Conhecendo James

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     3H30 da manhã.
     Pessoas desconhecidas dançavam na pista. Algumas tímidas e outras se achando profissionais. Observei um cara aparentemente bêbado se desculpar com outro do dobro de seu tamanho por ter derrubado bebida nele, achei a cena cômica e soltei uma leve risada.
     - Pessoas... são tão idiotas! – Disse ao virar o corpo no banquinho giratório e ficar de frente para o bar.
     - Realmente... – Respondeu Margareth. - Ei, não está a fim de dançar?
     Pensei na possibilidade e concordei com ela, virei meu drink na boca e me levantei. Me posicionei na frente de minha amiga na pista de dança e começamos a dançar, fechei os olhos e tentei esquecer tudo à minha volta, precisava daquilo para isolar todos os eventos recentes que aconteceram comigo, naquele momento éramos só eu e eu mesma.
     Balançava o corpo no ritmo da música, escutando a batida eletrônica e sentindo-a em minha própria pele, segundos depois senti um toque em meu ombro e me virei rapidamente para ver quem era, a pista estava bem iluminada com luzes coloridas então consegui ver nitidamente que se tratava de um rapaz bonito, bem vestido e aparentando ter menos do que a minha idade, se aproximou do meu ouvido e perguntou se podia dançar comigo, abri um belo sorriso e aceitei. Ele ficou ali em volta de mim, observando minha dança e mordendo o lábio sem a mínima discrição, dei uma risada ao observar a cena e fiz sinal com a mão para que me esperasse ali. Peguei na mão de Margareth e a levei até o banheiro, tive uma leve tontura com a mudança brusca de ambientes, mas me mantive firme sobre os saltos, afinal, mesmo não estando cem por cento tínhamos que manter a classe.
     - O que aquele cara estava querendo? – Perguntou Margareth enquanto ajeitava o cabelo.
     - Nada... só encher o saco! – Respondi enquanto procurava o batom vermelho na bolsa para retocá-lo.
     - Nós não vamos falar sobre Benjamin? – Perguntou ela após uns segundos de silêncio.
     - Não Meg! – Respondi de imediato. – Benjamin se foi... deve estar dentro do avião à caminho da Suíça agora.
     - E você não falou com ele desde o dia em que foram no tribunal?
     - Não... não havia necessidade alguma de conversarmos.
     - Ok então... – Margareth cruzou os braços e recostou o quadril na pia.
     Senti o peso do seu olhar me observando e me irritei.
     - O que foi? Por que está tão preocupada? – Perguntei ao me virar para ela. – Era eu quem dava para ele e não você!
     A reação de Margareth foi cair na risada, me deixando sem graça, mas obviamente não demonstrei.
     - Do que está rindo? É verdade!
     - Eu sei que é a mais pura verdade, Nati! Só estranhei o seu jeito de responder porque achei que tinha ficado chateada com a partida dele...
     - Chateada? Jamais! Não fico assim por homem nenhum. – Respondi secamente ao voltar a me olhar no espelho.
     - Pois é... mas pensei que com Benjamin seria diferente! Vocês formavam um ótimo par, nem dava para notar a diferença de idade entre vocês e ele...
     - Cala a boca, Meg? – Disse sem olhar para ela.
     Margareth calou-se instantaneamente. Percebi a chateação estampada em seu rosto, porém não me desculpei! Às vezes ela falava demais...
     - Vamos? – Disse ao terminar o retoque de minha maquiagem.
     Saímos do banheiro e logo demos de frente com o cara da pista de dança que ao me ver tentou do nada me beijar, virei o rosto e disse um sonoro "Não, obrigada!", desviando meu caminho do dele. Voltamos para a pista e dançamos por mais alguns minutos até sentir que meus pés estavam cansados, avisei Margareth que precisava descansar e voltei a me sentar no banco giratório do bar, fiz uma rápida análise do ambiente e não encontrei nada interessante, torci o lábio e comecei a tamborilar as unhas no balcão até o barman me trazer um Martini e colocar na minha frente.
     - Mas... eu não pedi nada! – Disse, sem entender.
     - O rapaz daquela mesa mandou te entregar, moça...
     Olhei na direção apontada e vi que era o mesmo cara chato que havia tentado me beijar momentos antes. Bufei nervosamente, peguei a taça e caminhei decidida até a mesa dele para dar-lhe o maior fora de todos os tempos, porém algo saiu errado... ao me aproximar, o rapaz logo foi dizendo:
     - Moça, eu sei o que vai dizer... já percebi que não precisa de homens pagando bebidas para você, mas essa é como pedido de desculpas pelo meu irmão.
     - Irmão? – Perguntei.
     - Sim... o Denis bebeu uns goles há mais e resolveu grudar em você, mas eu acho que ele se atrapalhou e entendeu as coisas de uma outra forma, enfim, me desculpe!
     Fiquei com cara de interrogação, acho que não estava raciocinando direito.
     - Mas... não era você?
     O rapaz deu uma leve risada, acho que devia estar acostumado com a situação.
     - Não, somos gêmeos idênticos... e a propósito, muito prazer. Meu nome é Davi! – Ele estendeu a mão e eu retribui o cumprimento dizendo meu nome também. – Sente-se por favor, Natasha, prometo que não tentarei nada!
     Sorri de lado e me sentei, não tinha nada a perder mesmo! Enquanto conversávamos, observei Margareth saindo da boate acompanhada e dei um "tchauzinho" para ela, momentos depois Denis apareceu, porém agora estava diferente... parecia mais controlado e sensato. Me pediu desculpas pelo ocorrido e sentou-se do meu lado, entrou aos poucos na conversa e ficamos os três batendo papo por um longo tempo até Davi fazer-me uma proposta.
     - Natasha, Denis e eu temos uma pergunta...
     Bebi um gole do meu terceiro Martini e o encarei.
     - Diga...
     - Você transaria conosco ao mesmo tempo?
     Ai caramba! Uma pergunta direta para uma pessoa levemente alterada... isso não ia dar certo. Um homem lindo querendo transar comigo é uma coisa, mas dois homens lindos e idênticos? Era um fetiche que ainda não havia realizado.
     - Claro! – Respondi descaradamente. – Agora?
     Davi sorriu e disse:
     - Se for possível...
     - Tudo é possível, meu bem!
     Nos encaramos por um instante até todos entenderem que aquilo não era brincadeira, deixamos as bebidas pela metade sobre a mesa e saímos da balada. Disse aos dois para me seguirem e acompanhei o carro deles pelo retrovisor da Mercedes, parei em frente à porta do Hotel Monte Carlo e dei as chaves ao manobrista dizendo que os rapazes do carro seguinte estavam comigo, peguei o cartão de acesso da suíte na recepção e subi de elevador até a cobertura sendo seguida pelos gêmeos. Ao entrar no quarto, fui logo abrindo o champanhe e servindo em três taças, lembrei-me da experiência ruim que tive ali a algum tempo atrás com meu antigo instrutor, mas logo afastei tais pensamentos da cabeça, hoje era só festa... era o meu dia de festejar. Entreguei a taça aos dois e brindamos ao que viria a seguir, Denis posicionou-se na minha frente enquanto Davi dava a volta e chegava por trás de mim tocando minha cintura com a mão livre e me puxando com jeitinho para si, fazendo nossos corpos roçarem um no outro, coloquei a mão para trás e toquei sua coxa subindo-a até o meio de suas pernas para sentir o volume em sua calça. Sorri de lado e logo senti o toque de Denis que havia segurado nos cabelos de minha nuca e beijado meu pescoço, fazendo os pelos do meu corpo se eriçarem.
     - Tira a roupa dela... – Disse Davi ao irmão.
     Ele havia retirado as taças de nossas mãos e colocado sobre a bancada, ao voltar eu já estava seminua usando só lingerie vermelha, observei seu olhar me fitar de cima a baixo e ao encarar seu rosto retribui seu sorriso malicioso. Tirou a camisa que estava vestindo e Denis o imitou, mordi o lábio inferior e arranhei o tanquinho dos dois ao mesmo tempo.
     - Tirem... – Disse à eles, indicando suas calças enquanto caminhava até a bancada e tomava todo o conteúdo de minha taça num único gole.
     Retornei para perto dos gêmeos observando-os só de cueca e gostei do que vi, coloquei um de cada lado e me agachei no meio deles, acariciando seus respectivos membros por cima da cueca. Abaixei a de Davi e chupei ele primeiro enquanto masturbava Denis com a mão, logo fiz o contrário e fiquei ali chupando os dois até me sentir satisfeita e levantar, caminhei até a cama King Size tirando as peças que sobraram em meu corpo, deixando-as pelo chão, sentei na cama e chamei os dois com o dedo indicador, agora sim a festa iria começar! Subiram na cama um de cada lado e começaram a me estimular, Denis me encostou em seu corpo enquanto Davi abria minhas pernas e me chupava com vontade, já tive sexo oral melhor do que esse, mas nada que uns movimentos de meu quadril não o ajudasse a tirar gemidos de mim, senti meus seios sendo massageados e isso completou o prazer. De repente, fui penetrada na vagina e ao abrir a boca para gemer algo foi colocado nela, foi tudo tão rápido que quando percebi já estava chupando Denis enquanto seu irmão metia em mim. Passado um certo tempo naquela posição os dois trocaram de lugar e percebi que a semelhança entre eles era idêntica até no jeito de transar! Aproveitamos nossa festinha até amanhecer o dia, não foi tanto tempo assim porque já era de madrugada quando chegamos no Hotel, mas só sei que gozamos várias vezes, juntos ou separados, até cansarmos. Deitamos os três naquela enorme cama e eu, claro, no meio dos dois. Ao perceber que pegaram no sono, desci e fui ao banheiro tomar uma ducha rápida, me vesti e peguei os saltos na mão para não fazer barulho, só os colocando nos pés quando entrei no elevador. Paguei a estadia do Hotel e o café da manhã para os rapazes, pensando que estava fazendo minha boa ação do dia... Dei gorjeta ao manobrista como de costume e peguei minha Mercedes, dirigi acelerado até em casa e estacionei na garagem. Fiquei ali dentro do carro por tempo indeterminado até finalmente desabar... chorei, chorei e chorei de novo! Mas por que raios eu estava chorando? Não sei e nem queria saber... poderia ser por vários motivos, só sei que um deles era a falta que eu sentia daquele filho da mãe. "Idiota!", pensei. Passei a mão no rosto e limpei as lágrimas que insistiam em transbordar, desci do carro e entrei em casa dizendo um "bom dia" rápido para minha empregada deixando-a falando sozinha, subi para o quarto e me atirei na cama. Senti as lágrimas descendo novamente por meu rosto, mas estava muito cansada para chorar, era tanta coisa na minha cabeça que eu não sabia o que pensar primeiro, enfim acabei adormecendo com a roupa da balada no corpo e com o pensamento em Benjamin.

Hofster (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora