Deer Boy ~ Jjk x Pjm

Chapter Four

Jimin ainda estava perplexo com Yoongi. Encarava o mesmo e o humano várias vezes entrando achar as palavras ideias para explicar melhor o porquê um garoto estava com ele.

— Sugar, você poderia ir para a minha casa? Daqui a pouco eu estou indo e te explico direitinho. — O sátiro assentiu calmamente. — Por favor, não conte para ninguém o que você viu.

— Está tudo bem Jimin. Te vejo lá. — E rapidamente saiu da vista de ambos, entrando dentro da floresta.

— Me desculpa pelo o que aconteceu. — Park disse abaixando a cabeça e sentando no seu antigo lugar.

— Ele ter nos encontrado tem algum problema? — Jungkook perguntou vendo o cervo negar. — Então eu não vejo motivos para você se desculpar.

— Ele é meu melhor amigo, Min Yoongi. — Contou suspirando. — Ele nunca diria algo que eu não quisesse para alguém.

— Entendo. — Suspirou aliviado. — Mas me diz, você não deveria ter um par de galhadas? Como os cervos comuns.

— Eu tinha. Sente. — Jimin pegou a mão do humano e passou em sua cabeça, entre os fios macios de seu cabelo, encontrando um local duro com dois pequenos galhos duros. — Estão crescendo ainda.

— Deve ficar lindos. — Sussurrou na esperança de que ele não ouvisse.

— Obrigada! — Suas bochechas coraram rapidamente e a lembrança de seus lábios se encontrando com os do humano vinham a tona deixando suas bochechas cada vez mais vermelhas.

— Como você perdeu eles? Desculpa perguntar.

— Eu estava correndo quando tropecei e caí em um morrinho. — Contou suspirando. — Doeu muito.

— Coitado.

Jeon passou sua mão pelo rosto do cernuno, sentindo a mão do mesmo segurar a sua, deixando ela na mesma posição, afinal o menino cervo gostaria de sentir a mão quente em sua bochecha por mais tempo.

— Kooky, eu preciso ir para casa. — Entrelaçou sua mão com a do humano, sorrindo calmamente. — Te vejo amanhã? Meio dia?

— Meio dia  não vai dar. Quatro horas da tarde está bom? — Jimin sorriu assentindo. — Te vejo amanhã às quatro.

— Tchau Kooky, vou sentir sua falta. — Abraçou o humano, dando um beijo em sua bochecha antes de sair correndo para sua casa.

Chegando em casa foi alertado por seu cozinheiro, SeokJin que Yoongi estava no quarto. No cômodo viu o melhor amigo deitado em sua cama de palha coberta com uma coberta de lã marrom, mexendo em um várias folhas de papel, algumas eram poemas e canções que escrevia quando estava passando por um momento difícil. O sátiro desviou o olhar e passou a encarar seu amigo.

— Pode começando a explicar o que era aquilo? — Perguntou se sentando na cama. — Jimin, você está louco? Usou aqueles cogumelos que sua mãe falou para ficar longe? Qual é o seu problema?

O pobre cervo estava repleto de perguntas no qual não conseguia responder. Achava o fato de se encontrar com o Jungkook a coisa mais normal que existia. Por mais que o garoto tivesse um par de pernas, ele não era como os outros humanos que atacavam as vilas e faziam experimentos loucos com os habitantes.

Park respirou fundo, passou a língua pelos lábios e disse:

— Eu não estou louco e não cheguei nem perto dos cogumelos, eu só… — Tentava achar as palavras certas. — Eu… — Estava começando a ficar nervoso . — Eu não sei.

Os olhos do cernuno estavam marejados, ele estava pronto para chorar pela segunda vez em um curto período de tempo. Yoongi como seu melhor amigo, se levantou e abraçou Jimin, envolvendo seus braços na cintura fina do cervo.

— Está tudo bem, vai ficar tudo bem. — Disse passando as mãos pelas costas do cernuno. — Se o humano te trata bem eu não vejo problema em vocês continuarem a se ver.

— Eu me sinto tão bem perto dele. — Sussurrou encostando a cabeça no ombro do sátiro. — A gente se viu poucas vezes, mas ele me faz querer congelar o tempo e guardar em um potinho.

— Jimin! — O chamou olhando para ele, logo o levou até a cama sentando. — Você está começando a gostar dele!

— O que? Não! Não mesmo.

— Ah, para! Vocês estavam quase se beijando quando eu cheguei e você sabe melhor do que eu que como o primeiro beijo de um cernuno é o mais importante, não sabe? — Assentiu abaixando a cabeça. — Eu sei que você jamais daria esse privilégio a qualquer um.

— Minnie, por favor — O chamou sentindo as bochechas quentes.

— Seu corpo pediu, não foi? — O cernuno colocou as mãos nas bochechas tampando, sentindo o calor aumenta. — Eu sabia! Seu coração bate rápido só de pensar em vê-lo? Você sente como se o mundo todo estivesse parado enquanto conversam? Desculpa  o palavrão, mas porra Jimin! Pelo visto você aprendeu a língua dele só para conversar. Se isso não é gostar eu não sei o que é.

— A gente só se encontrou poucas vezes, duas ou três, não tem como em pouco tempo gostar de alguém. — Justificou mexendo em seus cabelos, sentindo as galhadas entre eles.

— Claro que tem. Começa a partir da primeira conversa, quando você percebe que há uma conectividade entre ambos, é o quanto o seu coração sente a falta quando está longe, o quão ansioso você fica só em pensar em olhar para aquele rosto e dizer algumas palavras que vai deixar seu dia melhor quando ele sorri. É além do que apenas palavras e sorrisos, é sentimentos.

— Desde quando você ficou assim tão sentimental? — Perguntou o cervo se assustando. — O que você fez com o Yoongi?

— Contínuo o mesmo, a única diferença é que meu melhor amigo está gostando de uma pessoa com duas pernas.

— Por favor Suga, vamos mudar de assunto? — Pediu resmungando.

— Ainda não acredito que você me chama assim. — Murmurou fazendo Jimin rir.

— Bom, não foi eu que comeu escondido todas as canas de açúcar da vovó.

— Isso foi há quase dez anos atrás.

— Não importa ainda é engraçado lembrar do esporro que a vovó te deu.

Os pais de Yoongi e os de Jimin eram grandes amigos, o que ocasionava em finais de semana juntos, brincadeiras sem fim e risadas. O fato dos pais serem tão amigos, tornaram a amizade do cernuno e o sátiro tão forte que se tratavam como irmãos mesmo com a espécie diferentes.

Yoongi era de uma vila um pouco distante de Jimin o que fazia com que ele visitasse seu amigo pelo menos duas vezes no mês.

— Mudando de assunto, sua mãe me mandou uma carta falando sobre o casamento e me chamando — Park suspirou deitando na cama. — E pelo que eu vi você encontrou o que te tornou totalmente contra essa loucura toda. — Disse rindo.

— Quando eu conheci o Jungkook ela tinha acabado de me contar e eu tive a mesma reação de negar. Ele não foi uma das razões para negar, mas está sendo um motivo para continuar tentando tirar essa ideia louca da mente da minha mãe.

— Agora que eu sei que ele é um motivo das suas bochechinhas vermelhas, eu vou te ajudar mais que eu iria.

— O que você vai fazer?

— Eu vou atrasar a tia YangMi e você irá dar um jeito de ficar com o humano.

(~°-°)~ Notas Finais ~(°-°~)

Dias de postagem: Segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira.
Fanfic também postada no Spirit.