Capítulo 20 - Betty Cooper

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Acordo sentindo carinhos nas minhas costas nuas. Suspiro abrindo os olhos e encontrando os olhos claros de Jughead me encarando, ele tem um sorrisinho nos lábios, seu rosto esta sereno e seus cabelos negros estão desgrenhados. Não consigo controlar a vontade de deslizar meus dedos por seus fios. O aproximo de mim e o beijo com carinho.

Ele esta me fazendo cada vez mais ficar perdidamente apaixonada por ele.

Ficamos um tempo deitados, trocando carícias e beijos.

"Sei que você pode não querer falar sobre. Mas daonde você conhece Penny?" Suspiro me ajeitando em seus braços.

"Eu já devia ter te contado sobre tudo mas eu não sabia como falar. Ontem quando cheguei no bar e vi a moto que era da minha mãe achei que fosse ela. Achei que ela finalmente tinha se separado do meu pai. Mas... "

"Mas era a Penny, seu pai deu a moto para ela em troca dela fazer aquilo na sua porta certo?" Concordo com a cabeça me sentando na cama e Jughead me acompanha.

"Lembra que ela falou sobre meu irmão? Minha mãe engravidou no ensino médio, Jughead. Eu tenho um irmão mais velho chamado Charlie Smith, ele tem o sobrenome da minha mãe só. Ela não sabe quem é o pai, poderia ser alguns dos serpentes ou uns dois caras que saíram com ela no ensino médio." Ele assente com a cabeça.

"Poderia ser o meu pai então?" Nego com a cabeça.

"Eu já perguntei sobre isso, ela disse que quando engravidou ela e FP não estavam mais juntos. Ela mandou ele logo depois morar com umas freiras e cuidava dele trazendo coisas e presentes, mas nunca criou ele. Quando ele era mais novo ele fugiu de lá e foi para Southside."

"Eu conheço seu irmão, Betts. Ele é namorado da Penny e ajuda ela a liderar os Ghoulies. Já perdi a conta de quantas vezes briguei com ele."

"Eu sei, Charles sempre vinha pedir socorro quando apanhava na rua. Acredito que a maioria das vezes tenha sido você a machucar ele. Obrigada por isso." Ele ri do meu comentário e beija meu rosto.

"Então minha família é isso.Minha mãe é um ex serpente que nega o passado, meu pai espancou ela e as filhas a vida inteira, além de ter sérios problemas com apostas, minha irmã namora os gêmeos Blossom e roubou toda nossa poupança universitária quando saiu de casa. Eu tenho um meio irmão, arrogante e meio sociopata. Eu sou meio maluca também, perdi as contas de quantas vezes em momentos de raiva eu despertei quando minhas mãos não paravam mais de sangrar."

Mostro para ele minhas cicatrizes em forma de meia lua nas palmas das mãos. Ele pega minhas mãos com carinho e deposita beijos nelas.

"Você não é maluca, Betts. Agora você é uma serpente e pode contar conosco o resto da vida.  Pode contar comigo o resto da vida." Assinto com a cabeça dando um beijo em seus lábios.

"Como você sabe do tráfico para o Canadá?" Suspiro me lembrando do ultimo aniversário de Charlie.

Minha mãe e meu pai não falavam com ele a anos e Polly nunca gostou dele, então eu era única que manteve contato. Eu tinha viajado até Riverdale com um bolo que ele adorava quando criança, minha intenção era levar para ele, chama-lo para jantar comigo e tentar dar a ele um noite com alguém da família. Quando eu cheguei no territórios dos Ghoulies eu encontrei ele conversando com Penny sobre a expensão dos negócios, os dois estavam sentados no sofá velho de sua casa injetando algo nas veias e quando deram conta que eu estava lá, parada com um bolo de chocolate nas mãos eles... Riram. Deram risadas como se fosse a piada mais bem contada do mundo, riam de mim por ser a garota patética que acreditava que tinha uma família, que vivia na bolha projetada pelos pais e que teria um final tão desprezível como o deles. Viver uma vida que não era para ela, mas era algo que se esperava dela.

Jughead me ouviu lamentar e choramingar em silencio, prestando atenção em tudo que eu falava como se fosse a coisa mais importante e interessante do mundo. Quando termino de falar ele me abraça com força me aninhando em seus braços. Ficamos um tempo assim até ele me afastar e olhar nos meus olhos.

"Quer ir falar com o seu pai? Eu vou junto contigo, prometo que ele nunca mais encostara um dedo em você."

"Você promete estar comigo?"

"Sempre."

Era isso que precisava para admitir que eu estava completamente apaixonada por ele.

Whatever it Takes - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora