• Capítulo 16 •

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Hugo Chávez

- EU SABIA, É TUDO CULPA SUA !!

- Meu filho, se acalme - tentou encostar em mim.

- ESCUTA BEM SEU COVARDE - agarrei a gola da camisa dele e o  imprensei na parede - SE A MINHA FILHA CHEGAR AQUI COM UM ARRANHÃO, EU JURO QUE EU VOU TE MATAR COM AS MINHAS PRÓPRIAS MÃOS IGUAL NAQUELE DIA - soltei ele.

- Hugo calma - a Diana veio até mim - Deus sabe o que faz, no final vai dar tu.. - interrompi ela.

- DEUS ?? NÃO EXISTE DROGA DEUS, SE ELE EXISTISSE, A MINHA FILHA ESTARIA AQUI COMIGO E NÃO COM A PSICOPATA DA NATÁLIE !!

- Não fala isso meu filho - minha mãe disse.

- Escuta bem o que eu vou falar, eu não saber desse Deus dentro da minha casa, tô pouco me lixando pra ele, não quero nem ouvir esse nome aqui - disse e sai dali.

Entrei no meu carro, coloquei a chave na ignação, liguei o motor e sai dali com tudo em alta velocidade mas antes pude escutar o grito da minha mãe.

Acelerei e passei por todos os sinais vermelhos, não quero saber de nada, só da minha filha.

Minha mente está longe, meus pensamentos embaralhados, não tava nem prestando atenção pra onde estava indo, nem em qual rua estava entrando. Só ouvi um barulho de buzina e um farol vindo em minha direção me tirando dos meus pensamentos.

Não deu tempo de fazer nada, o caminhão veio por cima do meu carro, apenas fechei meus olhos com força e um filme da minha vida começou a passar pela a minha mente. Apenas senti o carro sair rolando e ser arremessado, meus olhos foram se cansando e acabei fechando os olhos quando o carro parou perto de uma ribanceira.

Diana Pattinson

- Vamos - entramos no carro.

Faz mais ou menos umas duas horas que o Hugo saiu, a Julieta começou a sentir um aperto no peito e viemos atrás do Hugo pra vê se encontramos ele.

[ . . . ]

Rodamos a cidade toda mais de quatro vezes, agora estamos indo para casa.

Quando passmos perto da praça, tinha uma ambulância e muita gente em volta, algo me dizia que era pra descer.

- Para o carro Víctor - pedi e ele estacionou.

Desci do carro e eles vieram atrás de mim, quando ia atravessar a rua, os bombeiros caminhavam com pressa em direção a ambulância, segurando uma maca e alguém estava deitado. Olhei bem e era o Hugo, ele estava cheio de machucados e bastante ferido, seu rosto estava irreconhecível.

O castigo de Deus foi severo e veio de imediato, não devemos brincar e nem duvidar de Deus.

O Hugo precisa entender que tudo que acontece na nossa vida, Deus sabe. As vezes é só uma provação mas o Hugo não pensa assim, pra ele Deus é o culpado de tudo

- HUGOO - corri em direção a maca - Hugo, como ele está ?? - disse tudo muito rápido enquanto as lágrimas deciam pelo meu rosto.

- O que você é dele ?? - um dos bombeiros me perguntou.

- A mulher dele, eu sou a mãe - Julieta apareceu do meu lado com o Víctor - Pra onde vão levar ele ?? - perguntou nervosa.

- Pro hospital Álvaro Dantas, alguém vai com ele ?? Não podemos demorar, se não ele não vai aguentar - colocaram ele dentro da ambulância com pressa.

- Você vai com ele, nós vamos de carro - Víctor disse.

Afirmei e entrei na ambulância.

Não demorou e um dos bombeiros ligou a sirene e dirigiu com pressa em direção ao hospital. Peguei na mão do Hugo e fiz uma oração silenciosa mas com bastante fé e tenho certeza que meu pai vai atender.

- Pai, quero te entregar a vida do Hugo nesse momento, eu não sei quais são os seus planos e nem porque me colocaste na vida deles.. Eu sei que ele errou e o castigo já veio, te pesso que não deixe ele partir Senhor, sei que não passo de uma pecadora e não mereço nada mas a Helena precisa dele, tome conta dessa vida e o ajude a perceber que o lugar dele é ao teu lado para proclamar do teu evangelho, amém.. - sussurrei e abri meus olhos.

Beijei sua mão e novamente senti algo estranho, como um medo de perder ele.

As vezes acho que minha missão é mostrar para o Hugo sobre o amor de Deus, a Helena já acredita no salvador mas o pai ainda não. Mas lá no fundo, sinto que minha missão vai muito além do que ajudar a alma do Hugo a se salvar, sinto algo forte e inexplicável quando penso nele, fico nervosa e meu coração dispara.

Sai dos meus pensamentos quando chegamos no hospital, desci da ambulância e eles levaram o Hugo com pressa. Fui andando atrás deles, seguindo eles pra saber mais.

- A senhora fique na sala de espera, vamos lhe dar notícia quando tivermos mais informações - a enfermeira me barrou assim que o Hugo passou por uma enorme porta branca no fundo do corredor.

Afirmei com a cabeça e me direcionei até a sala.

Me sentei num sofá que tinha ali e respirei fundo, enquanto tentava raciocinar.

A Helena está sumida, a polícia está atrás de pistas, até agora não temos nehuma. Depois que o Hugo descobriu que foi o Víctor que levou a sua filha pra escola, a situação só piorou e foi ai que ele explodiu de vez.

- Alguma notícia ?? - A Julieta veio até mim apreensiva.

- Não, chegamos agora também - abracei ela.

- Está tudo nas mãos de Deus querida - beijou minha testa.

O Víctor não disse nada, apenas deu um sorriso e se sentou do meu outro lado.

" Nunca duvide de Deus, não existe acasos nessa vida, tudo que acontece Deus sabe. Não se esqueça que ele é onisciente, onipresente e onipotente."

- Julieta Chávez

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