Dúvidas, corrida e estranho no caminho

390 81 8
                                    

Channy acordou languido e a primeira coisa que sentiu foi um beijinho no seu peito descoberto. Ofegou... Só podia ser Luhan, ele adorava lhe acordar de manhã com toques daquele tipo. Abriu um dos olhos e viu o mais velho sobre seu corpo lhe sorrindo sutil:

— Bom dia, paixão.

  Ele veio sobre si e Channy mordeu os lábios ainda incerto sobre toda a falta de pudor dos seus maridos. Mas então recebeu o primeiro beijo nos lábios e virou o rosto um pouco bravo:

— Você já escovou os dentes, Luhan, não...

— Paixão...  – E então seu rosto foi movido para ficar olhos nos olhos, os dele sorriam divertidos – Eu não dou a mínima para isso, agora fique quietinho, porque eu quero você só para mim essa manhã.

  E por mais de uma hora Chanyeol foi massinha de modelar nas mãos do seu marido até que ficasse mole como manteiga derretida e fraco demais para sequer levantar... Então Luhan saiu para suas atividades diárias e Chanyeol levou mais tempo do que o normal para ir até a sala de música treinar.

  Queria fazer uma surpresa para os maridos e tinha que treinar bem para aquilo. 

  Horas depois, Patinhas abriu um dos olhos quando ele parou de dedilhar e Channy sorriu. Seu gato era mesmo mal-acostumado...

— Não me olhe assim, temos que ir almoçar! – Seu gato se ergueu da almofadinha que tinha ali na sala, ele tinha várias agora espalhadas pelo palácio, e se espreguiçou todo vindo para o seu colo e o encarando preguiçoso. Ele nem caminhava mais aquele folgado...

  Seu gato estava virando um principezinho metido isso sim!

— Patinhas, você anda um folgadinho, sabia!?

— Miau.

  Disse com a mesma cara de enfado e Channy acabou rindo. Ai ai...

— Vocês dois ficam lindinhos juntos - A voz de um dos seus maridos soou da porta e ele ergueu os olhos para ver Yifan entrar na sala de música e vir até ele lhe dando um beijo nos lábios de selinho – Mas eu prefiro o gato mais alto.

  Channy corou e ainda sem graça acompanhou o marido até a sala de jantar.

  As vezes almoçava com um deles, as vezes com três, as vezes com quase todos. Naquele dia eram apenas os dois, afinal sabia que os outros maridos estavam todos fora do palácio.

— Está treinando a harpa, amor?

  Ele perguntou enquanto os empregados lhe serviam vinho.  Channy não podia mentir, mas também não queria dizer a verdade então optou pelo meio do caminho:

— Hummmm é que quando cheguei aqui, me lembro de ter visto Luhan tocar e queria fazer uma surpresa sabe...

  Parou de falar quando Yifan o encarou de súbito deixando a taça bater na mesa. Chanyeol engoliu em seco e se retesou. Droga, aquilo fazia parte dos assuntos proibidos?

  Nunca lhe disseram nada, mas ele sabia bem que os maridos nem ninguém gostava de falar sobre a rainha e as irmãs, sobre música no geral e coisas afins. Mal acreditou na senhora Jui lhe dizendo tanto naquele dia. As perguntas rondavam sua mente ainda, porém tinham diminuído de importância com o passar dos dias, talvez devesse deixar o assunto de lado, afinal o palácio andava mais arejado agora, as cortinas abertas, seus maridos sorriam, ainda que de vez em quando, as coisas pareciam mais leves e amenas... Talvez aquela fosse a sua parte e o resto o tempo daria conta. Seria o mais adulto e racional, não havia nada tão trágico que o tempo não consertasse, não é?  Era isso que tinha concluído ao passar dos dias.

Contrato ImpossívelOnde histórias criam vida. Descubra agora