trinta e oito

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ZENDAYA

Hoje eu finalmente falaria com a garota que conversava, e saberia finalmente quem seria essa pessoa. Para ser sincera, eu não estava mais aguentando tanto mistério e necessitava olhar nos olhos dessa pessoa e dizer o que tanto queria. Talvez eu estivesse fazendo algo que a magoasse, mas eu de fato não ligo na altura desse campeonato. Precisava olhar em seus olhos e dizer as palavras que estão entalhadas aqui na minha garganta, quer mágoa-a quer não.

Se hoje finalmente iríamos falar por telefone, eu poderia escutar sua voz e talvez descobrir quem era, mas não deixaria essa chance passar, de maneira alguma. Então, de certa forma, eu finalmente tive a ideia de chamar a pessoa mais trapaceiro e inteligente que conheço, Sahar Luna. Ela se formou em vários cursos tecnológicos e eu pensei que a mesma poderia ser uma boa em acessar o telefone da estranha e finalmente me dizer quem era de fato a garota, e sim, eu apostava todas as minhas fichas para que isso desse certo.

E assim, eu vim parar na casa da menor, que agora demorava anos para descer. O que raios ela está fazendo? por que não desce logo? Olhei impaciente para a sua mãe que continuava olhando fixamente para televisão, onde passava um programa culinário. Passei então a observar a televisão, gravando tal receita detalhada pela apresentador.

— o que faz aqui? — Tomei um susto ao ouvir a voz de Luna, fazendo-me ficar de pé no mesmo instante.

— Ah, oi. — Disse desconfortante, me direcionando até a mesma. — Tenho que falar com você, mas não é aqui. Podemos ir pro seu quarto?

A mesma me lançou um olhar malicioso e duvidoso, onde eu apenas rolei os meus olhos com tal insinuação. Garota impura.

— Não é nada disso, poluída! — fiz gestão de dar um pequeno tapa em seu braço, e em seguida guiando-a que apenas assentiu com a cabeça. Ao entrarmos em seu quarto, caminhei para perto das prateleiras e então observei rapidamente seu quarto, mas focando logo na morena que fechou a porta atrás de si.

— Fala aí, o que você quer? — Disse de forma curiosa, indo em direção a penteadeira.

— Quero que me ajude acessar um celular. — Falei animada, o que fez a menina me lançar um olhar incrédulo. — Por favor.

— fácil — voltou a sua pose de convencida e sabidona, logo voltando a me olhar com um mistério nos olhos. — Mas quem seria o celular? já sei, teu pai anda traindo sua mãe e agora quer saber quem é a amante? — deduziu a menor levando suas mãos até a escova e assim começando a pentear suas madeixas deslizantes.

— Que? não. Nada a ver com o meu pai ou minha mãe, tem haver comigo. — disse engolindo seco, me sentando na cama da próxima.

— E então é de quem, Coleman? — se refiriu ajeitando as madeixas separadas umas das outras.

— De uma garota que ando conversando à alguns meses, eu preciso descobrir quem é ela. Cansei de joguinhos. — soltei as palavras soltando um suspiro fundo e presunçoso, logo observando a cara espantada de Sahar em minha frente. Por que tanto espanto?

— como assim, garota? — questionou desacreditada no que ouvia. Apenas entreguei o meu celular para ela, na conversa com a garota que andava em conversas à dias.

— Quero saber quem é essa garota e finalmente acabar com isso. — Me referir e ela apenas deslizava o dedo sobre a tela do celular, ainda desacreditada.

— você quer que eu hackei ela? por qual motivo? Por quê?

— Porquê eu preciso. Eu não quero acabar com a garota por telefone e tem que ser pessoalmente, eu só não quero dar mais esperanças. — Respondi, me levantando da cama. Observei-a de forma firme, me aproximando de seu corpo quanto pegava novamente meu celular de suas mãos. — Curiosa.

— Mas por que quer acabar? Não gosta dela? — falou, interessada.

— Na verdade, talvez eu nunca tenha gostado. Apenas foi um passar de tempo, sabe? Eu não sinto nada. — menti, deixando transparecer que eu realmente não gostava de mulheres. Se isso saísse desse quarto, todos descobriam e eu realmente estava ferrada. Não poderia demonstrar amor por uma mulher.

— Ah, tudo bem então. — A baixinha falou de forma calma, deixando um trilha sonora de choro em sua voz, me deixando um pouco aflita. Por que ela estava assim? Sahar Luna? — Vou acabar algumas coisas no meu notebook, mais tarde volte aqui. — disse desanimada, se virando contra minha e indo em direção a porta sem me deixar dizer algo. E então eu fui, caminhando com uma estranha sensação. Eu machuquei ela?

×××

sem revisão.

lesbian - zendaya [completa] Onde histórias criam vida. Descubra agora