C I N C O
No fim do nosso segundo dia, Dillon havia sugerido que fizéssemos uma fogueira e passássemos parte da noite ao lado de fora da cabana. Ninguém havia ousado se arriscar na cozinha depois do dia exaustivo na cachoeira, portanto ali estávamos nós; reunidos ao redor da fogueira, com pacotes de salgadinhos e latas de cerveja em mãos.
— De quem foi essa ideia ridícula? — perguntou Violet, abanando as mãos na altura do rosto em uma tentativa frustrada de afastar os insetos que insistiam em perturbá-la.
Nathan revirou os olhos ao meu lado.
— Nós não viemos até aqui para ficarmos enfurnados naquela cabana, né? Alguns dias longe da civilização e perto da natureza faz bem, Violet — disse Andy.
— E os insetos tornam a experiência ainda mais completa — acrescentou Liam, segurando uma risadinha.
Ela bufou, arrancando o repelente das mãos do meu irmão para espirrar em todo o seu corpo. Dillon apenas soltou um riso nasalar, ajeitando-se sobre a cadeira de praia antes de abrir uma nova lata de cerveja e então sugerir:
— O que vocês acham de jogarmos verdade ou consequência?
Eu torci o nariz, já imaginando onde iríamos parar com aquele jogo. Mas antes que eu pudesse contestar, Luna me cortou.
— A cada duas verdades, é obrigatório pedir uma consequência.
— E se você não aceitar a consequência ou não quiser responder a verdade, terá que pagar algum tipo de prenda — explicou Dillon, deitando uma garrafa de vodka sobre o chão.
Eu me ajeitei na cadeira, nem um pouco confortável. Algo no meu subconsciente gritava que aquilo não parecia ser uma boa ideia, mas eu não queria ser a estraga-prazeres que acabaria com a brincadeira, visto que todos pareciam animados demais para jogar.
Dessa forma, antes que eu pudesse sequer processar, meu irmão já havia girado a garrafa até apontar para Andy e Matt.
— Verdade ou consequência? — O moreno perguntou.
— Verdade.
— Quantas vezes você e Liam transaram desde que chegaram?
Andy soltou uma risada, parecendo precisar pensar um pouco enquanto encarava o namorado ao seu lado.
— Acho que umas cinco ou seis vezes — respondeu, finalmente.
— Mas nós chegamos ontem à tarde — Nathan disse, surpreso.
A garota apertou os lábios para não rir.
— Eu sei.
Liam disse algo no ouvido dela que a fez corar, e então a garrafa voltou a girar, apontando para Luna e Dillon. Ele se ajeitou na cadeira, o sorrisinho malicioso no rosto me dizia que Luna era sua próxima presa enquanto estivéssemos naquela viagem.
Dillon sempre foi um babaca quando se tratava de mulheres. Eu já havia perdido a conta de quantas garotas eu precisei fazer café da manhã antes de lhes dar a notícia de que meu irmão não queria nada sério com elas, já que ele fugia de casa e ia para a universidade antes que elas acordassem, deixando o trabalho sujo para mim. Talvez fosse por esse motivo que ele era tão protetor comigo quando o assunto era homens; ele conhecia sua espécie bem demais, já que provavelmente era o pior deles.
— Verdade — Luna pediu, antes que ele tivesse tempo de perguntar.
— Se você tivesse que escolher alguém dessa roda para ter um caso de uma noite, quem seria? — questionou. O sorriso de canto dizia que ele já sabia qual seria a sua resposta e que aquilo apenas fazia parte de seu joguinho.
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SIX (COMPLETO NA AMAZON)
Mystery / ThrillerMaeve Miller passou semanas idealizando como seria aquela viagem com seus amigos de infância para as montanhas, há algumas horas de Mainport. Tinha certeza de que aqueles seis dias seriam os melhores dias da sua vida, mas não imaginava que Leon Coll...