She's here and she's fine

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Rosé está usando uma tipoia no braço esquerdo, gesso na perna esquerda também e um colar cervical.

-Você pode imaginar o susto que me deu? -Jisoo zanga.

-Sinto muito. -Ela diz, sua voz fraca, mas um sorriso está lá, e me ilumina por completo.

-Ela está bem, assim que eu receber o resto dos exames, vou liberá-la para ir pra casa. -A médica coloca a mão no ombro de Rosé por um segundo, faz um sinal para a enfermeira e ambas saem.

As duas passam por mim e eu dou espaço, quando me volto para Rosé, ela percebe pela primeira vez que eu estava ali, no canto do quarto, me escondendo do que poderia ter sido aquela notícia, mas eu não consegui relaxar.

-Oi. -Sua voz fraca quebra meu coração.

-Oi. -Murmuro com um caroço na garganta.

-Eu vou ligar para os seus pais para dar notícias. -Jisoo diz de repente, estendendo a mão para Jennie e ambas se apressam em sair.

-Fico feliz que esteja bem. -Jennie diz antes de sair, Rosé lhe concede um pequeno sorriso.

Quando a porta está fechada, eu me aproximo de Rosé de vagar, como se qualquer movimento do ar pudesse machucá-la mais.

-Você está tão linda. -Ela diz. -Seu cabelo... Eu... Já disse alguma vez que eu amo quando usa gloss? Tem lábios bonitos. Trás eles aqui.

Eu sorrio sem graça, chego perto de sua cama e me inclino para beijá-la levemente. Seus lábios estavam ligeiramente frios, mas eram tão macios quanto me lembrava. Eu queria beijá-la mais, beijar de verdade, beijá-la até seus lábios ficarem vermelhos. Mas seu estado frágil fez eu me afastar logo.

Ela faz cara feia.

-Não foi o bastante. -Reclama.

Eu dou risada.

-Como está se sentindo?

-Feliz em ver você. Eu pensei que nunca mais veria...

-Ei, não fala assim. -Digo, a bile subindo minha garganta mais uma vez ao me lembrar que eu poderia ter perdido ela. Mais uma vez.

Ela me encara por um tempo, parece triste, mas seus olhos se iluminam.

-Nossa, eu senti sua falta.

-Queria que tivéssemos tido mais contato. -Digo, me desculpando por estar sempre ocupada ou dormindo. Eu deveria ter mais tampo pra ela, mas sabia que ela também estava tão ocupada quanto.

-Não, foi bom na verdade. -Ela franze o cenho para seu pensamento. -Quer dizer, eu clareei bastante minha mente, sei exatamente o que eu quero agora.

-E o que é?

Rosé sorri e segura minha mão, mas não responde. Eu acaricio seus dedos finos e gelados.

-Tinha uma surpresa pra você. -Digo envergonhada.

-Jura? Você cozinhou?

-Não. -Digo rindo, pois ela sabe bem como eu sou na cozinha, cozinhar um ovo era perigoso demais. Ela ri junto.

-Estou louca pra ver o que é.

Uma batida na porta nos interrompe, a médica está de volta.

Ela se concentra nos papeis em sua prancheta e olha para Rosé com um sorriso.

-Muito bem, você pode ir para casa senhorita. A enfermeira vai vir tirar o soro e te entregar alguns remédios.

-Obrigada. -Rosé e eu dissemos juntas.

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