As coisas mudam num instante. Minha mãe sempre me falava isso. Eu lembro de achar super estranho o fato de que um dia eu teria o tamanho dela. Pra mim, eu era uma das crianças perdidas e que Peter Pan viria me buscar a qualquer dia. Eu não cresceria mais como ele, assim eu não precisaria passar por problema nenhum.
Quando o papai foi embora, mamãe me disse que até o amor muda. Ela disse:
- Myungie, nada é para sempre. Tudo é mutável.
Ela costumava falar também sobre a vida não seguir a ordem das coisas. Primeiro os pais, porque eram mais velhos, e então os filhos, por que tinham que viver mais e por isso, demorariam a ir. Ela dizia que acontecia a maior bagunça.
Eu acreditei nela. E suas palavras faziam ainda mais sentido enquanto me abraçava forte no corredor do hospital.
O sol que iluminava Seul naquela início de dia tivera dando lugar à um céu cinza e tempestuoso. Pelo que a moça do tempo do noticiário da manhã dissera, a segunda-feira seria de chuva forte e clima na casa do negativo. Sai de casa enfiada dentro de uma gola alta de frio, um casaco pesado e jeans, calçando meus pés em botas quentinhas. O celular tocou no meu bolso pouco antes de estender a mão para o táxi. Uma enfermeira do Hospital Universitário de Seul havia me ligado para dizer que Jungkook tinha dado entrada na sala de cirurgia com uma bala alojada na perna, outra no braço e outra no abdômen. Não tive reação nos primeiros trinta segundos, devo ter ficado parada, prendendo a respiração, com mil e uma imagens de Jungkook passando pela minha cabeça.
Ele não havia nascido ainda quando a nossa mãe terminou com o meu pai, um homem que preferia esconder de nós duas sua outra família do que dá um fim naquilo. Jungkook teve o melhor pai que alguém poderia ter. Jeon Suck Chin deu seu sobrenome para a nossa família e eu pode conhecer o verdadeiro amor de pai que nunca tive. Seu único e pior defeito era o jogo. Ele apostava tudo e certa vez, postou nossas economias e perdera tudo numa mesa de sinuca. Suck Chin apenas chegou em casa, disse o que aconteceu e sumiu no mundo. Meu irmão e eu nunca mais o vimos.
- Como isso aconteceu? - eu perguntei para ninguém em especial, mas mamãe se voltou para mim abraçada a si mesma. Suspirei arrependida, mamãe não sabia de nada sobre a garota e a encrenca em que Jungkook se metera nos últimos meses, a gente mal tinha tido tempo pra conversar. E talvez, só talvez, conversar sobre isso logo agora não estava nos meus planos.
- Tem alguma coisa que você queira me dizer? - aquela pergunta da minha mãe levou todo o meu autocontrole por água abaixo.
Estava prestes a abrir a boca, pronta para dizer sobre tudo que tinha acontecido nesse tempo, quando avisto no corredor um grupo de oito pessoas correndo em nossa direção. Eram todos garotos, dois deles eu conhecia - Kim Yugyeom, um dos melhores amigos do meu irmão, e Im Jae Bum, meu vizinho com uma pinta sexy - os outro seis eu só conhecia pelas fotos que meu irmão coleciona no quarto.
- Quase o mataram, Jae, - eu fiquei branca de repente - quase mataram o meu irmão.
Aquelas palavras tinham um peso enorme. Tão pesadas que fraquejaram minhas pernas, ainda bem que Jaebum estava por perto e me sustentou com seu abraço forte e acolhedor.
- Quem queria a morte do meu Jungkook? - perguntou minha mãe. Ela queria saber, ela tinha o direito de saber. Eu só não estava pronta pra isso. - Por que ninguém me fala nada?
- Por que você me odiaria! - eu soltei - Você me chamaria de irresponsável e tiraria Jungkook de mim! É culpa minha não ter tido controle sobre ele e não ter agido como a irmã mais velha que ele merecia, droga, meu irmão quase morre e a culpa é minha.
Minha mãe paralisa no lugar, me encarando, só que antes que fosse capaz de dizer alguma coisa, um dos amigos de Kook, um cara alto de ombros largos leva a mamãe para o fim do corredor onde a uma lanchonete. Com ele, vai outro garoto, esse é igualmente alto, pele sutilmente bronzeada e cabelo castanho. Não sei o nome de nenhum dos seis, o que me fazia ter o sentimento de que Kook não me incluía em sua vida.
- O que aconteceu? Quero dizer, o que você suspeita que tenha acontecido? - Yugyeom me pergunta, baixo. Ele era um bom menino pelo que Kook vivia me descrevendo. Era um garoto brilhante na dança que queria se tornar um idol. Outra vez me vi perguntado o que Jungkook gostaria de ser, realmente. Não que eu ache que artes não fosse sua maior paixão, mas o que ele estaria escondendo de mim. Quais eram seus gostos, sonhos e alegrias. Eu só queria ser a melhor irmã do mundo pra ele.
- Eu não faço ideia. - respondi, finalmente - Apenas me ligaram e aqui estou. - me volto para Yugyeom - O que você sabe sobre tudo isso? O que vocês sabem? - olho para cada um dos rapazes em minha frente com uma lagrima escorrendo de um outro. - É o meu irmão naquela sala de cirurgia e o cara que fez isso com ele tem que ter tido algum motivo, e eu quero saber o que era?
Ficou um silencio terrível depois disso, até a voz monótoma de um deles soar.
- Posso está errado - disse o mais pálido deles -, mas deve ter alguma coisa haver com a garota. Ela era até onde sei, a noiva do líder da gangue... Ela se envolveu com Jungkook e pelo que entendi está gravida dele, o cara descobriu e prometeu a todos os deuses que mataria o Jeon.
- Ele não vai descansar até conseguir. - disse outro.
- Esse cara mexeu com o irmão errado. - eu disse, borbulhando de raiva por dentro. De repente, senti um baque - Ela está grávida de quem?!
girls, girls, girls they love me...
oi, quanto tempo né? espero que ainda tenha alguém lendo essa história, desculpa ter passado todo esse tempo sem atualizar nada.
as férias começaram pra mim e eu vou poder atualizar Ya, a Noona Está Aqui mais vezes.
outra coisa: quem tem Twitter deve ter visto as tag #MAMARespectGOT7 e #ThankYou(nome do grupo).
Sobre essas duas tags.
O MAMA vem boicotando o GOT7 a tempos e o que me deixa super mal com isso é que os meninos se esforçam tanto, trabalham tão duro para inovar e fazer tudo tão maravilhoso que vê-los tendo que atrasar seu maior sonho me deixa frustrada. No Twitter tá todo mundo dizendo que G7 merecia mais do que um prêmio de popularidade (eles ganharam e eu fico feliz por isso), mas é a pura vermelha. O sonho deles é ter um daesaeng (o maior premio para um cantor na Coreia) e ser verdadeiramente reconhecido. No entanto, o ponto fraco do GOT7 são as próprias ahgases, ontem chegamos tão perto de dar um a eles. As vezes, nosso próprio fandom dorme no ponto quando não deve. Ainda tem mais, no MAMA de Hong Kong, eles nem mencionaram o GOT7, que tinha ficado em terceiro em tudo que tinha sido nomeado.
#ThankYouGOT7BTSMONSTAXSEVENTEENEXO por tudo, sério. Pra muita gente, o KPOP é um escape. Pra mim, o KPOP se tornou meu melhor amigo. Desses que puxam a orelha quando precisa, que me incentivam e dizem o quanto eu sou bonita e suficiente. Eu amo estar aqui, vivendo isso, agradecendo a um bando de meninos que me tratam como sua pessoa favorita no mundo. Eu amo cada conquista e vou trabalhar duro nas votações e views e stream e no que for preciso para ver o sorriso deles. Porque quando eles estão contentes, eu estou também. Pode parecer a coisa mais besta do mundo, mas obrigada por me ensinarem a apreciar as pequenas coisas .
PARABÉNS A TODOS QUE GANHARAM PRÊMIOS NO MAMA.
MAMA, eu não vou com a sua cara.
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Ya, a Noona Está Aqui! ~ JJK
FanfictionMyung Soo e Jungkook são irmãos, mas quase não se falam ou se veem, mesmo morando sob o mesmo teto. Ela é a secretária super competente workholic de um importante escritório de advocacia e ele é um estudante de dramas com problemas com uma gangue;...