Do you miss me?

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Eu encaro Rosé como se ela tivesse duas cabeças. Penso que eu ouvi ela dizer exatamente o que eu queria, quando ela poderia ter perguntado se quero café.

Ela me encara de volta, percebe minha confusão então revira os olhos. Rosé segura meu pulso e se levanta, me levando junto.

Pelo caminho que ela faz por um corredor desconhecido, eu permaneço em choque. Até que ela encontra o banheiro feminino. Ela me solta e eu espero.

Rosé parece encontrar uma placa velha em um carrinho de faxina, ela parece satisfeita ao ver o aviso de "Com defeito, não use." Ela coloca do lado de fora da porta e me encara.

-O que ainda está fazendo de roupas?

Eu estava tonta, será que ainda era o efeito do álcool? Ela sairia daqui se soubesse? Ela realmente queria transar?

-V-você... Quer transar? -Eu precisava ter certeza, mesmo se ela acabasse me dando um tapa.

-Sim. -Diz impaciente. -Tudo bem, eu tiro suas roupas. -Ela diz vindo até mim, me empurra até as pias enfileiradas em uma pedra que parecia firme o suficiente. Rosé começa a me beijar e eu varro a confusão pra debaixo do tapete e retribuo com vontade.

Rosé beija meu queixo e desce até o pescoço. Eu fecho os olhos, apreciando seus lábios macios e levemente gelados. Eu fico surpresa quando ela abre minha calça e abaixa-a com força, e se ajoelha na minha frente. Rosé empurra minhas pernas para que eu abra-as mais, e seus lábios me alcançam. Eu gemo de surpresa e prazer. Eu seguro seu cabelo com força atrás de suas orelhas, fechando os olhos e mordendo os lábios para não mostrar-lhe como eu estava amando.

Céus... Ela estava pegando fogo e eu podia sentir me queimar.

Quando eu cheguei lá, murmurando seu nome com devoção, ela ainda não tinha acabado. Seus lábios estavam ainda mais urgentes nos meus, eu podia sentir meu próprio gosto, e seus dedos com tamanha habilidade para seu próprio bem, fizeram sua mágica e eu esqueci completamente onde estava, eu quase esqueci o meu próprio nome pois tudo o que eu conseguia me lembrar era do seu.

-Rosé... -Gemi, ainda sentindo meu corpo ondular em seus dedos. -Eu te amo tanto.

De repente, seus dedos estavam fora, seu corpo ligeiramente mais afastado do meu e quando eu abro os olhos, ela me encara séria.

-Eu te amo também.

Eu sorrio, sentindo a esperança me encher.

-Então nós estamos bem? Vai voltar pra casa?

Sua expressão faz minha pequena esperança murchar.

-Nada mudou Lisa. Eu ainda amo você. Mas você ainda não é a minha Lisa. Essa sombra ainda está em você, essa culpa.

-O que você quer que eu faça? -Quase imploro. Ainda desnorteada pelos orgasmos.

-Não é o que eu quero que você faça. -Ela zanga. -É o que você precisa ver. O que a morte do Nick fez a você.

Eu me afasto dela, me recostando ainda mais contra a pedra atrás de mim, sentindo o gosto azedo ao lembrar dele.

-Tá vendo? Já faz meses e o nome dele ainda mexe com você.

Eu nego com a cabeça, tentando afastar Nick de minha memória. Seus olhos furiosos quando ele me sufocou, o olhar que eu imaginava quando ele decidiu se matar... Não, eu não queria pensar nisso de novo, eu não queria os pesadelos de volta, não com tamanha frequência como costumavam ser.

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