quarenta e cinco

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UMA SEMANA já havia se passado e eu não sabia como eu ainda tinha Luna ao meu lado, eu havia tido alta mas para a garota eu ainda parecia doente, ela sempre estava aqui em casa me lembrando e relembrando dos medicamentos que devia tomar. Era gostoso ver a forma com que me cuidava, era confortante saber que a pessoa que você ama se preocupa consigo. Ela me cuida como a sua maior preciosidade, e eu só sei agradecer-lá por cada toque, preocupação e dedicação.

Eu e a garota estávamos indo bem, na medida do possível, ela parecia uma babá as vezes e isso me desagradava pois por diversas vezes eu pedia um beijo e a única coisa que eu recebia era um "shh, descanse". Era fofo mas também era chato. Depois do acidente - que nem foi tanto grave assim - eu estava totalmente renovada e a postos para dar a Sahar todo amor e carinho, mas ela parecia obcecada em me cuidar.

Hoje eu iria a uma floricultura próxima ao centro comprar novamente rosas pra minha - digamos - futura namorada. E sim, desta vez eu pedi para Matthew me buscar para irmos comprar essas rosas, e ele, como um grande amigo preocupado veio até minha casa.

Desci as escadas de forma rápida e meio invisível, sem deixar que ninguém da minha família me perguntasse onde eu iria, e sem delongas me coloquei para fora de casa observando Matthew ali encostado na moto, tentando seu estilo badboy. Apenas ri com a cena, me aproximando dele e logo deixando um beijo em sua bochecha.

- Da última vez que foi comprar rosas foi quase pro seu enterro. - Ele diz, quebrando o silêncio. - Eu não quero morrer, Zendaya.

- Cala a boca idiota - Revirei os olhos, subindo na sua moto juntamente consigo. - Não vamos morrer.

- Tá, mas tem certeza né? - Perguntou duvidoso, me olhando pelo retrovisor da sua moto.

- Se você continuar, eu mesmo lhe mato. - Respondi, agarrando em sua cintura e logo o vendo dar partida pra estrada.

- E aí, sua sapatão emocionada, o que pretende fazer? - O loiro perguntou mantendo sua atenção na estrada. - Espera, me responde primeiro, vocês ja colaram velcro?

- Matthew! - Dei um tapa em seu braço, retornando a abraçar sua cintura. - E eu só pretendo dar flores, algum problema?

- Ue, o que tem? - Ele disse entrando em uma rua, a qual eu conhecia muito bem, era a entrada do centro da cidade. - Só isso?

- O que tem? Não é da sua conta, simples. Seu ousado. - Coloquei meu queixo em seu ombro, o vendo abaixar a velocidade da moto perto de uma floricultura muito famosa. - Meu deus, chegamos

- Você me contava tudo. - O mesmo foi parando a moto enquanto dizia sem parar. - Uma rosa aqui é 25 dólares, você que é muito corajosa. - Disse com o seu tom de pão duro.

- E eu que vou comprar um buquê. - Disse, saindo da moto logo recebendo seu olhar assustado. Matthew era muito economista.

- Eu que não quero ver você gastando dinheiro com rosas que vão muchar daqui dois dias. Vai lá, eu espero aqui - Disse o loiro, retirando o capacete da cabeça sem ao menos sair de cima da moto. Apenas assentir.

- Você é pobre de rico e fica com essa pão durice. - Disse antes de entregar-lhe o capacete e então entrar na loja.

Assim que entrei na loja, fui bem acolhida pela mulher que exalava um cheiro de rosas bem agradáveis, feito todo o ambiente. O lugar era totalmente branco com rosas de todos os tipos, buquês prontos e cheios de flores também, para cada lugar eu sentia um cheiro mais doce que o outro, algo que me lembrava o cheiro da sahar. E foi então que eu optei pelo buquê pronto, com flores brancas e uma rosas rosas delicadamente cheirosas e lindas.

Decidir levar o mesmo, e assim que paguei a mulher, a mesma me sugeriu escrever um bilhete para o destinatário, o que eu neguei novamente. Desta vez, eu mesma diria as palavras em voz alta e clara para a garota que tanto gostava. Ela ouviria da minha boca o quanto eu a amo.

lesbian - zendaya [completa] Onde histórias criam vida. Descubra agora