Hofster (+18)

Informações demais!

    Acordei com o barulho do celular tocando. Estranho... meu celular não tinha esse toque! Ainda sonolenta, percebi meu rosto descendo e subindo involuntariamente, criei coragem para abrir os olhos e só então percebi que estava dormindo sobre o peito de James. Me sentei na cama e olhei para ele, estava dormindo tão serenamente que fiquei com dó de acordá-lo, mas mesmo assim era preciso, o celular continuava berrando em meus ouvidos.
    - James... – Chamei baixinho enquanto o observava. – James!
    - O quê? – Disse com voz de sono.
    - Seu celular está tocando!
    Ele abriu lentamente os olhos e pegou o aparelho na mão, olhou no visor e ignorou a chamada devolvendo-o para o criado mudo.
    - Bom dia! – Disse ao me olhar.
    - Não olhe para mim... – Disse escondendo o rosto. - Acabei de acordar, devo estar horrível!
    Ele deu uma leve risada e disse:
    - Continua linda... – Tirei a mão do rosto e sorri de lado. – Volte para a cama!
    - Não posso... tenho que trabalhar e eu nem sei que horas são! Acho que estou atrasada.
    - Você é a chefe, Natasha... pode chegar no horário que quiser, sabia?
    - Eu sei, mas gosto de chegar cedo para dar o exemplo!
    - Tem clientes agendados?
    - Não...
    - Então não tem desculpa.
    James me puxou carinhosamente de volta para a cama e me virou de costas para ele, me abraçou e ficamos de conchinha, dava para sentir sua respiração em minha nuca.
    - James...
    - Eu...
    - O que estamos fazendo?
    - Acho que estamos tentando dormir de novo!
    - Mas assim... abraçados?
    - Não quer que eu te abrace?
    - Não é isso...
    - Eu sei o que é! Também não estou acostumado a acordar ao lado de alguém... principalmente depois de transar com a pessoa.
    - Exatamente... sempre vou embora depois, mas dessa vez eu fiquei!
    - E por que ficou?
    Demorei alguns segundos para pensar e mesmo assim não encontrei a resposta, só disse o que veio na cabeça.
    - Porque é você...
    A mão dele acariciou meu corpo por debaixo da coberta e parou em minha cintura, repousando ali.
    - Confesso que ia deixá-la aqui e ir embora, mas nos deitamos para descansar e quando percebi você já estava dormindo sobre meu peito... então deixei e decidi ficar.
    - Por dó de me acordar?
    - Não... fiquei porque quis ficar.
    - Sério?
    - Sério! Você ficou por mim e eu por você então relaxe e durma comigo mais um pouco... quando quiser te levo embora.
    - Ok.
    Instintivamente segurei sua mão que estava em minha cintura e o puxei para mais perto, colando nossos corpos. James abriu a mão esticando os dedos e eu repousei a minha sobre a dele, nossos dedos se entrelaçaram e ele fechou a mão mantendo-as unidas, recebi um beijo na nuca e me encolhi toda, logo fechando os olhos. Adormeci novamente nos braços de James e juro que tive medo de que isso virasse rotina.

    11 da manhã.
    Dessa vez acordei com um toque conhecido. Levantei o mais rápido que pude e corri até minha bolsa para atender o celular.
    - Alô?
    - Oi Nati, é a Meg!
    - Oi Meg... – Enquanto falava com ela, ouvi o barulho do chuveiro ligado e só então percebi que James não estava na cama.
    - Que voz é essa? Estava dormindo?
    - Estava...
    - À essa hora? O que fez até tarde, hein? – Disse em tom de deboche.
    - Estou num hotel com James, passamos a noite juntos.
    - E ele ainda está aí?
    - Sim, no chuveiro...
    - Então quer dizer que vocês dormiram juntos?
    - Sim...
    - E acordaram juntos?
    Comecei a rir dela.
    - Onde quer chegar, Meg?
    - Não sei, estou fazendo perguntas aleatórias!
    - Então vou responder todas que já sei que vai perguntar: dormimos juntos, acordamos juntos, nenhum dos dois quis ir embora, depois voltamos a dormir só que de conchinha...
    - CONCHINHA??? – Me interrompeu com um grito. – Nati...
    - Eu sei o que vai dizer, mas por favor não diga! Não quero pensar nisso... – O chuveiro desligou e eu meio que me desesperei. – Te ligo depois, beijo!
    Só depois de desligar o celular percebi que continuava nua então peguei um roupão branco e o vesti, segundos depois James saiu do banheiro todo mal enxugado, me fazendo olhar com admiração as gotículas de água que escorriam por seu corpo, com uma toalha amarrada na cintura. Que visão esplêndida!
    - Bom dia de novo! – Disse ao me ver.
    Dei risada e respondi.
    - Bom dia.
    - Pedi para entregarem nosso almoço aqui na suíte se não se importar...
    - Claro que não... até prefiro que seja aqui.
    - Ótimo. Vão entregar ao meio dia, mas eu posso ligar antecipando o pedido se estiver com fome...
    - Por favor faça isso!
    Começamos a rir juntos e logo sorrimos um para o outro.
    - Me dá um minuto? – Perguntei.
    - Claro! – James acariciou meu rosto e foi na direção do criado mudo.
    Peguei meu celular e fui para o banheiro, disquei os números de Margareth e me recostei na pia.
    - Vai, fala tudo! – Atendeu ela.
    Dei uma risada alta, mas logo tapei a boca.
    - Falar mais o quê? – Disse baixo.
    - Dessa história de vocês dormindo de conchinha!
    - Não foi nada demais!
    - Claro que foi! Há quantos anos não ouço essas palavras de você?
    - Eu sei Meg, mas o que eu podia fazer? Ele me abraçou!
    - E você correspondeu!
    - Como sabe se correspondi ou não? Você não estava aqui!
    - Se não tivesse correspondido já estava aqui na sua sala reclamando...
    Silêncio. É... Margareth me conhecia muito bem.
    - E agora? – Continuou ela. – Vão almoçar no quarto e passar o resto do dia juntos como um casal em lua de mel?
    - Bom... a parte do almoço é fato!
    - Viu só?
    - Mas calma! Isso não significa que vamos passar o dia juntos...
    - Ok, pessoa teimosa e cabeça dura! Curte aí sua lua de mel e não se preocupe com a empresa, te levo os relatórios em casa.
    - No mínimo, querida! – Brinquei.
    - Nem vou te responder...
    - Beijo.
    - Outro.
    Encerrei a chamada e dei uma olhada no espelho, realmente eu não estava horrível como achava. Prendi o cabelo num coque alto e tirei o roupão para tomar uma bela ducha na água quente de um chuveiro enorme, escovei os dentes sem sair de debaixo dele e logo terminei. Me sequei e vesti o roupão de volta, ao sair do banheiro havia um carrinho prateado próximo da cama e com certeza cheio de coisas gostosas, mas o que me interessava estava sobre a cama com duas taças de vinho rosê nas mãos, me esperando. Me aproximei e sentei de frente para ele que me entregou uma das taças.
    - Não sabia o que você iria querer então pedi um pouco de tudo! – Disse ele.
    - Nossa, exagerado!
    Rimos juntos e ele foi abrindo as tampas das bandejas para que eu escolhesse, pensei por alguns instantes e decidi fazer do meu jeito... tomei um gole do vinho e coloquei a taça sobre o carrinho, peguei um prato vazio e com uma colher de servir fui ciscando em todos os pratos até enchê-lo.
    - Pronto... um pouco de tudo!
    - Ótima ideia, quero um igual!
    Peguei outro prato e fiz o mesmo processo, entregando-o para James. Almoçamos enquanto conversávamos. Teve um momento após o almoço em que ele pegou um guardanapo e passou levemente no canto de minha boca alegando estar sujo, simplesmente fiquei ali parada aguardando que terminasse de limpar, logo sua mão jogou o papel fora e veio até meu cabelo, desfez o coque e deixou que meus fios ondulados caíssem sobre meus ombros.
    - Não gosto de cabelo preso... – Explicou.
    Sorri e tomei o restante do vinho que estava em minha taça. Enquanto ele colocava nossos pratos sobre o carrinho lembrei do comentário besta de Margareth e deixei escapar uma risada.
    - O que foi? – Perguntou ao me olhar.
    - Nada... coisas de Margareth!
    - Ela disse algo sobre nós, não disse?
    - Como você sabe? – Perguntei franzindo o cenho.
    - Ouvi você rindo e murmurando alguma coisa no banheiro... logo imaginei que era com ela que você estava falando. – Disse enquanto se sentava de volta à minha frente.
    - Pois é... ela fez um comentário indecente sobre nós!
    - Que comentário?
    - Que parece que estamos em lua de mel...
    James riu e me encarou em seguida.
    - Coincidência... o rapaz que trouxe nosso almoço me cumprimentou e nos desejou uma feliz lua de mel!
    - E o que você respondeu?
    - Disse que se estivéssemos em lua de mel não estaríamos nesse país! Diga isso à sua amiga...
    - Melhor não... ela iria prolongar o assunto e questionar quando seria nosso casamento!
    - E o que você responderia?
    - Responderia que nós não nos casaríamos! Sem chance...
    - Tem certeza que não há nenhuma chance?
    Fiquei sem resposta. 
    - O que quer dizer com isso?
    James hesitou por um segundo parecendo escolher as palavras e respondeu:
    - Estou falando de unir nossas empresas... ganharíamos o dobro ou mais se fizéssemos isso! Estou mesmo precisando de um toque feminino naquele spa.
    Meu coração que havia acelerado pelo nervosismo se acalmou. É claro que ele estava falando de casar nossas empresas!
    - Interessante... podemos marcar uma reunião com nossos advogados! – Disse.
    - Por isso que gosto de você... seu porte de mulher independente me excita.
    Sorri de lado.
    - É a única coisa em mim que te excita?
    - Vem aqui que eu te mostro o que me excita...
    Certeza que o vinho já havia mexido com nossos sentidos porque a maldade estava dominando o ambiente naquele momento. Sorri maliciosamente e fiquei de joelhos sobre a cama indo na direção dele, coloquei uma perna de cada lado, me sentando em seu colo de frente e sem perder tempo, James aproximou seus lábios dos meus e me beijou com intensidade, tirou meu roupão e eu fiz o mesmo com o dele. Segurei em sua nuca com uma das mãos e arranhei suas costas com a outra enquanto ele descia sua boca pelo meu pescoço fazendo todos os pelos de meu corpo se arrepiarem. Soltei um pequeno gemido próximo de seu ouvido e James correspondeu segurando meu quadril com certa força ganhando de mim a minha cara de safada. Esfreguei minha vagina no pau dele para atiçá-lo e dei uma leve levantada para que se encaixassem, logo soltando um gemido e jogando a cabeça para trás ao sentir a penetração. James me segurava firme contra seu corpo enquanto eu sentava nele fazendo entrar tudo dentro de mim e deixando cada vez mais suas costas marcadas por minhas unhas. Dei algumas reboladas e gememos juntos movidos pela sensação que o ato nos trouxe, não demorou muito e eu quis mais então comecei a cavalgar no colo dele, devagar no início, mas rapidamente em seguida. De repente senti um tapa na minha bunda e gemi alto obrigando-o a me dar outro tapa que me fez gemer de novo, coloquei as mãos para trás apoiando na cama para continuar com os movimentos até sentir a mão dele segurando em meu pescoço, segurava firme, porém sem machucar, ele sabia que podia me virar do avesso se quisesse.
    - Rebola... – Ordenou.
    Mordi meu próprio lábio ao começar a fazer o que ele pediu, continuou segurando meu pescoço e passou o polegar da outra mão por meus lábios para logo em seguida me dar outro tapa, porém no rosto, um tapa firme e excitante que me fez rebolar mais intensamente no colo dele. Recebi outro tapa, depois outro e mais outro seguido por sua voz me mandando continuar, eu estava excitada ao extremo e ofegante, gostava de apanhar enquanto transava. Voltei a quicar em cima dele com força enquanto ele apertava meus seios com a mão que antes estava me batendo, até que soltou meu pescoço e meus seios levando as mãos para minha bunda, me impulsionei para frente e segurei em seus ombros continuando a sentar. Mais alguns segundos e a sensação do prazer percorreu por minha espinha fazendo-me gemer alto indicando que iria gozar, ao ouvir o gemido dele mordi meu próprio lábio, pois eu sabia que a sensação de prazer havia percorrido seu corpo também, segurei a respiração e senti os espasmos tomando conta de mim, James me segurou sentada sobre ele e gozou junto comigo, encostei minha testa na dele com os olhos fechados e ficamos naquela posição até nossa respiração normalizar. Sua boca procurou a minha e eu correspondi recebendo uma mordida junto com uma leve puxada em meu lábio inferior após o beijo, me levantei devagar de seu colo e me deitei na cama observando-o se deitar também, nos olhamos e sorrimos um para o outro. Palavras não eram necessárias naquele momento...