14 de abril...
Estou suada e nojenta, e alguns músculos dos meus braços doem, mas estou satisfeita. O vôlei foi bom.
Depois de lanchar e ficar assistindo ao treino de basquete durante a aula vaga, recebi uma mensagem de Rosé.
Havíamos trocado mensagens mais cedo, o que me fez levantar de bom humor. Porém, foram poucas. Ela estava me dizendo que não foi a aula hoje, pois se sentia mal. Eu brinquei, dizendo que queria ir cuidar dela, e ela acabou levando a sério, agora está insistindo para que eu vá a casa dela depois da aula. Apesar de ter lições para o fim de semana inteiro, eu aceito, principalmente quando ela me diz que seu amigo está lá, aquele que parecia super íntimo. Meu couro cabeludo pinica.
Ouço a voz de Jennie, irritada. Ela sobe as arquibancadas em minha direção, então vejo o motivo de sua irritação. Brendon, um dos jogadores, não tão bom assim está gritando mais uma cantada para ela. Jennie sorri e mostra o dedo do meio para ele, que ri com dois outros jogadores que estavam perto. Minha amiga joga o cabelo que está no ombro e revira os olhos.
-Esses garotos são tão babacas. Cadê os jogadores gatos e legais que tem nos filmes?
Jennie joga a mochila no chão e se senta no banco ao meu lado.
-Não achei que você acreditava nos clichês do cinema.
-Não acredito, mas a esperança é a última que morre. Estou frustrada. Vamos fazer compras hoje?
Jennie poderia ser a típica patricinha rica dos filmes. Sua família tinha uma boa condição, e ela era bem popular na escola. Fazer compras também a ajudava a esquecer certas coisas, mas ela não se parecia nada com as meninas mimadas e super magras da TV. Ela é original e autêntica.
-Não dá, vou pra casa da Rosé depois da escola.
Jennie não responde, apenas me olha de lado dando um sorriso malicioso.
-Hoje rola. -ela diz, com muita certeza.
Eu balanço a cabeça em negação, mas não consigo segurar a risada.
Tudo bem, minha amada amiga estava fazendo muita piada sobre minha vida sexual, mas não sei se quero que ela comece tão cedo. Quer dizer, claro que eu quero, ainda mais quando penso em Rosé. Mas eu não posso ignorar os alertas que meu cérebro está me dando.
Já estava na rua que Rosé indicou, pego meu celular e ligo para ela.
-Estou na rua que você disse, qual casa?
-A branca. Vou encontrar você do lado de fora.
Ela desliga.
Esse é um bairro mais chique que o meu, e quando vejo a única casa branca da rua, fico me perguntando se estou realmente na rua certa.
Chocada. É enorme e nada modesta perto das outras ao seu redor. Na verdade ela é no fim da rua, como o chefe de família sentado a mesa. O grande portão preto de ferro, se abre sozinho. Então vejo uma bela ruivinha saltitar pelo caminho de pedra.
Do portão até a real entrada da casa não é muito distante. Já tem um carro estacionado ali e logo me lembro do amigo de Rosé.
Ela espera eu sair do carro, sorri pra mim e me beija, segurando em minha cintura.
-Oi. -sorri encantadoramente pra mim. O sorriso dela é tão lindo, minha respiração quase para.
-Você parece muito bem pra quem estava se sentindo mal. -olho-a suspeita. -Tem certeza que não foi só uma desculpa pra não ir a escola?
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Pictures of you
FanfictionEla se tornou meu mundo. "Como se atreve a ficar em meus pensamentos O meu ego está ferido, estou preocupada. Meu rosto está quente e meu peito continua batendo Meu corpo não pode ser controlado, estou tonta. Se eu me atirar a você Você tem qu...