Capítulo 8

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Finalmente o tão aguardado dia do primeiro jogo de quadribol da Grifinória na temporada chegou. E apesar de estar familiarizada com a sensação de jogar pelo time de sua casa há três anos, Marlene não deixava de sentir nervosa.

Era sempre como se fosse a primeira vez, o mesmo frio na barriga, o coração disparado e a sensação de tremor em suas pernas.

– Relaxa Mckinnon, é só mais um jogo. – Sirius falou se aproximando dela.

Eles estavam no vestiário se preparando para a partida que começaria em poucos minutos. Marlene andava de um lado para o outro estrelando os dedos como uma maneira de aliviar a tensão.

– Eu não consigo, só vou ficar tranquila quando montar na vassoura.

O moreno riu baixinho e apertou os ombros da garota, fazendo uma leve massagem.

– Nós fizemos ótimos treinos e você se mostrou muito bem preparada em todos eles, então só fica de boa!

– É fácil para você falar, está sempre por aí com essa pose de quem não liga para nada! – Marlene falou exasperada, arrancando risadas do restante do time.

– Você deveria seguir meu exemplo! – Sirius retrucou e se aproximou ainda mais da loira, com um sorriso torto nos lábios.

Marlene sorriu levemente para ele, sabendo exatamente o que viria a seguir. Sirius estava levando a sério do lance do namoro, se empenhando em parecer o namorado perfeito na frente de todo mundo, e parecia se divertir bastante com os suspiros admirados que arrancava das outras garotas a cada demonstração de afeto que encenava com a loira.

O garoto levou uma das mãos na bochecha dela, fazendo uma suave carícia antes de puxa-la delicadamente ao seu encontro, selando de modo carinhoso seus lábios.

– Vai dar tudo certo!

Marlene assentiu e mordeu o lábio inferior, contendo a vontade de rir ao ouvir Amelie sussurrar para alguém, provavelmente Grace, que eles eram fofos juntos.

– Eu estou de olho em você, Black, pare de distrair minha jogadora!

– Não estou distraindo, Prongs, estou tentando mantê-la calma – sorriu maroto.

James rolou os olhos.

– Aqui não é lugar para namorinho! Quero concentração, temos uma partida para ganhar! – ele disse com determinação.

Sirius e Marlene se entreolharam divertidos, se afastando um do outro e indo em direção ao amigo. James passou as últimas informações táticas antes que eles tivessem que adentrar o campo, desejando boa sorte a todos ao fim das instruções.

Assim que pusera os pés no gramado, juntamente com o restante do time, Marlene teve os ouvidos tomados por gritos de incentivos e saudações por boa parte dos presentes. Não pôde evitar sorrir, aquele era o momento em que a maioria das pessoas ficavam mais nervosas, mas não era assim com ela. Quando pisava na grama e ouvia toda a animação vinda da arquibancada, era quando sentia seu coração relaxar.

Ela amava quadribol desde que se entendia por gente e amava ainda mais jogar. Se lembrava exatamente do dia que ganhara sua primeira vassoura, tinha recém completado três anos e fora uma pequena luta entre seus pais para que sua mãe concordasse com a ideia de vê-la voando por aí. Afinal, a mulher era superprotetora com a caçula da casa.

No entanto, até ela tivera que concordar que a filha levava mesmo jeito com a coisa. E logo após o dia que voara pela primeira vez, Marlene nunca mais havia parado. Quando fizera o teste para entrar para o time da Grifinória tinha achado que jamais conseguiria a vaga, se sentira tão nervosa na ocasião que por pouco não passou mal.

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