Passado

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Sesshoumaru se aproximou da janela e deixou o porta retrato de lado podendo assim se concentrar o suficiente para começar a contar sobre aquilo que mais lhe doía.

- a seis anos minha esposa Sara é minha filha Muzi nós mudamos para esta cidade, nos primeiros meses estava tudo indo bem. Muzi começou a estudar, Sara conseguiu um emprego no hospital da cidade e eu acabei conseguindo emprego nas empresas Ling. O que eu não sabia era que essa empresa fazia trabalhos ilegais é só descobri depois de perder tudo. – disse deixando de olhar a paisagem e se virando para Rin.

- como assim? Você não fazia ideia do que a empresa se mantinha? – questionou curiosa.

- quando fiz a entrevista de emprego, tudo o que eu teria de fazer era serviços técnicos em computadores. Nada ilegal. Depois de seis meses no trabalho tudo começou a ficar estranho é meu chefe me ofereceu a oportunidade de ganhar uma renda extra e colocar minha filha em uma escola particular o que resulta em uma educação melhor. Mas quando eu me neguei a fazer parte de suas vendas ilegais e de seus negócios de lucrar sobre os outros foi como se eu tivesse cometido o maior erro da minha vida. – disse voltando a olhar pela janela. – eu me tornei um desempregado e passei mais de dois meses procurando trabalho. No dia em que fui chamado para uma entrevista de emprego Sara e Muzi iriam fazer compras. Sara queria comemorar se eu conseguisse o emprego. – Sesshoumaru parou de falar se lembrando do sorriso da esposa e da alegria da filha o incentiva-lo.

- o que aconteceu? – perguntou Rin.

- eu definitivamente consegui o emprego, sai da empresa muito feliz e me encontraria com minha esposa e filha logo em seguida. Quando cheguei em frente ao mercado as vi do outro lado da rua. Pedi para esperarem mais Muzi não obedeceu e correu em minha direção, naquela hora não tinha carro algum vindo, dei alguns passos para alcançá-la quando Sara a pegou e de repente um carro apareceu do nada e as atropelou. – Sesshoumaru engoliu a saliva controlando seus sentimentos.

- elas morreram no local? – perguntou hesitante.

- não. Sara estava em estado grave e Muzi apenas com alguns ferimentos. Elas foram levadas ao hospital e quando cheguei Sara estava em cirurgia e Muzi na sala de emergência junto de outros pacientes. O médico garantiu que ela estava bem mais quando cheguei perto dela ela não me respondeu, ao vira-la para mim vi sangue sobre o travesseiro e sua garganta havia sido cortada. – uma lágrima solitária caiu e Rin se sentiu ainda mais comovida com o passado daquele homem.

- e sua esposa? – perguntou.

- ela não resistiu a cirurgia. Quando estava saindo do hospital para tentar entender tudo o que havia acontecido vi dois homens ao celular dizendo terem feito o trabalho. Os reconheci e matei um deles. O outro ainda está preso e aí da não descobri quem foi o mandante do assassinato das duas, elas eram inocentes e morreram por nada. – disse apertando as mãos em punho.

- pode ter sido seu ex chefe já que ele trabalhava com coisas ilegais. – disse pensativa.

- também achei isso mais não foi ele. Já investigue tudo é a empresa faliu. Ele também está preso e não tem nenhum conhecimento do ocorrido. – respondeu Sesshoumaru.

- e por isso que não me matou ainda? Por que sabe que eu sou inocente e não quer que eu morra por nada? – questionou Rin.

- de certa forma sim. Você é muito parecida com Sara, sua personalidade e seu jeito de agir me lembra muito a ela. Por isso estou lhe dando a chance de matar a pessoa que me contratou. – respondeu. Rin se levantou e seguiu até Sesshoumaru tocando em seu braço surpreendendo o homem.

- obrigada. Você está me dando uma chance única e eu não vou desperdiçar, mesmo que tenha de me machucar eu sei que só está fazendo tudo isso por que é seu trabalho. Realmente eu agradeço por me dar uma chance de continuar viva. – Rin disse docemente se afastando em seguida de Sesshoumaru.

- você sabe perfeitamente que não estou fazendo isso tudo por você não é? Você só teve sorte de se parecer com minha falecida esposa. Não quer dizer que deva confiar em mim. Posso ser muito cruel e você já notou isso. – respondeu vendo Rin parar na porta aberta.

- eu sei. Não estou confiando. Mas não posso viver com medo, você passará a me treinar e eu provavelmente vou estar com muitos hematomas e cortes pelo corpo diariamente. Mesmo assim poderei sair daqui depois que cumprir o que prometi. Até lá farei o que me mandar. – respondeu olhando para Sesshoumaru em seguida se virou. – irei até a cozinha, prepararei o jantar. Espero que não se importe. – disse antes de deixar Sesshoumaru sozinho com seus pensamentos.

- garota o que você tem de tão especial para que eu esteja cometendo está loucura? – questionou para o nada olhando fixamente o caminho por onde Rin foi.

Já na cozinha, Rin procurava nos armários e geladeira o que poderia fazer para o jantar. Rin encontrou um pacote de massa e alguns legumes e pedaços de carne. Não conseguiria nada grandioso mais pelo menos não estaria comendo apenas sopa ou pão diariamente, enquanto a água fervida Rin picava alguns legumes pensativa.

- por o senhor Kohaku teria uma foto da falecida esposa do assassino? – perguntou para si mesma. – se bem me lembro ele disse que aquela mulher foi seu primeiro amor então será que foi ele? – Rin se sentia cada vez mais confusa com seus pensamentos, afinal não poderia perguntar a seu assassino algo assim. Suspirou terminando de picar os legumes e acrescentou a massa a água. Podendo assim iniciar seu molho.

- cheira bem. – disse Sesshoumaru entrando na cozinha assustando Rin.

- obrigada. – respondeu tímida. – eu posso saber seu nome? Já sei o de sua filha e esposa então quando sair daqui será fácil descobrir quem você é já que eu lido bastante com computadores. – disse sem olha-lo.

- você sabe hackear dados? – questionou.

- sim. Eu ajudo as vezes os programadores, adoro designer mais minha verdadeira paixão é programar. Então sim eu sei hackear o que for, principalmente dados pessoais. Como acha que eu agradei tanto o meu chefe? – perguntou desligando o molho e olhando para Sesshoumaru.

- hm, Sesshoumaru. Me chamo Sesshoumaru. – disse fazendo Rin sorrir.

- prazer em conhecê-lo Sesshoumaru. Sei que não quer ser meu amigo mais quero pelo menos ter alguém para conversar. Acredite eu já me sentia muito sozinha antes de você me trazer para cá. – disse triste.

- a massa passará do ponto. – disse fazendo Rin olhar a massa correndo. Em seguida ela desliga e prepara tudo para os dois. – sabe que depois disso você vai dormir comigo não é? Sabe que eu irei me aproveitar do que disse sobre entregar seu corpo? – questionou antes de provar a comida de Rin, já a jovem se encontrava vermelha.

- eu sei. Não vou voltar atrás. – respondeu e finalmente os dois passaram a comer.

- você até que é útil como cozinheira. – disse a elogiando.

- não sei fazer muita coisa, mas costumo comer muito massa com molho. Se você tivesse mais coisas eu poderia fazer outros pratos. – disse sem olha-lo, apesar do que falava sua mente só pensava no que viria após o jantar.

- darei um jeito nisso amanhã. – respondeu. O resto do jantar foi em silêncio, após Rin terminar de limpar a louça Sesshoumaru a comandou até seu quarto onde fechou a porta e guardou o porta retrato de sua família, não queria ter de vê-las ao estar com outra. – está pronta? – questionou, Rin meio hesitante assentiu. – retire a roupa. – disse frio e Rin começou a puxar o vestido para baixo lentamente.

Amor Sob EncomendaOnde histórias criam vida. Descubra agora