Noiva Fugitiva

nosso fim

[Pov's Lucy]

Já haviam se passado algumas semanas desde o "casamento" e durante esse tempo, eu e Natsu aprendemos a conviver melhor, conhecendo melhor o outro, criando estratégias para evitar brigas, quando viessem a acontecer, já que embora a situação toda fosse maravilhosa, tínhamos ciência de que acabaríamos brigando em algum momento, algo normal para casais, só que pelo menos, teríamos como evitar a maioria.

Os dias passavam calmos, sem muitos eventos, as vezes íamos até a cidade, comprar mantimentos ou no meu caso, para pegar livros na pequena biblioteca da cidade, me mantendo mais informada ainda. Nesse dado instante, estou no jardim, lendo meu livro preferido, aproveitando a sensação de paz que me atinge, presa em minha própria bolha, distraída e esquecida do mundo ao meu redor, só percebo a presença do meu rosado quando o mesmo toma o livro de minhas mãos, sorrindo para o título:

- De novo esse livro? - pergunta, enquanto me levanto - o que ele tem demais?

- Se você lesse, iria saber que ele é incrível - falo, quase pegando de volta meu pobre coitado.

- Hum, então tá certo, mas você vai ler ele pra mim - diz, segurando minha cintura, me devolvendo o livro.

- Tá bom, seu folgado - digo, o irritando.

- Do que você me chamou? - diz, segurando mais firmemente minha cintura.

- Que você é um folgado - sussurro, colocando os braços ao redor do seu pescoço.

Mais do que rápido, ele me pega no colo, indo até o lago ali perto, ameaçando me jogar, o que me fez agarrar nele, já que o dia estava frio, o que nos fez cair e começar a rir, comigo em cima dele, sorrindo, o beijei, amando tudo o que estávamos tendo a chance de viver. Quando nos separamos, apenas deito minha cabeça em seu peito, me sentindo segura, protegida e feliz:

- Aí tá vendo só! Eu falei que eles não iam se aguentar até o casamento - minha irmã diz, vindo até nós.

- Hisui? - falo, levantando mais do rápido de cima do rosado.

- Sério, tinha que aparecer agora Hisui? - o Natsu pergunta.

- Por acaso você estava planejando desvirtuar minha irmã? - pergunta, parando em nossa frente.

- Não mesmo, até porque já fiz isso - diz, me fazendo corar e os dois gargalharem.

- Bem, eu tenho que levar a Lucy e o Rogue o Natsu, então… - ela agarra meu braço, me levando para longe - até depois! - fala, entrando em casa comigo.

- O que você tá aprontando? - pergunto, a fazendo sorrir.

- Você vai ver.

(Quebra de tempo)

- Você tá incrível! - minha irmã diz, com os olhos brilhando.

- Verdade - Mavis concorda.

Depois que minha irmã saiu me arrastando, insistiu em me colocar em um novo vestido de noiva que me faria usar no meu casamento, o qual era todo rendado, tendo mangas, sendo mais apertado até a cintura, onde se solta, ficando rodado:

- Minha filha - ouço meu pai chamar da porta, indo até ela e abrindo, logo o abraçando - você está linda - diz, sorrindo.

- Obrigada, mas eu tô curiosa, o que vocês tão aprontando? Quer dizer, tá todo mundo arrumado, eu não vi mais o Natsu… - eles apenas se entreolharam, sorrindo cúmplices e eu já sabia que não confirmaram nenhuma das minhas suspeitas, então, tudo que me restava era esperar.

[Pov's Natsu]

- Ela realmente não sabe de nada? - pergunto, pela milésima vez, fazendo Zeref se irritar um pouco.

- Não Natsu, ou seja, não tem nem como ela fugir e te deixar aqui - explica, tentando me tranquilizar - calma, noivas demoram, normal, exceto a minha - diz, começando a rir junto comigo.

- Tá bom, é que dá um nervosismo - explico sem graça.

- Não esquenta cara, daqui a pouco ela tá aí - o Rogue diz, sorrindo, batendo no meu braço.

Já estávamos arrumados, eu, Rogue, Zeref e o padre no jardim, debaixo da árvore favorita da Lucy, com um tapete vermelho a nossa frente, só esperando as madrinhas e a noiva, que apenas deve desconfiar da nossa arte. A Mavis aparece, parando ao lado do marido, toda sorridente, segurando as alianças, enquanto a Hisui pega seu violino, tocando a música de entrada.

Sinto um frio na barriga, um arrepio na espinha, ansioso, até que a vejo, linda em toda a sua formosura, de repente, o sol decide nos presentear finalmente, como se estivesse dando as caras apenas por ela, deixando a cena mais linda ainda. O pai a acompanha, sorrindo, só que meu olhar está realmente focado naquela que se encontra ao seu lado, quando chegam perto, o senhor Jude beija a testa da filha e a abraça, todo sorrindente, apertando minha mão, dando um aceno de cabeça, afinal de contas, eu já tinha mostrado que faria o que fosse preciso pela Lucy, então acho que isso deve tê-lo tranquilizado, pelo menos um pouco.

Dou a mão pra Lucy, logo a abraçando, percebendo que isso a tranquilizou um pouco, já que bem sei o quanto ela odeia ser o centro das atenções:

- Tudo bem? - pergunto, sabendo que talvez aquilo tudo fosse demais para ela.

- Tudo, só surpresa e nervosa - explica, se afastando.

- Quer que eu fique abraçado com você? - pergunto, a vendo concordar, então segurei uma de suas mãos, deixando a outra pousada em sua cintura, apoiando a cabeça na dela.

"Pude ver que aquilo não apenas a fez relaxar, como também deixou as nossas madrinhas de casamento com os olhos brilhando de emoção. A reunião se passou aos poucos, na parte do aceito, não tive dúvidas quando pronunciei as palavras sim e tive a mesma impressão vindo da minha loira, alianças colocadas, padre dizendo que chegou ao fim, tudo lindo e finalizado, só que sem dúvidas, a melhor parte foi o beijo, já que finalmente eu podia dizer com todas as letras que era casado, feliz e o melhor, que tenho a mulher mais linda que eu poderia pedir, a qual me ama tanto quanto eu a ela"

- E fim! - digo, vendo Nathan e Luiza suspirarem, resmungando pelo fim da história.

- Conta de novo? - Luiza pede, me fazendo sorrir.

- Não dá querida, é hora de dormir - explico, sentindo mãos me abraçarem por trás.

- Além do mais, amanhã vamos ver o vovô e os seus primos, vocês não vão querer ter energia para brincar com eles? - a Lucy pergunta, se sentando ao meu lado.

- Tá bom então, mas amanhã vocês contam de novo? - Nathan pede, e confirmamos, olhando para os dois.

- Claro - a Lucy diz, colocando o Nathan na cama, enquanto eu ponho a Lu - boa noite filhos.

- Boa noite mamãe e papai! - dizem, logo pegando no sono.

- Ah, até que enfim dormiram - a Lucy diz, se jogando na cama.

- Pois é, aqueles dois tem uma pilha - digo, me sentando ao seu lado.

- Como você tá? - pergunto, lembrando que ela reclamou de náuseas há um tempo.

- Melhor, muito melhor, aliás… - ela se levanta, sentando em meu colo - o que acha de aproveitarmos que os nossos pequenos dormiram e aproveitar um pouco? - pergunta, sorrindo, já passando o nariz em minha bochecha e pescoço.

- É uma ótima ideia - digo, sorrindo, lhe dando um selinho.

- Mas eu tenho que te contar algo - fala, colocando uma das minhas mãos em sua barriga - vamos ter mais um pequeno ou pequena para nós deixar mais doidos ainda - diz, me fazendo rir.

- A gente tá ferrado - falo, a beijando profundamente, me separo, apoiando minha testa na dela - eu te amo.

- Eu também te amo - diz, voltando a me beijar.