Capítulo 17 - Betty Cooper

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Já se passaram três semanas desde que compramos o bar. Os serpentes estavam felizes e alguns pareciam realmente gratos. Eu finalmente tinha ganhado minha marca de serpente, uma tatuagem colorida e bonita no meu ombro. Jughead tinha feito de questão de ser o único a me tatuar.

Nós dois estávamos bem, continuávamos sendo amigos que transam. Perdi as contas de quantas noites nós dormimos juntos em sua casa e as noite em que ele dormiu no meu dormitório. Veronica já tinha se acostumado com seu jeito turrão e seus comentários maliciosos. Os dois pareciam se dar bem na medida do possível. Archie continua sem falar comigo e me evitando toda vez que chego no dormitório e coincide dele também estar.

Essa noite Veronica dormiria na fraternidade em que ele mora e eu estava indo com Jughead ficar no dormitório. Teríamos o pequeno apartamento só para nós e eu estava animada para tirar todas as suas roupas.

Desci do carro com ele do meu lado. Estávamos conversando sobre a festa que teríamos no White Wyrm final de semana, o filho de um dos serpentes tinha passado para uma Universidade da Ivy League e estavam todos orgulhosos do filhote de serpente ter entrado em uma das melhores Universidade do mundo.

Subimos até meu andar e notamos certa movimentação no corredor, há pessoas tirando fotos e vozes alteradas, olho para ele assustada notando que a movimentação esta em frente a porta do meu quarto.

Aceleramos o passo desviando das pessoas, paro em frente a porta do dormitório dando de cara com letras garrafais escritas em vermelho: "VÁ PARA O INFERNO SERPENTE VADIA" com fotos minhas acompanhada de Jughead, estamos nos beijando na maioria delas e eu estou com a minha jaqueta dos serpentes em algumas.

Meus olhos umedecem e me aproximo da porta para tentar apagar aquilo e Jughead me segura com força.

"Me deixar apagar essa merda. É só um idiota com uma lata de tinta." Ele me abraça forte e deixo as lágrimas caírem.

"Betty, eu não acho que seja tinta." Me afasto dele respirando fundo tentando me acalmar, me aproximo da porta e sinto o cheiro forte de sangue. Tiro o moletom que estava usando e começo a esfregar na porta. Não consigo conter o choro.

No fundo consigo escutar Jughead gritando com todos para sumirem dali e a multidão começa a dispersar, caio de joelhos no chão chorando com o moletom sujo de sangue nas minhas mãos.

Jughead se abaixa do meu lado e me da um beijo na testa me ajudando a levantar, o resto da noite são borrões.

Lembro de ser colocada em baixo do chuveiro, Jughead colocando roupas na minha mochila enquanto falava com alguém no telefone, lembro dele me levando até seu carro e depois disso tudo é escuro. Nada mais me vem a cabeça.

Estou a quase uma hora deitada em sua cama olhando para o teto tentando absorver tudo que tinha acontecido nas ultimas horas. Já perdi minhas aulas do período da manhã e pretendia passar a tarde deitada aqui levantando somente trabalhar hoje a noite.

A porta do quarto é aberta e Jughead me encara com uma bandeja de comida em mãos. Ele sorri se aproximando.

"Dormiu bem? Tive que te dar um calmante ontem a noite. Achei que você não acordaria nunca." Suspiro me sentando na cama dando espaço para ele se sentar. A bandeja com a café e panquecas e colocada na cama e começo a comer em silencio.

"Falei com Veronica ontem a noite, ela esta preocupada. Até o idiota do namorado dela ficou me infernizando, mandando mensagens para saber de você a manhã inteira."

"Obrigada, Jug. Por tudo. Eu realmente não sei o que faria sem você." Ele sorri se aproximando de mim e me abraçando. Seu toque tinha se tornado algo tão comum que eu nem sei como explicar. Tudo com ele parecia ser certo, eu me importava com ele, me preocupava e o tinha como alguém próximo. Eu estava começando a desenvolver sentimentos por ele e isso me preocupava profundamente.

Whatever it Takes - BugheadOnde histórias criam vida. Descubra agora