Explicação

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[Pov's Natsu]

Depois que o rei fez seu anúncio, tive de me controlar muito para não chorar na frente de todos, então apenas sai dali, ignorando a todos, pego minhas coisas, logo saindo daquele lugar, indo para casa. Fecho a porta, colocando minha sacola ao lado desta; minha casa não é muito grande, mas é confortável e limpa, então para mim está ótimo.

Os cômodos se resumem a uma cama na entrada, ao lado da janela, com uma mesa de cabeceira, um banheiro e um armário para a comida, além de um pequeno guarda-roupa. Tomo um banho rápido, colocando apenas um short para dormir, já indo me deitar, mas então alguém bate na porta, estranho, está tarde já e ninguém costuma vir me ver, principalmente a esse horário; me levanto, a abrindo, logo arregalando os olhos:

- Lucy... - sussurro, a vendo se jogar nos meus braços, me abraçando.

- Me perdoa, desculpa não ter te contado antes, mas por favor... me deixa explicar! - pede, chorando, fazendo meu peito se apertar.

- Calma - falo, a abraçando - vem, acho melhor você se acalmar antes de tudo - digo, a soltando e fechando a porta.

Não a olho, apenas pego um pouco de água, fazendo chá, olho por trás do ombro, vendo ela sentada educadamente, observando tudo, não apenas a casa, mas a mim também, o que me faz sorrir. Termino a nossa bebida, lhe entregando, a qual sorri:

- E aí, gostou da visão? - pergunto, com um sorriso zombeteiro, a vendo olhar meu peito e braços, logo corando e abaixando a cabeça, o que me faz rir - acho que isso é um sim!

- Bem... não tem como não gostar - explica, me fazendo corar junto com ela.

- Hã, por que você veio aqui? - pergunto, de cabeça baixa.

- Eu precisava lhe explicar sobre o que aconteceu hoje - fala, se levantando e vindo até mim, agachando do meu lado - preciso que me escute, porque a última coisa que quero é que me odeie ou pense mal de mim! - pede, quase voltando a chorar, me fazendo suspirar.

- Tudo bem, mas é melhor se sentar - falo, puxando uma cadeira para ela - explique! - peço, olhando pra ela.

- Como você sabe, eu tenho uma irmã mais velha, a qual assumirá o trono e como a responsabilidade dela é muito grande, ela pediu para se casar apenas se fosse amor, meu pai aceitou, sabendo quão grande o fardo era, contudo, precisávamos garantir que nosso reino sempre estaria seguro e então o rei de Alvarez, Zeref, apareceu - explica, olhando não pra mim, mas através, se lembrando do que aconteceu.

"Eu nunca gostei dele e nem ele de mim, chegamos a conversar um pouco, aonde concordamos que se esse casamento ocorresse, seria apenas político. Apesar de tudo, nos damos bem, mas ele não é você, quando o abraço, não sinto alegria ou conforto, é vazio e a mesma coisa acontece com seu beijo, é sem graça, sem vida".

- Opa, peraí! Como é que é!? Você beijou ele!? - pergunto, sentindo uma leve raiva surgir, o que a faz abaixar a cabeça.

- É... mais ou menos isso - diz, sem graça.

- Nem vem! - pego seu braço e em um movimento rápido, a puxo para meu colo, a deixando com as pernas uma de cada lado de meu corpo - você é minha! Eu te amo e você a mim, então não quero que beije ele ou nenhum outro que não seja eu! - falo, abraçando sua cintura.

- Natsu! Para! - pede, tentando me empurrar, mas não consegue.

- Lucy... - sussurro, segurando seus pulsos, aproximando nossos rostos, a vendo corar mais ainda com nossa proximidade.

Fico ali, olhando para ela, não sabendo se posso beija-la, mas a mesma acabada com meu questionamento, juntando nossos lábios, me fazendo sentir aquela sensação de que tudo estava bem. Começo lhe dando selinhos, aproveitando o momento, soltando seus pulsos, colocando uma mão em suas costas e outra em seu cabelo, afagando-o; enquanto a Lucy, coloca suas mãos em meu cabelo, dando leves puxões.

Ficamos assim, por um tempo, até que ambos decidem apimentar um pouco as coisas, começando assim uma guerra entre nossas línguas, para ver quem dominava quem, acaba que eu perco, deixando que a minha loirinha faça o que quer. Ela desce suas mãos, explorando meus braços e tórax, dando leves apertadas, enquanto continuava a me beijar, o que me fez suspirar, mas como não queria ficar para trás, desço minhas mãos para sua bunda, apertando, fazendo a mesma dar um leve gemido.

Aproveito e levanto a saia de seu vestido, apertando suas coxas e bunda, puxando-a para mais perto de mim, a fazendo sentir minha excitação entre minhas pernas. A mesma para o beijo, arfando, dando alguns gemidos, se apertando mais contra mim, me fazendo suspirar e então a afasto:

- Temos... que parar agora... antes que façamos uma besteira! - falo, regularizando minhas respiração.

- Mas Natsu, eu quero você... - pede, segurando meu rosto entre suas mãos - eu te amo!

- Eu também te amo - falo, sorrindo - mas você é mais do que apenas "uma noite" Lucy, quero fazer tudo do modo certo! - explico, a vendo sorrir.

- Mas e o meu "casamento"? - pergunta, preocupada, apenas lhe dou um selinho, a abraçando.

- Deixa que eu me preocupo com isso! Agora você tem que voltar para o castelo, já que devem estar dando por sua falta! - digo, a vendo fazer bico - e nada de manha! - nisso ela volta a sorrir, começando a rir.

- Nem se preocupe, posso voltar só amanhã que eles não vão perceber nada! Quer dizer, estão tão bêbados que mal conseguem andar, além do mais, eu disse que estava indisposta e quando é assim ninguém ousa me incomodar - fala, fazendo cafuné em mim.

- Minha nossa! Imagino você no seu período menstrual então... - nisso ela começa a me dar alguns tapas, me fazendo rir - tá bom, parei! - digo, me rendendo, a fazendo sorrir.

- Idiota! - me xinga, logo me abraçando e apoiando a cabeça no meu ombro - obrigada por me ouvir, achei que ia me odiar se não o fizesse.

- Eu estava chateado por você não ter me contado nada, admito, mas eu nunca conseguiria te odiar Lucy, ainda mais depois de passar anos sonhando acordado com você e finalmente ser correspondido... - falo, apertando mais o abraço - não tem que se desculpar.

Ela assente, logo bocejando, me fazendo sorrir, a pego no colo, sentando ela na cama, retiro sua capa, pendurando e me agacho, tirando suas botas na maior luta, xingando o fato daquilo ter que trançar tanto, a fazendo gargalhar. Assim que termino, a deito na cama, logo me juntando a ela, nos cubro e a abraço, sentindo seu coração e aos poucos, sua respiração vai abaixando, até que ela dorme profundamente e eu a acompanho, sorrio, pensando que talvez, o mundo esteja me dando uma chance de ficar com a pessoa que amo e sem dúvidas eu vou aproveitar.

Noiva FugitivaOnde histórias criam vida. Descubra agora