Eu não acredito

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Aquela aula naquele dia me pareceu infinita, eu contava os minutos pra terminar, não conseguia tirar aquele sorriso da minha cabeça, quem sabe eu esbarrasse nele de novo lá fora, aí que ridícula eu! Apaixonada por um caro que só esbarrei.

Coisas da idade né, vamos considerar que naquele tempo eu nunca tinha tido nada mais sério com ninguém, pra ser sincera eu nunca tinha tido nada mesmo, era meu estilo mais conservador ao contrário de Emily que já...bem ela trazia caras em casa e tudo, como seus pais não estavam durante longos períodos, e além de tudo os empregados, ninguém se atrevia, ou não se interessava em relatar nada aos Grants.

Não saberia dizer quando ela começou a se envolver com pessoal que era usuário, mas evidentemente todos começaram notar seu comportamento estava estranho, mais que de costume.

Essa história é sobre Emily e na verdade também sobre mim, porque de certo  modo,nossas histórias estão interligadas, mas...bem essa é mais a história dela do que minha, pelo menos é pra ser.

Bem...eu falei de Emily porque ás vezes apesar de tudo invejava sua liberdade(que era na verdade uma falsa liberdade),digo eu já estava na faculdade e eu ainda não tinha realmente estado com nenhum garoto, e não que eu achasse bonito dormir com vários garotos, quero dizer um todo fds.

Só que ao mesmo tempo eu me sentia ultrapassada, quem iria se interessar por alguém assim, tão cheia de regras, o pior de tudo é que eu não conseguia tirar aquele garoto da minha cabeça.

Ele disse que eu era o tipo de garota que muitos caras tentariam impressionar, só de pensar nisso meu coração acelerava, meu Deus!

Quando finalmente soou o sinal, eu quase dei um pulo da carteira em direção à porta, sai no meio da multidão de alunos que saiam de suas classes, olhando por todos os lados, menos para frente.

—Ei você é cega é? Vê se olha por onde anda!

Opa! esbarrei num cara esquisito, e muito estressado, acho que ele estava mais estressado pelo fato de eu ter esbarrado em alguma coisa que ele segurava que não sabia muito bem identificar o que era.

—Olha o que você fez: destruiu meu projeto.

—Ah me desculpa só que eu não podia adivinhar né?

—Não, é pra isso que a gente tem olhos né?

—Ok eu sinto muito, eu deveria ter prestado atenção, mas e agora?

—E agora o que?

—Você vai apresentar seu trabalho?

—Graças a Deus eu apresentei hoje, mas eu queria guardar porque isso era um projeto que deu muito trabalho, minha Cidade totalmente sustentável.

—Ah me parece muito...muito genial, disse tentando fingir interesse, não está tão ruim assim disse eu fitando as casinhas coloridas da maquete que mais pareciam um projeto de México City, acho que você consegue dar um jeito.

Ele tinha cara de meio nerd ao mesmo tempo não, sei lá era alto, usava óculos, mas não penteava o cabelo partido bem ao meio dividido em duas bandas como uma laranja,não era nerd então...mas também  não era nem de longe um Fred da vida.

Ele fez somente uma certa careta com o canto da boca e fez menção para que eu saísse do caminho para ele passar, ele devia está me odiando.

Vi ele se distanciando, e retornei ao motivo da minha distração: Fred e seu lindo sorriso.

Aí coração, será que...?Aé Meu Deus, não! Eu não acredito, não pode ser, eu não acredito!Um milhão de vezes não acredito, será que que eu estava apaixonada pela primeiríssima vez?

Pobre eu, mal sabia o que me aguardava.


A garota tristeOnde histórias criam vida. Descubra agora