Primeiros Passos

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— GRAÇAS AO MARTELO DO THOR, A BARBA DE ODIN, AO ESCUDO DO CAPITÃO AMÉRICA, A ARMADURA DO HOMEM DE FERRO, A FORÇA DO HULK E AO CABELO DA VIÚVA NEGRA EU FINALMENTE ESTOU LIVRE DESSE LUGAR!

Fitz e Simmons olharam um para o outro e começaram a rir. Só faltava Daisy sair dando pulinhos de alegria por ter tido auta. Eles andaram atrás dela e saíram da ala hospitalar. Coulson estava esperando por eles na saída enquanto segurava uma Melinda sonolenta no colo.

— Oi AC! Oi Mayzinha! — Daisy exclamou, se aproximando de Coulson e pegando Melinda no colo. A bebê choramingou por ter sido tirada de um lugar aquecido, mas logo se acomodou no colo da Daisy, apoiado a cabeça na curva do pescoço dela.

— Oi Daisy — disse Coulson. — Vejo que vocês estão de saída.

— Sim, ainda bem! — Daisy exclamou.

Coulson riu e balançou a cabeça.

— Bem, aproveitando o ânimo de vocês, o que acham de "comemorarmos"? — ele perguntou, fazendo aspas com os dedos.

— Eu aceito — disse Daisy rapidamente e olhou para Fitz e Simmons. Os dois se entreolharam e encolheram os ombros.

— Tudo bem — disse Simmons.

— Eu também aceito — disse Fitz. — Mesmo que eu queira ficar aqui para estudar ainda mais o antídoto…

— Fitz, pelo amor de Deus! Nós já terminamos isso, e não, não vamos o chamar de "O antídoto". É ridículo! E muito pouco científico.

— Mas…

Simmons o olhou de um jeito que Fitz reconhece como "Fica quieto senão você vai se ver comigo".

Ele suspirou.

— Tudo bem. Tudo bem.

— Isso! — Daisy exclamou. — Agora vamos para a festa!

Coulson rolou os olhos.

— Não é exatamente uma festa…

— Se tem bebida e comida então é sim uma festa, agora vamos logo — Daisy disse e passou por Coulson de cabeça erguida.

Os três que ficaram para trás começaram a rir e logo seguiram Daisy.

***

Horas depois, todos estavam aproveitando uma música que Daisy havia insistido em colocar. Elena, Daisy e Simmons estavam dançando. Mack e Coulson conversavam enquanto bebiam e viam as garotas dançando. Fitz e Hunter ficaram conversando e Bobbi brincava com Melinda no chão.

— Espera aí que a titia vai buscar uma água porque ela está morrendo de cede — disse Bobbi para May, com uma voz que ela usa somente para falar com a bebê. Bobbi tocou o nariz dela, fazendo-a rir, antes de se levantar.

Bobbi chegou na cozinha e encontrou Elena procurando alguma coisa.

— Como ela está? — Elena perguntou, pegando uma garrafa de cerveja em um armário.

— Ela quem? — Bobbi perguntou, a procura de um copo, já que a maioria estava sujo na pia pois ninguém ali gostava de lavar a louça.

Elena rolou os olhos.

— A May, é claro.

Ela entregou um copo que achou ao seu lado para Bobbi.

— Ah, sim. Ela está ótima! Nem parece que passou por… você sabe — Bobbi respondeu, hesitando um pouco.

Ela encheu o copo de água gelada e acenou para Elena antes de voltar para a sala.

Ao chegar, ela quase deixa o copo cair no chão.

Todo mundo na sala ficou quieto de repente e Daisy desligou o som.

O que chamou a atenção de todos foi que Melinda estava em pé, se apoiando no sofá com um pouco de dificuldade. Ela olhou para os outros e riu, se mexendo como se estivesse dançando. Coulson, que estava mais próximo dela, se agachou lentamente e chamou a atenção da bebê.

— Ei May, vem aqui — ele fez um gesto com as mãos.

Então, todos foram atrás de Coulson e começaram a chamar Melinda e Daisy começou a gravar um vídeo com seu celular.

O coração de todos bateu mais rápido quando Melinda se soltou do sofá e balançou um pouco, mas conseguiu se manter em pé.

Ela avançou num passo vacilante, um pé na frente do outro e os bracinhos um pouco erguidos para tentar manter o equilíbrio. Ela parou no meio do caminho e olhou para Coulson, parecendo com medo, mas, com o incentivo dele e dos outros, ela continuou. Quando chegou em frente ao Coulson, ele a pegou no colo e a abraçou, sorrindo, e a sala se encheu de assobios e palmas.

— Agora sim temos um bom motivo para comemorar! — Daisy gritou, ligando a música novamente.

Coulson ficou com Melinda no colo, enquanto a mesma dançava com a música e com o incentivo de Daisy e Simmons. Um tempo depois, Hunter conseguiu fazer com que Coulson deixasse ele sair andando pela sala com Melinda em seu pescoço.

— Gente eu acho que tem um ser de outro universo na minha cabeça! Olha só como ele se mexe! — Hunter gritou, mexendo os braços de Melinda enquanto a mesma gargalhar sem parar.

— Hunter, você é um idiota — Bobbi disse, rindo.

Hunter mostrou a língua para ela e saiu dando pulos e fazendo sons de trote de cavalo com a boca.

***

Mais tarde naquela noite, Mack, Coulson e Daisy terminavam de limpar a sala, depois de toda a bagunça que fizeram.

Mack se despediu dando boa noite e ambos Daisy e Coulson foram em direção aos seus quartos. May estava no colo dele, ainda muito agitada para dormir, e Coulson logo sabia que a noite seria longa.

— Você se divertiu hoje? — Coulson perguntou à Daisy, quando chegaram em seu quarto.

— Mas é claro! Foi a melhor noite que eu tive em muito tempo. A May até deu seus primeiros passos! O que é meio estranho mas ao mesmo tempo é muito legal.

Coulson riu.

— Que bom. Pelo menos toda essa bagunça valeu a pena — ele disse.

May olhou para os dois com um mão na boca.

— Ela precisa de uma nova chupeta — disse Daisy cruzando os braços e olhando para a bebê.

— Sim… Mas da próxima vez, eu que vou escolher.

Daisy riu e Melinda riu junto com ela.

— Tudo bem, senhor Coulson. Então, boa noite… pai — ela disse com um sorriso tímido.

— Uh... Boa noite, filha — Coulson a olhou com carinho.

Daisy acenou com a cabeça, deu um último sorriso e se virou, indo para o seu quarto.

Coulson se virou e abriu a porta. Ele olhou para a bebê em seus braços, e disse:

— Viu? Agora eu tenho um filha grande.

Melinda riu e ele riu junto. A risada dela é muito contagiante.

The Little GirlOnde histórias criam vida. Descubra agora