Capítulo 3

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POV Lauren

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa para a latina parada na minha frente uma senhora de cabelos grisalhos e óculos preso ao pescoço acabava de fechar a porta que dava acesso à diretoria.

- Diretora Carter. - pronunciou a secretária já se levantando de uma forma um tanto afobada.

Aquela mulher realmente tinha uma aura assustadora que pairava ao seu redor. Se não observasse bem, poderia até ser confundida com uma bruxa da Idade das Trevas. Ri internamente do meu pensamento infantil.

- Algum recado, Julia? - perguntou a diretora antes de retirar o blaser de seu terninho feminino e colocá-lo sobre o braço.

- Não, senhora mas... - disse a jovem um pouco confusa tentando se lembrar.

- Deixaram alguma coisa para mim enquanto estive fora, então?- falou Carter cortando-a antes mesmo que a outra terminasse sua fala.

- Também não, senhora, mas essas duas... - respondeu a secretaria tentando mais uma vez terminar sua frase.

- E posso saber quem são essas duas mulheres paradas na diretoria? - falou a diretora, um pouco mais baixo, inclinando seu corpo levemente para a direção de sua secretária, encarando-a séria enquanto apontava com o indicador.

- Então, como eu dizia. - retrucou a jovem, mexendo em seu cabelo loiro perfeitamente alinhado. - Essas são...

- Camila Cabello. - interrompeu a latina, estendendo a mão pra se apresentar à diretora. - E esse é o Tyler.

- Sim, me lembro de conversamos no telefone ontem de tarde. - respondeu a senhora, dando um aperto forte na mão que lhe era estendida. - Você deve ser a mãe do Anthony, certo?

Nesse momento eu já não entendia mais nada do que estava acontecendo, mas ao perceber os três pares de olhos que me fitavam à espera de uma resposta minhas bochechas instantaneamente se esquentaram.

- Sim, sou eu, Lauren Jauregui. - respondi acenando para meu tronco para mostrar que por estar com meu filho no colo era impossível algum tipo de cumprimento físico.

- Acho que podemos começar nossa reunião, senhoritas. - pronunciou a diretora, caminhando até uma enorme porta de vidro que dava acesso à sua sala. Abrindo-a e dando passagem para que Camila e eu adentrássemos.

- Então mães, como posso lhes ajudar? - perguntou Carter já se sentando em sua cadeira reclinável.

- Talvez explicando o que aconteceu? - indagou a latina de forma cínica, que estava de pé ao meu lado segurando a mão de Tyler.

- Aconteceu que o SEU filho bateu no MEU filho e o ridicularizou em frente à todos os outros alunos. - disse prontamente me virando em sua direção. Como ela ousava ser tão cínica?

- Meu deus, parece que bom humor dura pouco. - respondeu Camila revirando os olhos.

No momento que eu abria minha boca para falar algumas verdades para aquela mulher abusada fui interrompida pela voz grave da diretora, chamando nossas atenções.

- Senhoritas, não vejo necessidade alguma de tanto alarde. - comentou, concertando os óculos em seu nariz pontudo. - Por que não deixamos as reais crianças da sala falaram por si?

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