7 - Cante o hino dos anjos

264 58 251
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


A discussão de Ariadne e Anderson já se prolongava por quase uma hora.

Poliana bufou, assoprando uma mecha de seu cabelo. Haviam deixado a sede da máfia Bartelochi há alguns dias, e nenhum rastro dos invasores que haviam dizimado um grande percentual do clã fora encontrado.

Suspirou, correndo os olhos pelo apartamento, um local fornecido por algum contato de Anderson. Raios de sol se esgueiravam pela janela, aquecendo a sala.

Enquanto sua irmã estava concentrada em escolher os próximos passos, o rugido inesperado de um motor potente ecoou na rua, seguido pela explosão de pneus cantando e portas batendo. A adolescente olhou de soslaio para a irmã; Ariadne parecia não ter escutado o barulho.

Curiosa, Poliana correu até a janela.

Uma van sem identificação havia parado bruscamente em frente ao prédio. Pessoas mascaradas desceram do veículo, portando armas e se movendo com uma eficiência agressiva, militar.

O sangue de Poliana gelou.

— Ari! — gritou. — São eles! As pessoas que atacaram a sede! Eles nos acharam!


************


Levou alguns segundos para Katerine recobrar a consciência. Sentiu uma fisgada no pulso, e ao esfregar a testa, seus dedos se mancharam de sangue. A pancada havia sido forte.

Com o canto dos olhos, viu Roque Marcone se esgueirando pela abertura traseira do carro-forte.

Não! Você não vai fugir! Você ainda não me contou tudo!

Em um surto de adrenalina, a investigadora se ergueu e sacou a arma, saindo do veículo. Choque reverberou por seus olhos quando viu um aglomerado de pessoas e policiais na avenida. Monumentos depredados, gritos, tiros de bala de borracha. Uma manifestação violenta ocorria, e ela não fazia ideia do que havia dado início aquilo.

Girou nos calcanhares, o olhar treinado buscando por Roque Marcone. Foi fácil localizá-lo pelas cores do uniforme presidiário.

— Parado!

Ela desviava das pessoas, ensurdecida pelo caos, os olhos focados nas costas de Marcone.

"Eu sou a sombra tocada pela luz, purificada pelo sangue do culpado".

De alguma caixa de som aquela voz metalizada irrompia.

"Não um profeta, tampouco um deus imortal".

— Parado! — Katerine gritou mais uma vez, empunhando a arma e aumentando a velocidade.

Escutou o som de um disparo. Rápido, breve.

Epifania (Livro 4 - Saga Ellk) | DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora