Em cativeiro

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    Acordei na cama de um motel barato com um roupão amarelado vestido em meu corpo, minha cabeça doía muito como se eu tivesse levado uma pancada, olhei para a mesinha ao lado e vi um copo de água e uma aspirina sobre um pratinho, "Onde estou?", pensei. Segundos depois de me concentrar em minhas memórias, as lembranças retornaram com violência me causando um ataque de pânico, eu havia sido sequestrada! Levantei rapidamente da cama e comecei a conferir portas e janelas à procura de uma saída, porém tudo estava trancado.
    - Socorro! - Gritei enquanto esmurrava a porta por várias vezes seguidas, mas sem sucesso. Caminhei na direção do criado-mudo e peguei o copo cheio de água, arremessando-o contra o vidro da janela na tentativa de quebrá-lo, mas tudo o que consegui foi uma rachadura e vários cacos espalhados pelo chão.
    - Mas que merda! - Disse nervosa.
    Passei os dedos pelo cabelo e comecei a me desesperar novamente, respirei fundo e me sentei na cama.
    - Calma... pensa Natasha, pensa! - Disse em voz alta para mim mesma.
    Repentinamente ouvi a tranca da porta ser destravada e logo Rafael entrou no quarto.
    - Olá, Bela Adormecida... - Zombou ele.
    Fechei a cara o máximo que pude e sem pensar duas vezes avancei para cima dele que soltou as sacolas que estava carregando para se proteger.
    - Opa, opa... calma aí! - Disse ele enquanto segurava meus braços.
    Me virou de costas para si e me manteve pressionada em seu corpo.
    - O que significa isso, Rafael? - Perguntei.
    - Eu vou te soltar e explicar, mas você tem que prometer se comportar... - Disse ele.
    Não respondi nada e ele simplesmente entendeu que meu silêncio confirmou que eu tinha aceitado a proposta. Afrouxou as mãos e logo me desvencilhei delas, virei de frente e minha única vontade foi de matá-lo!
    - Me explica logo que porra de ideia foi essa de me sequestrar e me manter em cativeiro nessa pocilga!
    - Nati, calma... você está muito nervosa e desse jeito não tem como conversar com você.
    - Muito nervosa? Eu sou capaz de colocar aquele travesseiro na sua cara e te sufocar!

    - Viu?! Assim não dá...

    Observei de braços cruzados Rafael me dar as costas e abrir a porta logo percebendo que iria me trancar de novo, fui em sua direção e segurei seu braço.
    - Por favor não me deixe aqui...
    Ele parou, pensou um pouco e me encarou.
    - Aqui tem tudo o que precisa, Natasha... amanhã eu volto para tentar conversarmos.
    Arregalei os olhos.
    - Amanhã? Como assim amanhã? E como assim tentar?
    Rafael fechou a porta e deu um passo em minha direção, porém, ao abrir a boca para começar a falar um barulho de vidro sendo quebrado sob seus pés o fez parar. Olhou para o chão e reparou nos inúmeros pedaços de cacos espalhados por ali, seus olhos acompanharam a mancha de água no carpete até observá-la escorrendo na parede e se deparando com a enorme rachadura no vidro da janela. Seu rosto se virou na minha direção e percebi sua face dura e impenetrável, acho que tinha me ferrado um pouco mais na mão dele pois um mal súbito percorreu minha espinha ao encará-lo, me causando calafrios. Meu alarme interno dizia para eu me afastar e foi isso que fiz, um segundo depois, Rafael começou a gritar descontroladamente.
    - Olha o que você fez! Resolveu dar uma de louca e sair quebrando tudo?
    - Louca eu? - Gritei de volta. - O único louco aqui é você que acha que as coisas se resolverão do seu jeito!
    Ele sorriu de lado e voltou a se aproximar, tentei me afastar novamente, mas a cama estava no caminho, deixando Rafael praticamente colado em mim.
    - Eu posso ser louco, Natasha... mas louco por você! - Disse baixo.
    Dizendo isso, colou seus lábios nos meus e me segurou contra si pela cintura, tentei rejeitá-lo com todas as minhas forças, empurrando seu peito para longe até que me soltasse. Ao me ver livre, senti repulsa por ter sido beijada por um homem totalmente escroto e seguindo meu instinto cuspi no rosto dele, limpando a boca em seguida. Um silêncio constrangedor se abateu entre nós enquanto ele limpava o rosto e de repente, um tapa. No momento seguinte, me vi caída na cama com o rosto contra o lençol e com meus cabelos sobre o mesmo, só conseguia sentir a ardência e a dor que só aumentavam. As emoções daquele momento foram tão intensas que transbordaram por meus olhos e em meio aos meus soluços ouvi a voz dele logo atrás de mim.
    - Eu te avisei que não poderíamos conversar se você estivesse nervosa... eu não queria ter feito isso. - Pelo balanço da cama senti que ele havia jogado algo sobre ela, em seguida continuou. - Tem comida e água nessa sacola... voltarei quando estiver mais calma.
    Os passos dele se afastaram passando por cima dos cacos de vidro e saindo porta afora, ouvi o barulho da chave trancando a mesma e fiquei ali chorando por um tempo, assim que levantei o rosto da cama dei de cara com minha imagem refletida no espelho do banheiro, me levantei e fui até ele, aproximei o rosto de meu reflexo e observei o local dolorido, todo o lado direito de meu rosto estava avermelhado e com a marca da mão de Rafael. Abri a torneira e joguei um pouco de água fria no rosto, repentinamente, pensei em Benjamin... "Se ele tivesse aceitado ficar talvez não estaria passando por isso agora, mas a culpa não é dele se tenho um ex-marido psicopata!", pensei. O barulho de meu estômago faminto tirou-me de meus pensamentos, fechei a torneira e voltei para o quarto. Eu tinha certeza de que Margareth e Benjamin sentiriam minha falta e viriam me procurar então tinha que me alimentar para não ficar com uma aparência pior do que já estava. Abri a sacola e retirei uma marmita de isopor de tamanho médio junto com uma garrafinha de suco de laranja industrializado e outra de água ficando feliz por nenhum dos dois ser refrigerante... abri a marmita e me deparei com o prato preferido pela maioria dos brasileiros: arroz, feijão, bife acebolado e batata frita. Levei uma das batatas até a boca e fiz careta ao mastigá-la, estava fria e horrível! Eu adoro batata frita, mas estas não davam para comer... peguei o garfo descartável e experimentei o arroz que até estava gostoso, mas quando tentei fincar o garfo na carne partiu-se em dois.
    - Saco! - Reclamei.
    Segurei a carne com a mão e com uma das metades do garfo comecei a comer, "Que bela diferença do meu jantar de ontem para o de hoje!", pensei. Uma leve depressão se instalou em mim, fazendo-me chorar em silêncio enquanto jantava, amanhã eu entraria no jogo de Rafael e conversaria com ele, convencendo-o a me libertar.
    No dia seguinte minha conversa com Rafael não havia sido nada produtiva pois mesmo fazendo seu jogo ele não queria me libertar... se eu fosse grossa só me deixava comida e ia embora, se eu fosse amável tentava transar comigo. Fazem exatos cinco dias que estou presa nesse lugar isolada de tudo e de todos, já nem consigo mais respirar direito por falta de ventilação e estou por um fio de perder as esperanças de ser encontrada, só conseguia diferenciar o dia da noite pela claridade que passava por baixo da porta. Na última visita de Rafael, pedi roupas limpas para vestir e ele me disse que preferia me ver de roupão, foi aí que o xinguei de vários nomes pois não tinha mais paciência alguma com ele e como castigo levou meu jantar de volta, então estou aqui... deitada na cama observando as imagens da TV e delirando de fome quando ouço três batidas na porta. Dei um pulo da cama e fui até ela tomando cuidado para não machucar meus pés descalços nos cacos de vidro que ainda estavam ali, me aproximei e ouvi novamente as batidas mas resolvi não responder, podia ser uma brincadeira sem graça de Rafael. Ouvi um burburinho do lado de fora e coloquei a orelha na porta para ouvir melhor, de repente, alguém me chamou pelo nome e reconheci a voz de imediato.
    - Benjamin! Aqui! - Gritei enquanto esmurrava a mesma.
    - Senhorita Hofster afaste-se da porta, nós vamos entrar!
    A voz que ouvi depois já não era mais a de Benjamin, porém obedeci e fui para longe, houveram alguns segundos de silêncio e minha ansiedade só aumentou, repentinamente um estrondo ecoou por todo o quarto, observei a porta cair pesadamente no chão e a claridade tomou conta do ambiente. Logo um homem aparentando ter a minha idade vestindo farda de bombeiro aproximou-se de mim e perguntou se eu estava ferida, respondi que não e do nada ele me pegou no colo me levando para fora. O sol queimava meus olhos e eu não conseguia enxergar nada, senti o bombeiro me colocando sobre uma maca e percebi que estava dentro de uma ambulância, uma médica muito simpática começou a medir minha pressão e a fazer perguntas, eu respondia rapidamente na intenção de lhe fazer uma pergunta retórica, mas ela não me dava chances de falar. Segundos depois Benjamin entrou na ambulância, ao vê-lo, puxei sua camisa e passei os braços por seu pescoço, chorando como uma criança, ele me pedia calma e dizia que estava tudo bem enquanto acariciava meu cabelo todo desgrenhado.
    - Ben... Me leva para casa? - Perguntei chorosa.
    - Claro que levo... mas primeiro você precisa de atendimento médico. - Dizendo isso se afastou vagarosamente, o suficiente para limpar as lágrimas que escorriam por meu rosto e encarar meus olhos. - Eu estou aqui com você.
    Balancei a cabeça positivamente e me deitei na maca, Benjamin ficou ao meu lado o tempo todo enquanto a médica introduzia uma agulha em minha veia para que eu pudesse tomar soro. Ele observava preocupado os procedimentos e só se dispersou quando estiquei minha mão e toquei na dele, ganhando sua atenção.
    - Como me achou? - Perguntei.
    - É uma longa história... - Respondeu.
    A ambulância foi ligada e a médica nos avisou que iríamos para o hospital, concordamos e voltamos a nossa conversa.
    - Acho que temos tempo... - Disse sorrindo, algo que não fazia a dias.
    Benjamin, que estava sentado em um tipo de banco, sorriu de volta e respirou fundo, logo começando a falar:
    - Na segunda-feira Margareth disse que não era a primeira vez que você sumia, porque da última vez você foi para um retiro em um spa e não avisou ninguém...
    - Isso é verdade! - Interrompi. - Continue...
    - Então no terceiro dia peguei o telefone do tal spa na internet e me disseram que você não havia se hospedado... liguei no seu celular e nada de você atender, eu e Margareth praticamente te procuramos em todos os lugares que você frequentava e não te encontramos, até sua empregada me dizer que você não estava voltando para casa. Foi aí que entendi que tinha algo errado... fui à delegacia, expliquei a situação e como já faziam mais de quarenta e oito horas que você estava desaparecida, iniciaram as buscas. Foi bem difícil te achar! Na sua casa não haviam sinais de arrombamento e todos os seus pertences estavam lá, inclusive sua bolsa com carteira e celular dentro que a sua empregada disse ter guardado no seu quarto pois estava sobre a mesa quando ela chegou. Os policias perguntaram para Margareth se você tinha algum inimigo e a primeira pessoa que veio na cabeça dela foi seu ex-marido. Não me pergunte como eles encontraram o endereço dele, só sei que me ligaram hoje à tarde informando que seguiram o suspeito até aqui, mas ele havia disfarçado ao perceber a polícia e deu meia volta, então me pediram para vir ajudar a identificar a sequestrada, no caso você...
    - Meu herói! - Disse rindo. Benjamin riu comigo, levei a mão até o rosto dele e acariciei.
    - Não fui eu quem arrombou a porta e te carregou para fora nos braços... - Disse.
    Todos caímos na risada, até a intrometida da médica que estava prestando atenção na conversa. Dias depois do ocorrido voltei a trabalhar. Eram 8H30 de segunda-feira quando cheguei na porta da imobiliária, ouvi telefones tocando e vozes conversando, mas assim que alcancei a recepção e passei para o corredor todos se calaram, até os telefones... Em frente sua mesa, Margareth me recebeu com um sorriso no rosto.
    - Bom dia, Nati...
    - Bom dia, Meg... - Respondi desanimada.
    - Nossa, por que está tão para baixo? Não fica assim, já passou!
    - Eu sei, mas ainda me sinto estranha, todos souberam o que aconteceu comigo e agora pareço um animal raro dentro de um vidro! - Disse.
    - Relaxa... Na sua sala tem um pedaço de brownie para sua felicidade e uma carta do tribunal.
    - Do tribunal? - Perguntei. Sim, acho que é importante... - Respondeu ela.
    Concordei com um aceno de cabeça e entrei em minha sala informando a Margareth que chamaria ela, caso precisasse. Sobre minha mesa o brownie e a carta estavam lado a lado, deixei o doce de lado e abri a carta primeiro, nela continha uma intimação para depor contra Rafael no dia seguinte, respirei fundo e peguei o brownie para comer, nunca tinha deposto contra alguém, como seria isso? No período da tarde daquele mesmo dia, Benjamin entrou em minha sala e me disse que também tinha recebido uma carta e que seria testemunha do caso a meu favor então combinamos de nos encontrar na porta do tribunal na data estabelecida na carta. Chega o dia do julgamento, Benjamin e eu participamos do mesmo. Dei minha versão da história e ele testemunhou sobre meu sequestro, tivemos uma pausa e no retorno Rafael de Alcântara foi condenado à prisão. A alegria dentro de mim foi imensa, finalmente aquele crápula teria o que merecia... observei ele ser algemado e carregado pelo policial para a porta lateral da sala, porém antes de passar pela mesma Rafael me lançou um olhar ameaçador por cima do ombro junto com um sorriso maléfico nos lábios que fiz minha espinha gelar, repentinamente senti algo tocando minha mão e me assustei.
    - Benjamin... Que susto! - Disse ao vê-lo.
    - Me desculpe, não queria te assustar... vamos? Já acabou.
    Balancei a cabeça positivamente e disse:
    - Vamos...
    Enquanto caminhávamos para fora do tribunal Benjamin disse:
    - Natasha, queria conversar um minuto com você.
    - Claro!
    Paramos próximo da escadaria e olhando no rosto dele percebi que tinha algo errado.
    - Acho que não é uma boa notícia... - Comentei.
    O observei respirar fundo para começar a falar, mas fomos interrompidos pelo barulho de meu celular tocando.
    - Pode atender... - Disse ele.
    - Desculpa, com licença!
    Me afastei um pouco para atender a ligação e vi o nome de Margareth no visor.
    - Oi Meg... - Disse ao atender.
    - Nati, já acabou o julgamento? - Perguntou ela.

    - Já... ele foi preso. - Respondi.

    - Que bom... a justiça foi feita. Estou ligando porque encontrei uma carta de demissão de Benjamin sobre sua mesa, sabe de alguma coisa sobre isso?
 

  - Demissão? Não estou sabendo...

    - Ele ainda está aí?
    - Sim... está aqui perto e queria conversar comigo.
 

  - Então acho que o assunto é esse...

    - Certo. Obrigada Meg.
    - De nada, beijos.
    Encerrei a chamada e voltei para perto de Benjamin com o semblante totalmente diferente de antes.
    - Vai mesmo se demitir? - Perguntei.
    - Droga... queria ter dito primeiro. - Disse ele.
    - Não seja por isso, diga agora! - Disse cruzando os braços.
    - Eu recebi uma proposta do professor de natação do meu sobrinho para ir treinar com ele na Suíça e aceitei, por isso estou me demitindo...
    - E quando você vai?
    - Nesse fim de semana...
    Apertei os lábios um no outro e disse:
    - Ok, boa viagem.
    Coloquei os óculos escuros no rosto, virei as costas e comecei a descer os degraus, ao tocar meus saltos na calçada senti meu braço ser puxado de leve, suspirei e aguardei Benjamin se posicionar na minha frente.
    - Natasha, não precisa ser assim...
    Bufei ao ouvir suas palavras, eu simplesmente odiava quando as pessoas tentavam amenizar as coisas depois de já terem dito, tirei os óculos a fim de encarar os olhos de Benjamin e antes que ele pudesse abrir a boca para falar fui mais rápida e comecei:
    - Você vai embora para Suíça sei lá por quanto tempo, não me diz nada e deixa uma carta de demissão sobre minha mesa fazendo com que eu descubra seus planos através de terceiros...
também acho que não precisava ser assim!
    Ele ficou em silêncio, sua resposta foi me puxar pela cintura calmamente e me abraçar. No começo tentei ignorar sua demonstração de afeto, mas logo meus braços se elevaram e passaram em torno do pescoço dele, recostei a lateral do rosto em seu peito e aspirei seu perfume, instintivamente minha mão direita percorreu sua nuca e deslizou até seu peitoral onde apertei e segurei sua camisa, deixando uma parte dela amassada. Não sei se foi por raiva, mas só sei que minha mão havia criado vida própria, descendo um pouco mais e se colocando debaixo da camisa dele onde deslizou livremente por seu abdômen e logo começou a
arranhá-lo.
    - Nati... - Disse ele. - Estamos em público!
    Algumas pessoas que estavam saindo do tribunal tiveram que se desviar de nós para que não trombássemos nelas, só então fui liberta do transe que aquele perfume me proporcionou. Olhei para Benjamin e sem dizer nada o peguei pela mão e subimos de volta as escadas, passamos no mesmo corredor pelo qual havíamos saído encontrando muitas pessoas e várias portas. Disfarçadamente comecei a girar as maçanetas à procura de uma sala destrancada até finalmente ler a palavra "Xerox" escrita no vidro de uma das salas, puxei Benjamin direto para dentro e tranquei a porta. Na sala haviam várias prateleiras com material de escritório e uma enorme máquina copiadora, busquei nos olhos de Benjamin a confirmação que ele já havia entendido minhas intenções e recebi uma resposta positiva. Grudei nele como uma leoa gruda em sua presa abrindo todos os botões de sua camisa com um único puxão, ele correspondeu e nós colamos nossos corpos ao batermos contra uma das prateleiras, nossas bocas se devoraram com afinco enquanto eu abria sua calça e ele levantava minha saia justa. Pegou-me no colo e sentou-me sobre a copiadora, soltei um gemido alto ao senti-lo afastar minha calcinha e me
penetrar fazendo com que me calasse colando sua boca na minha, eu apertava todos os botões da máquina enquanto minha mão procurava algum lugar para se segurar, devo tê-la desconfigurado totalmente pois a mesma fazia barulhos indicando que estava em funcionamento. Benjamin me segurava firmemente pelos quadris e penetrava seu pênis profundamente em minha vagina com movimentos rápidos, ao ver que chegaríamos ao clímax tapou minha boca com uma das mãos e deu uma estocada final fazendo meu corpo se contorcer por inteiro. Gozamos juntos e ficamos ali parados sem nos mover por alguns segundos, recuperei meu fôlego e o empurrei devagar para trás, desci da copiadora logo abaixando minha saia e me aproximei dele para tirar sua camisa.
    - O que está fazendo? - Perguntou ao me ver guardar a mesma na bolsa.
    - Vou ficar com ela... guardar de lembrança! - Respondi.
    - Mas Natasha, como vou sair daqui sem camisa?
    Dei um sorriso largo para ele e disse:
    - Eu sei que você dará um jeito... Boa sorte na Suíça, Benjamin!
    Endireitei o corpo e saí da sala de xerox como se nada tivesse acontecido. Quanto à camisa, claro que não seria para recordação, joguei na primeira lixeira que vi pela frente... Benjamin
foi algo passageiro em minha vida e já era hora de voltar para a realidade.

Poxa, uma maré de sentimentos invadiu o coração da Nati... Como será que ela vai lidar com a situação? Votem e comentem!

Hofster (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora