• Capítulo 03 •

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Hugo Chávez

Pensamentos voavam naquela maldita noite, onde me entreguei para o tal famoso "amor da minha vida." Só quebrei a cara com essa palhaçada e me ajudou a me tonar esse homem frio, a única coisa boa disso é a Helena. Em meio á guerra, bagunça, grito, confusão, raiva, nasceu a minha paz, meu porto seguro, meu pequeno anjo.

E em pensar que a idiota da Natalie queria abortar, ainda bem que não concordei com essa ideia absurdar. Matar uma vida nunca é a solução pra nada, a mesma é indefesa, sou contra o aborto.

Não fui trabalhar hoje e nem a Helena foi para escola, a mesma tá com medo de ir e encontrar elas de novo. A mãe da Natalie que estava com ela ontem mas a mesma ficou quieta apenas observando, o que foi estranho já que dona Esmeralda não aprendeu a freiar sua língua.

Tomei mais um gole do uísque e fechei meus olhos me lembrando do meu passado. Como queria voltar no tempo e acabar com a raça da Natalie quando tive tempo, estava com arma mirada diretamente na sua testa e bastava apenas apertar o gatilho, para uma bala estraçalhar a sua cabeça, tirando sua vida. Mais como o amor é uma idiotice, a mesma prometeu mudar pela Helena e o bobo da corte aqui acreditou nas palavras daquela imunda.

Palavras são apenas palavras ditas da boca pra fora, até que se prove o contrário.

Sai dos meus pensamentos com a voz doce da Helena, a mesma está segurando sua boneca de pano nas mãos, a mesma foi um presente da Judith, no seu último aniversário.

- Deita comigo.. - pediu manhosa.

Terminei de tomar minha bebida, deixei o copo sobre a mesa, peguei a mesma no colo e saímos dali em direção a sala de estar, onde tem um televisão enrome. Pedi a Judith que preparasse pipoca, Helena pegou ums barra de chocolate também na geladeira, nos cobrimos e passamos a tarde toda assitindo desenho, o que eu não faço pela minha filha.

Helena é a minha cópia, não tem nada da Natalie, apenas a cor do cabelo, ela é loira igual mãe mas fora isso ela não tem mais nada. Natalie apenas á gerou, o que lhe faz ficar com mais raiva ainda.

Cada sorriso que ela dá, me faz sentir feliz e ter ainda mais a certeza que fiz a escolha certa em não deixar a Natalie abortar e criar ela apenas como minha filha.

- Papai, aquela mulher é minha mamãe ?? - me olhou com os olhos cheios de lágrimas.

- Ela é uma louca que quer acabar com o papai e fica inventando mentiras - beijei sua testa - Como você diz, o papai vai encontrar a princesa mais linda e a mesma vai ser a sua mamãe pra sempre - um sorriso apareceu no rosto dela.

O mesmo nem cabai direto naquele pequeno rostinho. Logo a mesma começou a tagarelar de como imagina ser a sua mamãe, de como ela tem que ser, do que tem gostar. Eu tentava mudar de assunto mas a mesma sempre voltava na história da sua mamãe princesa. Sei que isso não existe mas é o único jeito de deixá-la feliz e esquecer daqueles loucas, espero que as mesmas nos deixem em paz.

[ . . . ]

- Como é ser um pai solteiro e ser considerado o empresário mais atraente de todos ??

Nesse exato momento estou dando uma entrevista para uma revista muito famosa aqui de Boston "Vogue." Esse mês a revista vai falar sobres os empresários que são jovens e eu fui o escolhido para representa-lós.

- É uma sensação muito boa saber que tenho uma pequena, que tenho que cuida-lá, ama-lá e o fato de está solteiro é apenas uma vírgula - expliquei - Sobre a segunda pergunta me sinto lisonjeado em saber disso - dei um sorriso mostrando meus dentes alinhados.

Vieram mais perguntas, sobre a empresa, sobre planos, projetos e até sobre fomar uma família, com uma mulher e ter mais filhos, disse apenas o essencial e já cortei o assunto.

Depois de um bom tempo eles foram embora me fazendo respirar aliviado, odeio passar tempo de mais com coisas que demoram muito, não tenho saco, nem paciência. Ela pediu para entrevistar a minha filha, não retruquei mais prestei uma atenção redobrada nas perguntas, ela tava querendo alguma informação para descobrir quem é a mãe dela.
Como estava esperto, quando chegou nesse assunto, desviei a conversar e minha filha concodou comigo. Até porque tínhamos conversado antes, sabia que isso ia acontecer.

Encarei a grande janela da sala vendo que estava começando a nevar, odeio dias assim. Não tem como sair pois a neve toma conta de tudo.

Enquanto a Helena foi tomar banho com a Judith, peguei meu notebook e respondi uns e-mails que estavam atrasados, eles só podiam ser respondidos por mim. Terminei de responder, fechei o notebook após desligar o mesmo.

Fui até meu quarto, tomei um banho quente e demorado, coloquei uma calça de moleton cinza e uma camisa preta. Desci as escadas enquanto ajeitava o meu relógio sobre o meu pulso. Logo o barulho de chuva se escutou, a mesma batia sobre o telhado fazendo barulhos e o cheiro de terra molhada, invandia a casa porque a porta estava aberta. Fechei a mesma, liguei o aquecedor e Judith me serviu uma chícara de café, tomei um gole e vi que estava exatamente como gosto. Ela ajudou Helena a tomar o chocolate quente sem queimar sua língua e sujar a roupa. Ela tem a maikr paciência, a mesma já tem quarenta e oito anos.

" Palavras são bem mais do que ditas ao vento, palavras não são apenas palavras a não ser que você não liga pra mesma, que seja algo tão, seila.."

- Natalie Parks

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