Whatever it Takes - Bughead

Capítulo 19 - Jughead Jones

Betty entra no bar com um olhar matador. Seus olhos brilham de ódio e ela anda até a loira a passos largos e furiosos. Penny acompanha meu olhar e se vira para Elizabeth com um sorriso cínico.

"Acho bom que você saiba correr com essas botas Penboody. Porque aquela maldita moto não vai sair daqui."

" Soube do acidente Universitário, Cooper. Triste ter a imagem de santa quebrada desse modo." Ela muda de assunto provocando Betty que para a centímetros dela sustentando o olhar. Meu pai esta do meu lado pronto para separar as duas caso seja necessário. Olho para ele confirmando que entendi o recado.

"Nada mais justo você saber do ocorrido Penny. Levando em conta que quem fez aquilo na minha porta foi você, Charlie ou um dos seus cachorrinhos." Penny faz um barulho em concordância e da mais um passo em direção a minha loira. Betty tinha razão afinal, o pai dela tinha feito aquilo e tinha pagado para os Ghoulies acabarem com a reputação dela. Charlie até onde eu sei é um cara loiro, uns três anos mais velho que eu e namorado de Penboody.

"Pelo jeito você é a única que se salva daquela família de merda. Uma mãe estúpida, uma irmã ladra e puta e uma pai patético." Betty concorda com a cabeça.

" Não tenho o que discordar de você. Meu pai te deu a moto como pagamento, não é? É claro, o filho da puta não tinha dinheiro. Minha irmã quando saiu de casa esvaziou nosso fundo universitário e deixou todos sem nenhum centavo. A casa já foi refinanciada tantas vezes que nem eu sei mais. Mas o filho da puta teve a capacidade de dar a unica coisa que eu minha mãe realmente amava para provar o ponto dele." Me surpreendo com o que ela tinha acabado de falar. Quem vê a família Cooper nunca imaginaria o quão ruim poderia ser aquela vida, o quão horríveis eles poderiam ser.

"Pra uma serpente ate que você é espertinha, não acha?" Betts avança nela e a segura pela camiseta. Ando até ela rápido e paro ao seu lado com ela me olhando mortalmente. Me afasto um pouco preparado para interferir caso seja necessário. Penny esta nervosa, seu olhar para Betty mostra que ela esta com medo.

Ela tateia os bolsos de Penny pegando a chave da moto de sua jaqueta e solta a sua camiseta a empurrando para trás com força.

"Você volta a pé hoje querida. Se quiser dinheiro vá até o meu pai. Porque não sei ele te avisou, mas essa moto esta no meu nome."

Betty se vira em direção a saída do bar, mas Penny a chama fazendo ela se virar para ela.

"Acredite, até amanhã essa moto vai estar no território dos Ghoulies de novo, loirinha." Penny diz debochada e Elizabeth se aproxima dela novamente com um sorriso nos lábios.

"Você tinha duas opções, Penboody. Essa chave iria para a minha mão de bom grado, ou eu poderia ir até o xerife Keller e comunicar o roubo da minha moto." Tall Boy que estava do meu lado solta um risada de escarnio fazendo Betty olhar em nossa direção e sorrir mais ainda. "Mas como sabemos, nada seria resolvido. Então eu esperaria até segunda feira, iria para a faculdade com roupas de boa samaritana com lágrimas nos olhos falar com o Procurador do Estado, que por conhecidencia é meu orientador e... Digamos que tem uma leve atração por mim. Isso, só para não dizer que deixou claro que faria de tudo para ir para cama comigo. Depois da conversa que teríamos, sabe o que aconteceria Tall Boy?" Ele levanta as sobrancelhas para ela surpreso negando com a cabeça. " Policiais de verdade entrariam o território de vocês apenas para pegar a moto, mas eles encontrariam o centro do tráfico de drogas que atravessa a fronteira para o Canadá. Não estou certa?" Penny franze os lábios com raiva, ela parece prestes a explodir. Betty conseguiu desarma-la em menos de cinco minutos.

" No final, Penboody, eu ganharia minha moto de volta e uma estrelinha dourada por ter dado a ele de mãos beijadas todo um esquema de tráfico. Você e seus amiguinhos seriam presos ou mortos por eles e os que sobrassem tenho certeza que os Serpentes cuidariam com todo o carinho." Penny concorda com a cabeça se afastando, mostrando suas mãos acima da cabeça em sinal de desistência.