In love with you

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Nos corredores da escola, tento me esquivar dos alunos apressados. Eu, apesar de ansiosa para ver Rosé hoje à noite, estou calma e distraída. Estou completamente apaixonada. Como isso aconteceu tão rápido. Em menos de duas semanas nós nos conhecemos, saímos e conhecemos a família uma da outra... Caramba! Rosé, o que você fez comigo?

Me sento na mesa na hora do lanche e apoio o rosto na mão. O dia está nublado e úmido. As aulas estavam entediantes como de costume e eu só conseguia pensar nela. Suspiro mais uma vez.

-Você ouviu ela suspirar? –a voz de Jennie me tira de meus devaneios.

-Eu ouvi. Essa é uma menina muito apaixonada. –Liv também se senta a mesa, ambas me encarando.

-Espero que isso não seja contagioso. –Jennie reclama.

-Acho que é sim... –olho para Liv, e ela está apoiando o rosto na mão como eu, e encarando além do jardim da escola.

Tony está um pouco distante, mas é possível ouvir a gargalhada dele. Ele é um cara muito bonito, e está sempre rodeado de garotas, líderes de torcida e os outros caras do time, seus fies seguidores. Eles estão rindo de alguma piada que Brad fez, Tony mexe no cabelo curto e passa a mão na nuca, então ele olha em volta, claramente procurando alguém, e quando ele nos vê, Liv suspira ao meu lado e dá um tchauzinho pra ele, que retribui sorrindo.

-Ah, não é lindo. –Jennie diz. –Uma hora ou outra todos encontram o amor. –sua voz parece angustiada.

-Ei, tenha mais paciência. –seguro sua mão e ela concorda tristemente.

[...]

A casa está aparentemente vazia, não ouço Noah e seus vídeo games e nem minha mãe na cozinha ou trabalhando. Subo as escadas e ouço um barulho alto de coisas caindo no quarto de Cléo. Vou até seu quarto que está com a porta aberta.

-Droga. –ela protesta.

-Tudo bem aqui?

Rapidamente ela se vira pra mim.

-Você me assustou.

-Foi mal. –entro no quarto e sento em sua cama. –Está procurando alguma coisa?

-Sim, um colar, que eu não faço a mínima idéia de onde coloquei. Que droga, eu preciso dele.

-Pede seu noivo pra comprar um igual. –dou de ombros.

Cléo solta as roupas que ainda restavam em seu armário no chão e me encara, irritada.

-Cala a boca. Que droga, será que você não pode me dar um dia de paz? –ela zanga, o que me surpreende.

Não era novidade que eu implicava com ele por causa de seu noivo super rico. Apesar de Cléo parecer super feliz e nervosa com esse casamento, nunca descartei a idéia de que ela está se casando com a conta bancária dele. Mas ela normalmente me ignorava, ou contava pra mamãe que me dava o maior sermão.

-Desculpa. –digo, ainda surpresa por sua explosão.

Cléo suspira e se senta na lateral da cama, pouco distante de mim.

-Olha, eu sei que você pensa que eu sou uma fútil interesseira. -Seguro minha língua, pois ela parece estressada e afetada. –Mas eu realmente amo o Dan. Eu sei que você não entende, e provavelmente nunca vai entender, porque ele nunca se abriu o suficiente. –ela diz sobre as poucas vezes em que ele jantou aqui e quase não abriu a boca. –Mas ele é assim, e é diferente comigo. Acredite ou não, mas ele me faz rir e se importa comigo, e ele me mantém segura. Você e a mamãe provavelmente nunca vão conhecer o lado verdadeiro dele, mas ele me lembra o papai. –ela sorri.

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