p r ó l o g o

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P R Ó L O G O

Corra.

Era o que minha mente gritava.

Corra. Mais. Rápido. Maeve.

E foi o que eu fiz.

Por entre a floresta terrivelmente escura de Mainport, eu continuei correndo. Sem olhar para trás. O vento gelado atingindo meu rosto doía e, por mais tentada que estivesse a me esconder atrás de uma árvore qualquer para descansar, não parei de correr. Eu não poderia arriscar, não poderia correr o risco de ser encontrada.

Galhos açoitavam meu rosto e o barulho dos meus passos contra as folhas era levemente abafados pelo som da chuva grossa que caía com força. Mainport estava tomada pela escuridão, o que dificultava ainda mais a minha busca por ajuda enquanto eu corria desesperadamente em uma direção que eu não tinha a mínima ideia de qual era.

Socorro! — gritei, rezando para que alguém me escutasse.

Eu já não ouvia mais os passos pesados atrás de mim, mas sabia que não estava segura. Sabia que estes mesmos passos estavam cada vez mais próximos, com uma determinação selvagem, trazendo consigo a minha morte.

Eu sabia o que estava por vir.

Sabia que as chances de que eu saísse viva daquela floresta eram mínimas, mas aquilo não me impediu tentar.

Eu não queria morrer.

Não podia morrer.

Tentei correr ainda mais rápido, mas sentia que a qualquer momento minhas pernas cederiam em exaustão. Minha boca estava seca, meu estômago deu uma cambalhota e eu senti a ânsia subir à garganta enquanto me esquivava às cegas por entre as árvores, em uma tentativa falha de me localizar.

A floresta era como um enorme labirinto e eu não tinha a mínima ideia de onde estava e para onde meus pés me levariam. Tudo o que eu sabia era que precisava fugir.

Fuja, Maeve.

Minha mente gritou mais uma vez, e eu não tive tempo de respondê-la com uma resposta mal-educada. Eu estava tentando. Eu estava fugindo.

Mas, em um piscar de olhos, eu estava no chão.

Os passos atrás de mim rapidamente tornando-se mais audíveis.

Tudo doía. A ardência em diversas partes do meu corpo fez com que eu gemesse involuntariamente. Minhas mãos, agora manchadas de sangue, pareciam afundar cada vez mais na lama enquanto eu tentava desesperadamente voltar a me colocar de pé para correr. Minhas pernas tremiam, exaustas, e meu estômago estava prestes a colocar tudo para fora.

Estatelada no chão, comecei a me rastejar em direção à árvore mais próxima que meus olhos captaram em meio às lágrimas e à chuva grossa. Minha respiração estava rápida e desconforme, e eu sentia o restante de minhas forças aos poucos se esvaírem por meu corpo, prestes a desistir.

O som dos passos pesados chocando-se contra a terra molhada cada vez mais alto.

O tempo que eu tinha cada vez mais limitado.

Senti quando fui pega por trás de repente, sendo puxada para cima com brutalidade. Sua mão cobria minha boca impiedosamente enquanto eu lutava para me libertar. Para sobreviver. A respiração ofegante próxima demais de mim, seu outro braço segurando-me com firmeza contra seu corpo, parecendo não ter dificuldade alguma em me manter presa ali enquanto eu desferia chutes e me sacudia em uma tentativa completamente falha de me soltar.

Era o meu fim.

Em poucos minutos eu estaria morta.

Assim como Violet Wright.

O tempo que eu tinha se esgotando a cada tic-tac do relógio.

Tic.

                    Tac.

   Tic.

                                     Tac.


                                                   Tic.



Tac.

✘ AAAAAA socorro o que vocês acharam do prólogo? HMMMMMMMMM?

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AAAAAA socorro o que vocês acharam do prólogo? HMMMMMMMMM?

Como foi dito, SIX não terá dias fixos de postagens.

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B.

B

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