Capítulo 39.

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Agora faltam apenas seis capítulos pra acabar essa história. Esse capítulo pode deixar vocês tristes ou preocupados, mas enfim, boa leitura! Comentem bastante!

Veronica POV

Tentei manter a calma e pensar em algo mas nada vinha na minha cabeça. Somente eu estava naquela casa. Mais ninguém. Eu seria a pessoa que ele queria matar. Talvez por saber demais.

"Papai, o limite de velocidade é 80km." eu disse, tentando avisa-lo, mas acho que ele já sabia disso.

Ele passou por um semáforo fechado e um caminhão quase nos pegou. Eu estava com medo e aflita. Se fosse pra morrer, que fosse rápido e não com esse nervosismo todo antes.

Ele parou o carro de uma forma rápida, o que me faz bater a cabeça no vidro onde estava apoiada. Cortou e acabou saindo um pouco de sangue.

"Desce do carro!" ele ordenou, antes de sair.

Fiz o que ele mandou. Sai depressa do carro, após ele destravar a minha porta. Eu estava com medo. E preocupada com minha mãe. Onde ela estava? Será se não sentiu minha falta? Será se ele havia feito algo com ela? Pensar nisso me dava calafrios.

"Pai, PAI!"

"Que quê é?" ele gritou muito alto. Muito alto mesmo.

"Cadê a mamãe?" ele não respondeu. Ele me mandou andar na frente dele, talvez pensando que eu fosse fugir.

"Sua mãe está em casa."

"Mas ela não estava lá quando saímos."

"Estava sim." ele deu uma risada debochada. "Estava presa no quarto."

"Pai, porque está fazendo isso com a gente?" ele não respondeu. "Nós somos suas família!"

"Você deixou de ser da minha família quando preferiu ficar do lado do seu namorado do que obedecer o seu pai e sua mãe."

"Eu não escolhi o lado de ninguém, pai. Eu te amo, papai. Eu quero que tudo volte a ser como antes." eu chorava. Ele parecia não ter nenhuma reação ao meu choro.

Entramos dentro da casa. Era grande e velha.

"Tá vendo essa casa?" fiz que sim com a cabeça. "Essa casa era do seu avó, meu pai. Sabe o que ele fez?"

"Não."

"Ele nos deixou, Veronica. Quando eu tinha 14 anos, meu pai me deixou. Sabe pra que?" fiz que não com a cabeça. "Ele foi ser bandido. É por isso que eu não quero você com aquele marginal."

"Pai, o Archie não é um marginal..."

"Calada! Ele é sim."

"Ele fez isso porque o pai mandou e se um dia ele fez, ele não faz mais. Nem o pai. As pessoas mudam, pai."

"Ele é um marginal sim, igual o seu avó. E no futuro, você vai sofrer igual minha mãe sofreu." Eu iria morrer de qualquer jeito, decidi falar algumas verdades.

"Bom, o único bandido que eu tô vendo aqui é você que pagou pra matar uma pessoa!" eu disse gritando e ele me olhou com ódio. Pegou uma corda e prendeu meus dois braços em uma cadeira. Foi para dentro e eu escutei ele conversando com alguém.

Eu estava fraca. Quase 10 horas sem comer. Estava cansada. Não conseguia abrir o olho.

"Ronnie..." alguém falou da porta e quando olhei, vi Archie. Pensei estar sonhando.

"Archie?" ele correu pra perto de mim. Pegou as minhas mãos e começou a tirar os nós da corda. Aquilo estava doendo.

"Archie, sai daqui. Sai, Archie! O meu pai está com uma arma. Ele me mostrou, eu vi."

"Eu não vou sair daqui se você não vier comigo."

As luzes se apagaram.

"O que foi isso?" ele perguntou.

"A luz deve ter acabado. Archie, sai daqui."

"Eu não vou sair daqui sem você!"

Era de noite, então não conseguia ver nada. Percebi que Archie pegou na minha mão e me abraçou.

Escutei um barulho de tiro. Não fui eu que fui baleada.

the best of me | varchieOnde histórias criam vida. Descubra agora