capítulo 7

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Kagome
Sesshoumaru estava sendo delicado enquanto ajeitava o meu cabelo, senti-lo tão próximo me dava uma sensação de conforto e segurança. Quando finalmente ele acabara de remover os prendedores de meu cabelo e os pentear ele se afastou.
- seus pés estão doendo? – perguntou e eu instintivamente os movi sentindo um leve incômodo.
- um pouco. Desculpe estar a lhe incomodar. – disse sem olha-lo.
- você precisa tomar mais cuidado, não saia descalça por ai. Eu vou te proteger a partir de agora seja do que for. – disse me olhando, seus olhos me transmitiam tanto conforto. Temo nunca mais ser capaz de deixá-lo se um dia precisar.
- sim, não cometerei esse erro outra vez. – disse abaixando a cabeça. Senti ele se levantar da cama.
- vou pedir para trazerem a sua refeição aqui. Por enquanto é melhor permanecer deitada até que seus pés estejam melhor. – disse e seguiu até a porta me deixando sozinha.
Olhei para a janela que agora estava aberta e suspirei, não gostava de ficar sozinha. Se eu não estivesse com meus estudos machucados na certa estaria a passear ao lado de Sesshoumaru e conhecendo mais este reino e seus costumes. Alguns minutos depois uma mulher veio a me trazer minha refeição e como Sesshoumaru disse me alimentei corretamente.
Meu dia após a refeição foi um pouco chato já que não havia o que fazer, Sesshoumaru não voltará e provavelmente estava tomando conta de alguma coisa importante referente ao castelo já que ele se tornará o rei assim que nós casarmos. Acabei adormecendo ao cair da noite. Quando acordei os primeiros raios de sol já se faziam presentes pela janela e a meu lado estava Sesshoumaru me deixando envergonhada e sem graça.
Ele se remexeu e aos poucos foi abrindo os olhos e me fitando, aos poucos ele me observou melhor e notou que eu já estava acordada também.
- como se sente? – perguntou e eu sorri.
- bem, meus pés já não doem mais. – disse o olhando.
- ótimo, vamos dar um passeio mais tarde então. – disse se sentando na cama. – vou pedir para as empregadas lhe ajudarem a se arrumar já que em Sango não poderei confiar mais. – disse sem me olhar.
- sua prima é divertida, ela me faz sentir-me confortável e me faz rir. – disse rindo baixo.
- a Sango... Você já corrompeu a minha noiva. – disse balançando a cabeça. – se ela estiver acordada direi para vir ajudá-la então. Mas não a deixe mexer em seus cabelos, prefiro-os soltos como estão. – disse me dando uma última olhada antes de se levantar da cama.
- obrigada marido. – disse vermelha, receber elogios dele me deixavam feliz.
O vi seguir para o banheiro e me sentei na cama, puxei as cobertas para o lado e tirei as ataduras de meus pés. As feridas ainda estavam lá mais agora estavam fechadas, coloquei os pés no chão e senti um pequeno incomodo mais nada que me detivesse na cama.
- realmente seus pés já não estão a lhe incomodar. – disse Sesshoumaru ao voltar para o quarto e me ver próxima a janela.

Sesshoumaru
Acordei me sentindo observado, assim que abri os olhos encontrei os de Kagome me observando atentamente. Ela parecia tão bela ao amanhecer, após completar meu pequeno ritual de observação me levantei e perguntei se ela estava bem para caminhar. Com sua resposta sendo positiva resolvi ir tomar um banho para podermos começar logo o dia.
Quando retornei a encontrei em frente a janela de pé, seus pés não pareciam lhe incomodar em nada e isso foi um alívio até por que não iria exigir muito dela até que estivesse melhor.
- sim, estou bem marido. Já posso andar normalmente. – disse e veio até mim a passos lentos, apesar de seus pés estarem melhores ela ainda estava sentindo alguma dor para estar andando lentamente e desajeitada.
- vou ver se Sango está acordada para lhe ajudar. Gostaria que escolhesse os preparativos para o nosso casamento. – disse e a vi sorrir largamente, sai do quarto e fui a procura de Sango que já estava mais do que de pé. – o que fazia tão perto do meu quarto? – pergunto ao notar que ela estava tentando disfarçar o fato de que estava a tentar me espionar.
- nada. – disse sem graça.
- não fique a me espionar Sango, não vai acontecer nada entre minha noiva e eu antes do casamento. – disse e ela corou.
- só estou curiosa, sua noiva é diferente de nos. Ela não sabe o que é ter carinho, amor ou qualquer sentimento que uma família passa a seus entes queridos. – disse finalmente me olhando.
- eu sei disso. Sua mãe só a via como um incômodo e agora que a filha está para se casar com alguém da realeza ela deseja obter algum lucro. Por isso peço para que ajude Kagome a se adaptar e se sentir querida, quero que ela nos considere sua família. Acha que pode fazer isso? – perguntei e Sango sorriu largamente.
- ela será como minha irmã, vou ajudá-la em tudo que puder e lhe deixar muito bonita. Mas você também tem de cooperar e mostrar a ela o que sente. – disse fazendo bico.
- já estou a fazer isso. Agora vá ajudar minha noiva com o banho e o vestido e não ouse mexer em seus cabelos. – disse ameaçador.
- como quiser primo. – Sango rapidamente entrou no quarto batendo a porta, suspirei e segui até meu pai que estava cuidando dos assuntos do povo.
- pai. – disse me curvando.
- meu filho, como está sendo com a sua noiva? – perguntou.
- ela está bem, vamos decidir como será o casamento hoje para adianta-lo ao máximo que pudermos. Não quero correr o risco de que a duquesa venha e leve minha noiva para machuca-la novamente. – disse frio.
- está tomando uma decisão sabia meu filho, estaremos dispostos a lhe ajudar em tudo e em breve se tornará o rei destas terras. – meu pai falava com orgulho mais eu não gostava da ideia de me tornar rei tão cedo.

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