Em casa

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[Pov's Lucy]

 

 

Eu nunca havia deixado ninguém me ver daquele jeito tão íntimo, como vim ao mundo, mas naquele momento, com o Natsu sendo tão educado, gentil e bondoso comigo, senti que ele podia me ver assim, pois eu não ligaria, queria isso. Por isso o puxei, sabia que assim eu teria alguma chance dele me ver, mas como sua camisa era branca, isso me deixou surpresa, ele tinha um físico lindo.

 

Quando ele me viu, juro que vi seus olhos brilharem, me examinando toda e quando disse que eu era maravilhosa, não me aguentei e o beijei, calma e amorosa, coloquei meus braços ao redor de seu pescoço e ele deixou uma mão no meu cabelo, a outra no meu rosto, acariciando. De repente, algo em mim começou a queimar, o que me fez aprofundar o beijo, deixando que sua língua adentrasse minha boca e quando elas se encostaram, ambos gememos, nossas línguas se enrolavam uma na outra, de um jeito único, até que nos separamos por falta de ar.

 

O olhar que vi nos olhos do rosado, foi algo único, cheio de amor e paixão, não parei para pensar, pois não queria parar ou que ele se sentisse culpado, voltei a beija-lo, colocando uma perna de cada lado de seu corpo, me sentando em seu colo, podendo sentir sua "potência" abaixo de mim, o que por algum modo, me deixou feliz. Deslizei minhas mãos até as suas, posicionado elas na minha cintura, voltei a apalpa-lo, sentindo seus músculos, firmes e rígidos sobre a camisa, então logo tratei de tirá-la, voltando a beija-lo calmamente, sem pressa, detalhando as linhas do seu abdômen, voltando a apertar os ombros.

 

Sinto suas mãos irem para a minha bunda, a apertando fortemente, me fazendo deixar um pequeno gemido escapar da minha boca, separando nosso beijo, sinto ele lamber meu pescoço, provocando arrepios:

 

- Lucy, você pode ficar doente - sussurra, beijando meu pescoço.

 

- Vou sobreviver.

 

- Tem certeza disso? - pergunta, olhando nos meus olhos.

 

- Sem dúvidas, sem hesitação - digo, o fazendo dar um gentil sorriso, pegando minha mão e beijando a palma.

 

- Vamos ao menos para a cama - diz, saindo da banheira, me levando junto.

 

Ele me coloca de pé, pegando uma toalha, secando cuidadosamente cada parte do meu corpo, no final, ele tira a camisa, secando a si mesmo, enquanto eu apenas observava, até ele me pegar olhando, acabei corando e ele sorriu. Chegando perto de mim, o mesmo me abraça, beijando minha cabeça, percebi então, que nós dois estávamos sobrecarregados com toda a situação, aquele não era o momento ainda; me afastei dele, lhe dando um selinho, sorrindo:

 

- Vamos dormir - falo, o vendo sorrir e concordar.

 

Coloco uma camisa do rosado, me sentindo confortável, me deito ao seu lado, o qual fica sem camisa, o que não é estranho, já que ele sempre foi muito calorento. Apoio a cabeça em seu ombro, o sentindo me abraçar, aconchego mais ainda nele, querendo aquela sensação de paz, calma e amor sempre:

 

- Você acha que está tudo bem no reino? - pergunto, o fazendo suspirar.

 

- Sinceramente, eu não sei, mas creio que sim, quer dizer, seu pai é um homem esperto, sem dúvidas ele conseguiu contornar a situação - explica, dando um beijo no topo de minha cabeça - agora durma, ainda temos um longo dia amanhã.

 

- Com você, o cansativo vira prazeroso - sussurro, rindo junto com ele.

 

- Não me provoque Lucynda, posso muito bem mudar de ideia e te atazanar a noite toda - diz, me fazendo rir.

 

- Eu sei amor, mas pensando bem, a ideia não parece tão ruim assim - digo, fechando os olhos e ouvindo seu coração bater, com sua respiração tranquila, logo adormeço.

 

[Pov's Natsu]

 

(Quebra de tempo)

 

- Chegamos! - digo, levando e deixando o cavalo no estábulo, afinal de contas, ele merecia um descanso.

 

Subimos os 3 degraus da frente, vendo um senhor podando os arbustos, quando nos vê, ele sorri, vindo até nós:

 

- Em que posso ajudá-los?

 

- Viek, sou eu, Lucy - a loira diz, ganhando um abraço apertado.

 

- Senhorita Lucy, como cresceu - diz, olhando ela sem acreditar.

 

- Pois é, viemos morar aqui - fala e só então o homem presta atenção em mim.

 

- E quem seria esse rapaz? - pergunta, sorrindo gentilmente para mim.

 

- Meu marido - fala, sorrindo de orelha a orelha.

 

- Realmente você não é mais nossa garotinha, já até se casou - diz, admirado, me estendendo a mão - prazer, sou Viek, cuidador da propriedade junto com minha esposa Moana - explica e eu aperto sua mão - desculpe se tudo isso lhe incomodou senhor, é que como não tivemos filhos, a senhorita Lucy e sua irmã ocuparam esse lugar em nossas vidas.

 

- Imagina, não me incomoda em nada - falo, balançando as mãos - e aonde está sua esposa? Eu gostaria de conhecê-la - pergunto, o vendo ficar sem graça.

 

- Foi a cidade comprar mantimentos junto com Laki, a nova criada, só voltarão amanhã, mas por favor, sintam-se em casa e bom… - ele recolhe rapidamente as coisas, colocando tudo em seu carinho - se me derem licença, tenho que guardar essas ferramentas, se precisarem de algo é só chamar - fala, sumindo de vista.

 

- Ele é uma boa pessoa - falo, vendo a Lucy concordar.

 

- Venha, quero te mostrar tudo nessa casa! - diz, pegando na minha mão, me puxando, entrando na casa.

 

- E lá vamos nós! - digo, a acompanhando.

 

Noiva FugitivaOnde histórias criam vida. Descubra agora