Hi Yeri

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Como chegara domingo de viagem e acabei dormindo, fui em casa na segunda, apesar de saber que minha mãe não estaria em casa. Eu liguei para ela quando cheguei e disse que iria no dia seguinte, então ela deixou a chave escondida para mim.

A casa parecia a mesma, mas era estranho pensar que eu fiquei fora por apenas uma semana. Noah provavelmente estava na casa dos meus avós, e Cléo claro, deve estar em um lugar pra lá de chique com seu marido. Aproveitei que estava sozinha, liguei o som e desfiz minhas malas. Rosé e eu não falamos nada sobre nossas férias a partir dali, mas a verdade era que eu não me importava com o que iríamos fazer, poderíamos ficar jogadas no quarto assistindo a filmes ruins que eu não ligaria.

Depois de arrumar minhas roupas, e consequentemente arrumar todo meu quarto, eu fui para a cozinha fazer algo para comer e assistir TV.

Rosé me mandou uma mensagem, dizendo que iria para a gráfica e fazer algo de útil, depois que respondi dizendo que eu iria ficar jogada no sofá sendo inútil, vi o número de Mark em minha agenda. Hm, Rosé está basicamente voltando ao trabalho e acabamos de nos formar. O que vou fazer a partir daqui? Antes de viajar mandei uma mensagem para o tal fotógrafo, dizendo que estaria fora por uma semana, mas se ele ainda quisesse me conhecer, avisaria quando estivesse de volta.

Resolvo mandar uma mensagem para ele, dizendo que estou na cidade, e veremos o que acontece.

Ouço o barulho de chaves e da porta se fechando. Me levanto, percebendo que dormi no sofá, e deixei a TV ligada, desligo a mesma e vou até minha mãe, abraçá-la.

-Como foi a viagem meu amor? -ela coloca várias sacolas de compras na mesa da cozinha.

-Foi ótima, Miami é incrível.

Enquanto ajudo minha mãe a guardar as compras eu conto como é a cidade, as praias e as pessoas, e oculto boa parte do que fizemos lá.

-Hm, e Rosé, tudo bem entre vocês? -ela pergunta, claramente preocupada.

-Sim. -franzo o cenho.

-Que ótimo, ela é uma boa menina.

-É sim. Eu queria conversar com você sobre algo.

-Claro, vou fazer café. Você quer?

-Sim. Então, eu não faço ideia do que eu quero fazer ainda, mas tem algo que eu gostaria de tentar.

Minha mãe suspira quando se vira pra mim.

-Você sabe que isso me preocupa muito. -ela se apoia na pia. -O mundo é mais difícil do que parece querida. -ela ergue a mão quando abro a boca. -Eu não estou tentando te dar uma lição ou algo assim. Estou apenas querendo chegar a esse ponto: Tente o que quiser, corra atrás do que você quiser, mas sempre sabendo que pode voltar pra casa.

-Obrigada mãe. Agora posso te dizer o que quero tentar?

-Okay, me conta. -ela se senta na mesa, e me ouve pacientemente, me parando para fazer algumas perguntas.

Nós conversamos por horas sobre o assunto, e acabou que ela me apoiou, mas repetiu mil vezes como isso poderia ser perigoso. Eu sabia das coisas que poderiam acontecer, eu assitia aos jornais e entendia sua preocupação, mas prometi que se o ambiente for suspeito ou algo não me agradar, eu caio fora.

-O que fazer em uma segunda-feira? -murmurei sozinha, cansada de assistir telenovelas com minha mãe.

-Vou ir buscar seu irmão daqui a pouco, ele quer ir na pista de patins, não quer ir junto?

-Quero.

A muito tempo não fazíamos nada juntos, seria legal. Mandei mensagem para Rosé, avisando que iria sair com minha mãe, mas ela não respondeu.

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