Prazer, Natasha Hofster!

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    Homens...
    O que dizer deles? Que são todos iguais? Puro clichê. O fato é que não importa se são jovens ou mais velhos, tenho certeza de que farão tudo por uma mulher. Quer um exemplo? Olha aí!
    - Natasha? Oi, desculpe-me o atraso. A reunião demorou mais do que o esperado!
    Levantei os olhos de minha agenda e sorri de lado ao vê-lo.
    - Olá, Doutor Paulo! Que prazer em revê-lo. Sente-se, por favor.
    - Sem formalidades, Natasha! Sabe que pode me chamar somente pelo nome...
    Assenti delicadamente e enquanto ele se acomodava em seu assento risquei seu nome de minha agenda no horário da uma da tarde. Guardei-a em minha bolsa e empurrei lentamente a cadeira para longe da mesa, deixando um leve espaço vazio, estiquei o braço e trouxe meu chá gelado para perto. Eu usava uma saia lápis na cor preta, onde minhas coxas bem torneadas cabiam perfeitamente, recostei na cadeira e cruzei as pernas na frente de Paulo, que por sua vez, estava quase precisando de um babador. Dei uma leve risada e levei o canudo até a boca, tomando o chá de forma provocativa, logo devolvi o copo à mesa, deixando o canudo marcado pelo meu batom vermelho. Vi pelo canto dos olhos Paulo fechando a boca e engolindo em seco.
    - Tem planos para hoje, Natasha? – Disse após um instante de silêncio.
    - Tenho. – Respondi.
    - Sempre com a agenda cheia.
    - Todos os dias para ser mais exata!
    - Você precisa liberar um pouco sua agenda, sabia? Estudos comprovaram que...
    - Eu fico disponível quando eu quero, Paulo. – Respondi seriamente.
    - É verdade, me desculpe!
    Sorri e aceitei suas desculpas.
    - Está com fome? – Perguntei.
    - Não, eu almocei antes da reunião, mas se quiser comer, eu te acompanho!
    - A pergunta aqui é se VOCÊ quer comer! – Frisei a palavra "você" e vi o sorriso de Paulo se abrir, acho que agora ele havia entendido. Me levantei e olhei para ele que permanecia sentado.     
     - Vem comigo...
    Peguei minha bolsa e informei na saída do restaurante que o dinheiro estava na mesa, segui pela porta e saí no corredor principal do shopping center com Paulo caminhando ao meu lado sem dizer nada. Melhor assim. Caminhamos mais um pouco até o estacionamento e finalmente encontrei minha Mercedes onde a havia deixado. Destravei o alarme, coloquei a bolsa no banco do passageiro e direcionei o olhar para Paulo, indicando o banco de trás.
    - Entra...
    O esperei se acomodar e entrei logo em seguida. Observei Paulo diminuir o laço da gravata e respirar fundo, sorri de lado e me sentei no colo dele, de frente, encarando seu rosto. Levei as mãos até os botões de sua camisa e fui desabotoando lentamente enquanto me divertia vendo as reações preocupadas em seu rosto.
    - Natasha, aqui não! Todos vão ver!
    Soltei uma risada leve e continuei.
    - Ninguém vai ver, os vidros são escuros... – abri toda a camisa dele e passei as unhas afiadas em seu abdômen, escorreguei as mãos para seu cinto e comecei a abri-lo. – Só relaxa, doutor!
    Aproximei a boca de seu pescoço e dei alguns beijos por ali, o médico se contorceu e sussurrou:
    - Tem certeza que é seguro?
    Sorri maliciosamente ao encará-lo de volta.
    - E se não for? Vai desistir?
    Paulo hesitou em responder. Acho que ele precisava de uma ajudinha! Me apoiei em meus joelhos e puxei devagar a saia até a cintura. Sem calcinha! Realmente sempre estava preparada para tudo. Sorri e disse baixo:
    - Você não quer?
    Ele ficou me olhando por uns três segundos até tomar uma atitude decente, terminou de abrir o cinto e o zíper da calça rapidamente, exibindo seu membro ereto. Me ajeitei na posição e sentei sobre ele devagar, jogando a cabeça para trás ao senti-lo dentro de mim, suas mãos me seguraram firmemente pela cintura como resposta. Voltei a encará-lo com olhar malicioso, mordendo meu próprio lábio inferior enquanto rebolava no colo dele, instigando-o cada vez mais.
    - Natasha... – disse ele entre gemidos.
    O segurei pela gravata fazendo nossos corpos se colarem um ao outro, aproximei minha boca da sua e sussurrei:
    - Cala a boca e me come!
    Repentinamente senti ele se mover, sorri largo e me segurei em sua nuca, arranhando-a com certa força. Paulo se movimentava rapidamente, apertando e segurando meu quadril enquanto gemia.
    - Não pára, Paulo... – sussurrava no ouvido dele. – Continua, vai!
    Ele aumentou a velocidade e eu gemi alto. Sorria e gemia, quicando no colo dele sem parar. Meus seios fartos balançavam na frente de seu rosto, dando a liberdade e o convite para que suas mãos pudessem apalpá-los. O carro balançava enquanto nossas respirações ficavam ofegantes, senti um arrepio percorrer toda minha espinha e cravei as unhas na nuca dele, sentando com força em seu colo, fazendo eu e ele gozarmos ao mesmo tempo. Respirei fundo, me apoiei em meus joelhos novamente e abaixei a saia. Me sentei no banco ao seu lado e comecei a me recompor, olhei para Paulo e percebi que continuava do mesmo jeito, como se eu tivesse tempo de esperá-lo se recuperar de um orgasmo.
    - Te ligo amanhã, ok? – Puxei minha bolsa e tirei um estojo de maquiagem, pelo espelho podia vê-lo se vestindo.
    - Em que horário pretende me ligar? Porque amanhã tenho que buscar minha filha na...
    - Você mais do que ninguém sabe que eu não tenho horário! Quando me der vontade de transar, eu te ligo e você vem.
    Sorri largo para ele e logo voltei a atenção para o retoque de minha maquiagem. Ele bufou.
    - Tudo bem, até logo então!
    - Até...
    Aguardei ele sair do carro, peguei meu celular e procurei minha conversa com Jonas, meu instrutor da academia, digitando a seguinte mensagem:
     "Onze em ponto no Monte Carlo."
    A resposta de Jonas foi imediata: uma carinha sorridente piscando um olho só. Dei risada daquilo. Fiquei imaginando ele com o celular na mão aguardando minha confirmação para nossa "escapadinha" de hoje à noite, como ele diz. Devolvi tudo para bolsa e saí do banco de trás entrando no lado do motorista. "Hora de voltar ao trabalho!", pensei. Liguei o carro e saí do shopping indo em direção à minha imobiliária. Sim, minha! Eu e meu ex-marido nos separamos há um ano e meio atrás e fiquei com tudo o que era dele: casa, carro, empresa, dignidade e por pouco a alma! Um pagamento extra ao meu advogado e pronto! Tudo passado para meu belo nome, Natasha Hofster. Limpei o canto da boca com o dedo indicador ao me lembrar disso e gargalhei sozinha!
    Era muito bom ser eu...


Olá leitores! E aí, o que acharam desse primeiro capítulo? Natasha vai se aventurar muito mais nos próximos... Divirtam-se!

Hofster (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora