You earned it

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Rosé está deitada ao meu lado, no celular, enquanto pede uma pizza para nós. Ela ainda está usando calcinha, mas está completamente confortável com seu belo corpo quase nu. Ela era muito confiante, e seu corpo faz jus a isso. Já eu, morrendo de vergonha, cobri meus seios e intimidades com meu edredom.

Ela está sorrindo quando agradece, sempre doce, mesmo por telefone com um desconhecido. Eu estava completamente encorajada no ápice da relação, mas agora que nossos corpos esfriaram, eu estava envergonhada demais para retribuir. Rosé coloca seu celular na mesinha ao lado da minha cama e se vira pra mim, deitando de lado e apoiando a cabeça na mão. Ela tira alguns fios de cabelo cumprido da minha franja e toca o dedo de leve no meu nariz.

-Você está bem? –pergunta.

-Sim, muito bem, obrigada. –tento não parecer envergonhada.

-Você fica tão fofa com as bochechas vermelhas. –obviamente falhei. –Você não precisa ter vergonha, sabe disso né? Sabe que você é linda demais e eu sou apaixonada por cada pedacinho de você.

-Obrigada. –eu apoio meu corpo no cotovelo, tomando coragem de não me importar se o edredom destapar meus seios.

-Vamos tomar banho, a pizza não deve demorar a chegar. –ela levanta da cama e tira sua calcinha, como quem realmente não liga para a própria nudez.

-Banho?

-Sim. –ela vira pra mim e estende a mão.

Meu cérebro para de funcionar por alguns segundos. Céus, ela é perfeita, magra e curvilínea, a pele clara como mármore e o cabelo recém tingido ao redor de seu corpo, como uma deusa. Rosé sorri e sua cabeça tomba para o lado, provavelmente se perguntando "porque essa criatura está me encarando como uma louca depravada?"

Balanço a cabeça e levanto da cama. Não me dou o trabalho de me cobrir. Eu sei que meu corpo é bonito, tenho essa noção, mas estou tão encantada por ela... Ela pega minha mão e vamos para o banheiro. Entramos no Box juntas e ela liga o chuveiro.

Pego dois laços no suporte e entrego um a ela. Prendemos nossos cabelos e Rosé entra debaixo d'água primeiro, fecha os olhos por causa da água quente e quando os abre sorri pra mim, segura minha mão e me puxa até ela, tomando o cuidado de não molhar o cabelo. Ela me beija, passando os braços por minha cintura e apertando meu corpo contra o seu. A sensação é maravilhosa, sinto cada osso e curva de seu corpo, sua virilha contra a minha. Isso era tão quente. Seguro seu cabelo enquanto a beijo, desejando beijá-la em outro lugar. Ela se afasta, pega a bucha no suporte e coloca um pouco de sabão líquido. Me comporto até terminarmos o banho, mas é difícil quando ela decide me esfregar e permite que eu faça o mesmo por ela.

Vamos ficar sozinhas por mais algumas horas, então pego uma camisa pra mim e um short de moletom. Sem calcinha ou sutiã, eu os visto. Dou a Rosé uma camisa minha que bate em suas coxas, não vejo o que ela faz com suas roupas, mas acho que ela não colocou a calcinha de volta, o que é bom.

Ouço a campainha e desço correndo pra atender. Pego o dinheiro que minha mãe normalmente deixa na cozinha e abro a porta.

[...]

Rosé está rindo de uma foto minha que está pendurada na parede da sala. Ela diz que não havia reparado das últimas vezes que veio aqui. Foi um milagre minha mãe não ter se lembrado do álbum de família domingo passado.

-Você era tão fofa.

-Chega, para de olhar pra ela. –digo quando ela fica de joelho pra encarar a foto.

Ela ri, mas atende ao meu pedido.

-Fica lá em casa esse fim de semana? –pergunta quando bebe a última gota de seu refrigerante.

Pictures of youOnde histórias criam vida. Descubra agora