estão fazendo fora da sala de aula? - Peguntou ela rangendo os dentes.

-Estávamos apenas falando sobre a aula de física Dona Martha - Disse Michel assustado com a presença da diretora

Ela era uma velhinha, baixinha, que se metia a sabichona, sem nem querer ouvir os alunos, era uma velhinha egocêntrica.

Ela falou que era para nois irmos para sala, senão ia ficar feio pro nosso lado. Já na sala de aula, Michel continuou me perguntando sobre minha vida, não respondi nada e me afastei dele. Vi que ele não gostou, mas naquele momento só queria distância dele.  Já era hora da saída, Michel falou que não ia comigo, fui para casa sozinho, mas não liguei. Quando cheguei em casa, meu pai e minha mãe estavam conversando, sentados na mesa. Então perguntei a eles o que tinha acontecido.

Amanhã às: 15:00hrs, capítulo novo: O recomeço.
Não percam, compartilhem esse livro para seus amigos, sempre foi um sonho meu me tornar escritor. Obrigado a todos.

Uma Vida Quase NormalWhere stories live. Discover now