Tudo por uma alma.

• Maratona 2/3 •

Hugo Chávez

Acariciei seu cabelos, enquanto meus olhos vigiam a Helena, que está um pouco longe da gente, catando as flores

O silêncio estava alastrado por aqui, só ouviamos o barulho dos pássaros e do vento ao ir de encontro com as árvores.

- O que eu ainda não sei sobre esse novo Hugo ?? - me encarou e deitou seu rosto no meu peito.

- Bom, posso lhe dizer que esse novo Hugo na verdade não é novo.. - encarei ela - Sou aquele velho Hugo, antes de ter o coração amargurado pelas decepções, graças a você Diana, estou voltando a ser aquela pessoa, vamos se dizer, boa - demos uma risada.

Quando dei por mim já estávamos bem próximo, os olhos da Diana estão fixos aos meus e os meus ao dela. Como se isso fosse algum tipo de ligação e estivesse nos ligado, á ponto de não conseguirmos desviar os olhares.

- PAPAI, MAMÃE !! - nos desgrudamos - Olha o que trouxe pra você mamãe - sorriu e esticou as flores para a Diana.

- Que lindo meu amor - se sentou direito e abraçou a Helena.

- Vamos comer ?? Eu tô com fominha - passou a mão na barriga.

- Vamos minha princesa - enchi ela de beijos.

A Diana pegou a cesta e começou a tirar as coisas de dentro e organizar em cima da tolha que ela forrou ao chão.

Sabe parece que Deus organizou tudo do jeito que deve ser, de um jeito único. Se eu tivesse que escolher um dia, escolheria o dia de hoje sem dúvida, pois o mesmo está sendo especial pelos simples detalhes, pelas coisas simples.

Helena se sentou no meu colo e pegou um pedaço do bolo de chocolate.

Ficamos comendo enquanto conversamos sobre vários assuntos e fiquei admirando a Diana por bastante tempo.

Depois de tudo que aconteceu na minha vida, até cheguei a pensar no fato de alguém se interessar por mim mas nunca pensei que seria uma pessoa cristã. Depois de tudo, eu passei a odiar Deus pelo fato dele ter deixado que tudo de ruim tivesse acontecido comigo e não ter me protegido.
Hoje em dia não penso mais assim, espero que o Pai do céu me perdoe por tudo o que fiz e me ajude a ser uma nova criatura.

- Tá tudo bem ?? - ouvi a voz da minha doce Diana e deixei os meus pensamentos de lados.

- Com você aqui eu me sinto mais que bem - peguei uma de suas mãos e sei um beijo na mesma.

- Ainda não sei como me acostumar com esse Hugo romântico - deu uma risada.

- Olha, olha, olha, se não é a mais nova "família feliz" - levei meus olhos até a voz.

- O que foi agora Natálie ??- me levantei.

A Helena correu para o colo da mãe e abraçou a mesma com força, com medo de acontecer algo.

- Vim ver a minha filha, não posso ?? - jogou seus cabelos pro lado - Oi filha, a mamãe vei te buscar pra irmos no shopping comprar várias coisas meu amor - sorriu.

- Você não é minha mamãe !! Minha mamãe Diana e não você - deu lingua pra Natálie.

A mesma ficou com raiva e começou a ficar vermelha.

- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM HUGO -  saiu dali o mais rápido possível.

Depois da Diana conseguir me acalmar, ficamos ali por mais um tempo brincando com a nossa filha. Sim nossa filha, porque a Helena é só minha e da Diana. A Natálie ?? Não sei nem quem é, ela é apenas uma louca que vive me perseguindo e em dois tempos vou dar um jeito nela, me aguardem.

O caminho de volta foi um pouco demorado por causa do trânsito, o mesmo já está começando a ficar intenso. Porque a maioria das pessoas sai do serviço, da escola esse horário e acabar gerando isso.
Ficamos alguns belos minutos agarrados no engarrafamento, mais graças a Deus agora já estamos chegando na casa da Diana.

- Porque a mamãe não mora com papai ?? Minhas miguinhas, os papais e as mamãe moram juntinhos.

- Porque ainda não casamos meu amor, no tempo certo a mamãe vai morar com você - Diana respondeu ela e a mesma afirmou, como se tivesse entendido tudo.

Estacionei o carro na frente da casa dela e antes da mesma descer, desci primeiro que ela e abri a porta para a mesma descer.

- Quanto cavalherimos - deu uma risada e desceu do carro.

- Acho bom ir se acostumando - fechei a porta e demos uma risada.

- Já vou indo, se cuida - mordeu os lábios mostrando que está nervosa.

- Não precisa ficar assim - alisei seu rosto e a beijei - Tenha uma boa noite Diana - disse assim que nos desgrudamos e pisquei pra ela.

- Vo.ocês também Hugo - desviou o olhar e deu um tchau pra Helena que viajava tudo pela janela.

Ela caminhou até o portão, abriu o mesmo e deu mais uma olhada para trás e sorriu antes de entrar e trancar o portão.
Dei a volta e entrei no carro novamente, coloquei o cinto e liguei o motor do carro, passei a macha e saímos dali.

- Papai você beijou a mamãe igual o plíncipe beija a pincesa - sorriu toda contente.

O caminho todo foi da minha filha cantando e dizendo como a mamãe dela parece uma princesa e o papai um príncipe. Só rindo dessas ideias da Helena, a mesma tem uma imaginação bem forte.

"No final, tudo dá certo, basta confiar."

- Hugo Chávez
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