sessenta e quatro

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Você é tão complexa, sabia? Indefinida. — Um sorriso fraco carregado de tristeza se tomou nos meus lábios. — Uma hora diz que me ama, e na hora, diz que não me ama mais.

Afinal, qual era o problema dela? Eu sempre me dediquei e corrir atrás daquela garota como se fosse o meu mundo, que por acaso, ela era. Eu sempre a amei com todas as forças que meu corpo se disponibilizava, eu cuidei dela quando estava mal, eu sempre estive ao seu lado independente de qualquer situação.

Eu sozinha me arrisquei nesse amor. Apenas eu.

— Eu não sou indefinida ou indecisa, seja como interpretou. — A mesma recorreu com uma voz um tanto seria.

— O que aconteceu? Entre nós, digo, estávamos indo bem. — me redimir em total confusão e ignorando sua forma fria de falar. — eu pelo menos amo você.

— Estávamos. — A mesma corrigiu sem qualquer emoção no rosto. — Eu me toquei que você era só mais uma estúpida e burra, nada novo, Luna. Você sempre foi assim e nunca vai mudar.

Aquelas palavras me corroíam como uma lâmina afundando em cada fibra do meu corpo.

— Eu estou estúpida, sim, e nem precisa ressaltar o burra. — disse a olhando firmamente nos olhos. — Eu sou burra por amar você! — Era impossível me segurar e não poder gritar com toda confusão que me rondava, me cercava e me cegava.

— Oh, Luna. Que peninha. — A mesma rebateu com uma força incrédula e debochada.

— Vai embora da minha casa. — Disse abaixando o meu olhar, eu não queria virar sua chacota naquela tarde. Não hoje.

— Vai embora agora, Zendaya! — Disse auto o bastante para vê-la se assustar com meu tom de voz, eu começaria a odiar se continuasse ali.

— Você não vai mandar eu ir embora, jamais. — Repreendeu a minha vontade como uma frase final.

— Eu estou na minha casa, e eu quero que você saía. — Era óbvio que minha voz de choro se tornou explicita e uma grande dor apontava no meu peito.

Eu não queria chorar perto dela, não hoje. Eu nunca o fiz, e hoje não seria o dia de acontecer.

— Você não quer que eu saía. — Abriu um sorriso brincalhão, me fazendo questionar aquele modo repentino. — E eu não vou sair, sabe por quê?

— sim, você vai sair. — respondi-a relutante não aguentando mais segurar minhas lágrimas, e passado 6 segundos depois as gotículas iniciavam uma rolagem estúpida por minhas bochechas.

— Eu não vou porquê na verdade eu te amo, sua imbecil. — A mesma atravessou a cama e agarrou os meus dois braços no mesmo instante. — Era apenas uma brincadeira, me perdoe.

— Eu te amo, eu te amo mais do que ontem, do que semana passada. Eu te amo ainda mais hoje. — Brincou com seus doces lábios vermelhados com uma tonalidade morena envolta, a sua pele quente de tons frios me arrepiavam ao máximo. — Eu te amo, Luna.

Aquilo não serviu como um grande susto, mas como um incentivo de chorar ainda mais em seus braços, Zendaya realmente tinha me tocado com tal brincadeira.

E porra, a sensação de perder-la foi realmente dolorosa.

Eu vou odiar essa garota depois, de fato, merece um grande tapa por ter me feito chorar dessa maneira.

Mas isso não ficaria assim, não mesmo.

lesbian - zendaya [completa] Onde histórias criam vida. Descubra agora